sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Mulheres Rixosas - Não Seja uma Delas


Todos desejam um lar agradável. Provavelmente é seguro dizer que ninguém quer viver num lugar miserável, infeliz. Mas está claro que um lar agradável não é algo que se possa comprar com dinheiro. Se fosse assim, as pessoas ricas seriam felizes, e todos sabemos que bem poucas delas o são.

O que é que torna nossos lares verdadeiramente agradáveis? Sem dúvida, é a sabedoria que vem de Deus. Quando há sabedoria em casa, o lar é um prazer. Sendo assim, um lar agradável é aquele que tem uma mulher sábia, virtuosa no seu centro. Provérbios tem muitas descrições vívidas da mulher sábia e da mulher insensata.

Para iniciar, considerem Provérbios 14:1: “A mulher sábia edifica a sua casa, mas a insensata, com as próprias mãos, a derriba.” Ambas as mulheres estão ocupadas, e seu comportamento tem um impacto considerável sobre seus lares e suas famílias. Mas a mulher sábia está construindo, enquanto a insensata está destruindo. Poderíamos argumentar que pelo menos a insensata tem a atenção centrada no seu lar. Certamente – da mesma maneira que uma equipe de demolição tem sua atenção centrada ao direcionar a bola de demolição. O lar é um triste alvo, e que tragédia quando a pessoa designada por Deus para ser a benção principal acaba se tornando uma vergonha e uma destruidora.

Charles Bridges, um pastor do final do século XIX, diz em seu comentário sobre Provérbios, “Muitas são as misérias na vida de um homem; mas nenhuma se iguala àquela que vem de quem deveria ser o esteio da sua vida.” E continua dizendo que a esposa petulante é uma grande calamidade doméstica, e não há saída legal. Um filho rebelde pode pelo menos ser posto para fora de casa, diz ele, mas uma má esposa simplesmente tem que ser suportada.

O livro de Provérbios confirma isso. Uma mulher briguenta, petulante, rixosa, indiscreta, ignorante é uma grande aflição para seu marido e sua família. Seria melhor dormir sobre o teto, ou no deserto, do que suportar a sua raiva e amargura. Salomão diz que seria melhor suportar o mau tempo do que lidar com ela. Afinal, neste caso, o tempo pode ser pior em casa do que fora. Um homem está melhor sozinho do que acompanhado de uma mulher como esta.

A maioria das mulheres cristãs prontamente presume que não estão na categoria das “rixosas e petulantes.” Mas gostaria de refinar isto um pouco para que possamos todos prestar atenção. Já vi mulheres destruírem seus lares, e normalmente isto não acontece em um dia. Foram anos de lamúrias, reclamações, descontentamento, perturbação e outros “pequenos” pecados não tratados. E isto se transformou em profundo ressentimento que acabou com uma espetacular demolição de um lar. “Pequenos pecados” de irritação, desprazer, auto-piedade, e um espírito crítico são como pequenos balanços com malhos. A parede acaba cedendo. Pequenos pecados sempre se transformam em grandes pecados. Cantares diz que as raposinhas estragam o vinhedo. As mulheres precisam ter uma política de tolerância zero com respeito aos seus próprios pecados. Devem se arrepender de todos imediatamente. Mentiras devem ser confessadas. Restituições devem ser feitas. O perdão deve ser buscado em todos os casos. De outra forma, um pecado leva a outro, e logo as coisas que deveriam ser o doce conforto do lar, a mesa de jantar e a cama de casal, tornam-se os palcos da tragédia anunciada.

De que maneira uma mulher pode buscar sabedoria para que isto não aconteça? De que maneira pode transformar seu lar se as coisas já estiverem em um estado de entulho e confusão? Como eu disse acima, o pecado deve ser primeiramente reconhecido e tratado. Mas depois, ela deve considerar a característica da sabedoria descrita em Provérbios e buscá-la diligentemente. “Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal ” (Provérbios 3:7). A mulher sábia busca a sabedoria no Senhor, não em si mesma. Esta humildade permite que ela seja ensinada: “O sábio de coração aceita os mandamentos, mas o insensato de lábios vem a arruinar-se ” (10:8); “O caminho para a vida é de quem guarda o ensino, mas o que abandona a repreensão anda errado ” (10:17). Uma mulher insensata não aceita mandamentos, instrução, crítica, informação ou correção de ninguém. Nem do seu marido, nem do pastor, nem de seus amigos, nem da Palavra. Ela é sábia aos seus próprios olhos e não necessita de nada. Ela justifica seu comportamento para si mesma. Ela conta e reconta sua história em suas próprias palavras e faz os ajustes necessários para garantir que ainda pareça um personagem compassível. Mas os outros personagens da história, a sua família, a vêem de maneira bem diferente.

A mulher sábia não apenas pode ser ensinada, mas também ensina aos outros coisas boas: “Prata escolhida é a língua do justo, mas o coração dos perversos vale mui pouco. Os lábios do justo apascentam a muitos, mas, por falta de senso, morrem os tolos ” (10:20-21). Quando uma mulher sábia fala ao seu marido, isto é alimento. Quando fala aos filhos, eles são abençoados. Ela se torna a fonte de força da sua família, ao invés de drenar sua alegria. Ela é a coroa, trazendo ao seu marido “bem e não mal, todos os dias da sua vida.” (31:12).

Um lar com sabedoria será um “manancial de vida” (10:11). A mulher que busca este tipo de sabedoria necessariamente se tornará alegre, prudente, obediente, disciplinada, respeitosa e submissa ao marido, uma bênção para todos ao seu redor, edificando seu lar. Este é um contraste bem marcante em relação à mulher insensata que está destruindo a sua casa por ser rixosa, barulhenta, indiscreta, ignorante, tolerante consigo mesma, argumentadora, nunca satisfeita, e sempre reclamando. Há uma razão para a repetição em Provérbios deste assunto: as mulheres têm a tendência a tentação comum de serem como torneiras gotejando. E subestimam radicalmente o impacto da sua desobediência: “O gotejar contínuo no dia de grande chuva e a mulher rixosa são semelhantes” (27.15).

- por Nancy Wilson

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Cinco Evidências para Saber se seu Filho é Mesmo um Cristão

Como pais, todos nós lutamos com essa pergunta e tenho observado que, no geral, há dois extremos que devem ser evitados. O primeiro é agravado pela falta de discernimento que muitas igrejas demonstram quando estendem os chamados ao altar, para crianças de 4 e 5 anos de idade, pedindo-lhes que levantem as mãos se eles amam a Jesus e, logo, são batizados como seguidores de Cristo, como convertidos.
segundo é, frequentemente, uma reação contrária à primeira. Esse extremo evita que tanto os pais como os pastores afirmem a conversão de um menino até que seja um adulto, independente da autoridade e cuidado de seus pais. Enquanto a relutância em ambos os casos é algo justificável, creio que deve-se encontrar um equilíbrio, a fim de discernir uma evidência bíblica, de que um menino, adolescente ou jovem adulto tornou-se uma nova criatura em Cristo.
Cinco Evidências
Partindo do óbvio, que não somos Deus e não podemos ver o coração de ninguém, creio que há certas evidências que podem nos ajudar a discernir a legitimidade da profissão de fé de um menino ou adolescente. Tomando como referência os cinco sinais da verdadeira conversão de Jonathan Edwards, aqui estão cinco evidências que utilizo, frequentemente, como um modelo quando se trata dessa questão:
  1. Uma afeição crescente e necessidade por Jesus e pelo Evangelho.
  2. Uma maior compreensão das verdades da Escritura.
  3. Aumento da bondade e generosidade para com seus irmãos.
  4. Uma maior consciência e desgosto pelo pecado.
  5. Desejo acentuado de obedecer a seus pais.
Em minha experiência como pai e pastor, percebi que a idade não é o indicador mais importante para determinar a verdadeira conversão. Em vez disso, é prudente buscar essas evidências de acordo com cada idade em particular. Por exemplo, um jovem de 16 anos de idade articulará sua compreensão acerca do Evangelho de maneira diferente e mais completa que um menino de 10 anos. O mesmo pode ser dito do desejo de um menino de obedecer a seus pais ou mostrar um espírito altruísta para com seus irmãos. Estas coisas parecem diferentes dependendo da idade, e nossas expectativas devem levar isso em conta.
No entanto, devemos observar os frutos de alguma maneira, e eu descartaria firmemente qualquer afirmação da conversão de um menino, sem algum tipo de evidência tangível, além de uma profissão de fé verbal. Por outro lado, porém, advirto os pais e pastores para que não caiam na armadilha de exigir mais de um menino além daquilo que pode ser razoavelmente esperado e observado na sua idade.
Cinco perguntas
Tenho aqui cinco perguntas que devem ser consideradas na busca por evidências anteriores e na avaliação da condição espiritual de um menino:
  1. Meu filho aparenta amar verdadeiramente Jesus?
  2. Os meninos comumente fazem e dizem o que lhes falamos para fazer e dizer, pois acreditam que devem crer no que falamos a eles. Quando se trata de dizer: “Eu creio em Jesus”, os pais podem manipular uma resposta até mesmo com a melhor das intenções. Em vez de persuadi-los a dizer as palavras corretas, devemos buscar que o menino tenha afeição genuína por Jesus, e tratar de confirmar, da melhor maneira possível, se esse afeto está enraizado naquilo que Jesus fez para salvá-los de seus pecados, através de sua morte e ressurreição. 
  3. Meu filho busca conhecer a Palavra de Deus de forma independente?
  4. Leio a Bíblia com meus filhos antes mesmo que eles pudessem ler. O que mais me chamou a atenção, porém, foi quando a minha filha mais velha começou a ler e tratar de entender a verdade, sem a minha insistência. Lia as Escrituras por conta própria e logo me fazia perguntas. Estes comportamentos revelam o que minha esposa e eu identificamos como um desejo genuíno de conhecer a Palavra de Deus, independentemente de qualquer um de nós.
  5. Meu filho mostra uma maior compreensão das verdades espirituais profundas?
  6. Uma evidência útil de que meu filho mais velho havia se convertido ocorreu um ano depois de sua conversão. Ao terminar de ler o livro de João, em nosso estudo da Bíblia, nas quartas-feiras pela noite, meu filho contou que estava triste de ter perdido a última semana que consistia em um resumo do livro. Eu perguntei por que ele estava triste, já que ele havia estado ali durante todo o livro, e ele me respondeu: “Sinto que lembro muito bem dos três últimos capítulos de João, mas não me recordo muito bem dos primeiros”. Foi ali que percebi que havíamos começado o estudo de João um pouco depois de sentirmos que nosso filho havia se convertido. A palavra “despertar” é uma maneira útil de entender a conversão, não apenas nos adultos, mas também nas crianças. Observe se seu filho/filha entende, melhor do que antes, as verdades acerca de Deus, o Evangelho e a Bíblia. Você tem notado nele um despertar espiritual?
  7. Meu filho está demonstrando fruto espiritual contra sua personalidade?
  8. É comum confundir o fruto espiritual com os aspectos positivos da personalidade do filho. Por tal razão, temos que conhecer as diferentes características da personalidade de cada filho antes de podermos discernir o verdadeiro fruto espiritual. Por exemplo, meu filho é uma pessoa extrovertida, ama a gente e sempre amou os irmãos em nossa igreja. Portanto, o amor pela igreja local, apesar de ser um fruto da conversão, não era o melhor dado para discernir a conversão de meu filho, pois ele tende a nos amar de maneira natural. Minha filha mais velha, porém, não nos amava de maneira espontânea, algo que mudou notavelmente depois de sua conversão. Em resumo, é importante avaliar honestamente a personalidade de seu filho e buscar evidências de fruto sobrenatural,que pareça contrário a sua personalidade.
  9. Há remorso pelos pecados diários, de forma independente?
  10. Minha esposa e eu percebemos que é útil observar se nosso filho sente pesar por seupecado, além de qualquer disciplina, correção ou castigo. Um pai pode fazer com que um filho sinta-se “culpado” pelos pecados, contudo, isso não significa, necessariamente, que Deus, por seu Espírito, o tenha levado à convicção. Busque momentos quando um filho fere um irmão com suas palavras e pede desculpas por conta própria. Observe se seu filho vem até você e confessa uma mentira, antesdela ser descoberta, e não por outra razão (aparente), mas pelo fato de seu próprio coração e consciência serem condenados pelo Espírito Santo.
Compreenda que este é um terreno difícil. Como pai e pastor, tudo o que procede deve ser aplicado, segundo cada caso. Apesar de que muitos de nós podemos estar em lugares diferentes neste espectro, devemos, no entanto, tratar de evitar os extremos em ambos os lados. Encontrar um bom lugar no centro, como ponto de partida, e a partir dali ser sábio, avaliar com honestidade e orar para que o Deus misericordioso que regenera os adultos, adolescentes e meninos, igualmente, nos dê discernimento, paciência e graça.

- por Brian Coft
Fonte: Ministério Fiel

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Carta ao Giovani - Um crente que usa o celular durante o culto


*A presente carta é de gênero fictício, embora contenha situações da vida real.

Olá, Giovani. 

Como você já deve ter lido, a Bíblia afirma que não devemos repreender o rebelde, aquele indivíduo orgulhoso e que não deseja aprender, mas, sim, ao sábio, pois este ama ser guiado na sã doutrina - "Não repreendas o escarnecedor, para que não te odeie; repreende o sábio, e ele te amará" (Pv 9.8). Desta forma, quero crer que a presente carta é dirigida a você como sendo sábio, alguém prudente, mas que atualmente tem tido uma certa atitude que não condiz com a vida cristã.

Veja, querido Giovani, que tenho reparado (assim como outras pessoas) em sua atitude durante o culto ao Senhor. Embora demonstre interesse pela Palavra, muitas vezes quando os olhos se voltam para você, vejo que estás de cabeça baixa, mas não para orar ou meditar, e sim para utilizar o seu celular. É bem verdade que este dispositivo móvel é uma grande bênção e em situações excepcionais pode ser utilizado durante o culto, para o caso de uma chamada de emergência ou uma mensagem que necessite de resposta imediata; creio, porém (e tenho certas testemunhas que corroboram este entendimento), que não seja o seu caso.  Certamente não estou me referindo a usar o celular para gravar o culto ou mesmo como o antigo bloco de anotações, e sim às atividades frívolas e que não condizem com o culto ao Senhor. Deixe-me explicar melhor.

A Bíblia, sob a égide do Novo Testamento, afirma que não existe mais um santo lugar para adorar ao Senhor, como Jesus disse àquela mulher: "crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai" (Jo 4.21). Assim, o local onde junto congregamos, não se torna mais santo do que o seu quarto, pois "Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade" (Jo 4.24), seja onde você estiver, afinal, "quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus" (1Co 10.31). Entretanto, não é porque o local deixe de ter alguma santidade maior, que isto enseje razão para brincarmos durante o culto.

Sei que ainda você não leu o Antigo Testamento inteiro, embora já devesse ter lido, pois há alguns tempo você professa a fé Cristo, mas importa notar que durante as cerimônias daquele tempo, havia uma santíssima reverência do povo à palavra pregada, às admoestações e exortações. No Novo Testamento também, como, por exemplo, quando o autor escreve aos Hebreus no capítulo 12, versículos 18 até 29. Note que aquele autor se dirige aos crentes judeus e diz que os antepassados "não podiam suportar o que se lhes mandava: Se até um animal tocar o monte será apedrejado ou passado com um dardo. E tão terrível era a visão, que Moisés disse: Estou todo assombrado, e tremendo" (Hb 12.20-21). Durante a manifestação de Deus no Monte Sinai, ninguém deveria tocar no monte, sob pena de ser morto. Todavia, diz o autor que agora, "chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos" (Hb 12.22), isto é, se anteriormente o povo não poderia tocar no monte, agora a Igreja chegou como que àquele monte, à cidade do Deus vivo e à Jerusalém celestial, isto é, a realidade do que aquilo era a sombra!! Note, ademais, como há uma firme admoestação ao povo: "Vede que não rejeiteis ao que fala; porque, se não escaparam aqueles que rejeitaram o que na terra os advertia, muito menos nós, se nos desviarmos daquele que é dos céus" (Hb 12.25). E finaliza dizendo: "Porque o nosso Deus é um fogo consumidor" (Hb 12.29).

Perceba, desta forma, que conquanto não estejamos mais diante do Monte Sinais em chamas, a mesma visão que fez Moisés dizer "Estou todo assombrado, e tremendo" (Hb 12.21), é a que hoje fala por meio dos presbíteros, isto é, dos pastores. Tanto é verdade, que logo adiante na mesma carta, o autor escreve dizendo: "Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil" (Hb 13.17). Certamente que não estou dizendo que você deve obedecer cegamente ao que ouve do púlpito, porque é um dever de todo o crente examinar a Escritura, a fim de saber "se estas coisas eram assim" (At 17.11), mas subsiste o dever imperioso de atentar para o momento do culto, pois o vosso pastor cuida de sua vida.

Neste mister, Giovani, lembre-se que o dever de obedecer ao pastor, não é o fim, mas o meio. Quer dizer, quando Jesus diz que quando fizemos o bem à família da fé (1Tm 5.8), "a mim o fizeste" (Mt 25.40), se depreende o entendimento de que quando recebemos algo de alguém - o que inclui a pregação da palavra -, estamos recebendo o próprio Senhor, conforme Ele registra em Sua Palavra: "E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores [...] Querendo o aperfeiçoamento dos santos [...] Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo" (Ef 4.11-13 - grifado agora).

Entenda, amado irmão, que uma vez que a Igreja do Senhor deve ser unida para mútua cooperação (Ef 4.1-7), você deve cessar com suas mensagens de celular, jogos e demais distrações durante o culto, pois muito embora, como já dito, você não esteja em um local mais santo do que os demais, quando você se reúne com os irmãos, se empenha em juntos louvarem ao Senhor e d'Ele aprenderem mais. Assim, é uma ofensa a Deus que ordenou pastores para edificação de Seu povo, quando você faz pouco caso da pregação. Ainda neste deságue, sua distração com o celular, além de lhe prejudicar, atrapalha outros irmãos que pretendem prestar a atenção no culto.

Por fim, mas não menos importante, jamais se esqueça, sem querer se reduntante, que o culto não termina quando acaba, ou seja, ainda que o pastor tenha cessado sua pregação e até mesmo todos já tenham se despedido, é a partir deste momento que começa, talvez, uma das partes mais importante do culto: o viver aquilo que se ouvir, porque assim somos instados: "sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos" (Tg 1.22).

Que Deus lhe abençoe e lhe encaminhe ao firme temor do Senhor.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Dom de Línguas - Eram Humanas, Para Uma Finalidade e Para Um Período Próprio


Defendem que este é um padrão que deve ser considerado importante na formação do cristão, pois leem 1Co 14.4 - "O que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja" - acreditando que esta colocação de Paulo é uma exortação a que os cristão falem em línguas, nem que isto seja para sua edificação. Isto é um mito. Apesar do texto dizer que o que fala em línguas edifica si próprio, o objetivo de Paulo é mostrar que os Coríntios deveriam cuidar da edificação coletiva. Se formos considerar o objetivo da carta aos Coríntios neste ponto em questão, devemos levar em conta que Paulo não está exortando ou incentivando a que falassem em línguas para que cada um saia edificado. Ele está corrigindo o egoísmo dos cristãos de Corinto, os exortando a profetizar.
O dom de línguas no contexto em que ele aparece está intimamente vinculado ao dever de proclamação. O profetizar em 1Co 14.3 é nada mais do que dizer, ou revelar o que as línguas desconhecidas queriam dizer sobre as verdades espirituais. O falar mistérios (1Co 14.2) é falar o que não é conhecido. Não são as línguas um mistério, mas o que Deus quer dizer por meio delas. O pentecostalismo ao dar enfase ao termo "mistério" subverteu o texto de 1Co 14.2, que diz que "em espírito (o crente) fala mistérios". Para o pentecostal, agora o crente fala “em” mistério. Este mistério para eles são as línguas.  Elas também são mistérios porque acreditam que são línguas angelicais, desconsiderando totalmente que toda vezes que as línguas foram faladas, elas estavam em um contexto de diversidade de cultura, logo de idiomas. para os pentecostais estas línguas servem para a edificação individual e como continuistas, dizem que isto é uma evidência daqueles que foram batizados no Espírito Santo.
Neste estudo, vamos compreender que as línguas estranhas faladas eram para proclamação e edificação coletiva, eram línguas estrangeiras e humanas, jamais foram angelicais. Veremos também que estas línguas eram uma evidência para incrédulos, inseridos num propósito de evangelização e que estas línguas cumpriam um propósito para um período, portanto, cumprindo seu propósito, já cessaram . O que a Bíblia tem a dizer sobre o tema?
Há pelo menos 6 textos que mencionam línguas como um dom:
Mc 16.17; At 2.1-12; At 10.46; At 19.6; 1Co 12.10, 28, 30; 1Co 14.1-39
Um dos argumentos muito usado para justificar a existência de uma língua angelical é a maneira como as versões apresentam as qualidades das línguas (novas, outras, variadas ou estranhas). O argumento é construído da seguinte forma: “Ora, se a língua é estranha, então é porque os homens não a conhecem, logo deve vir do céu.” Outra coisa muito comum para este argumento é que o falar mistérios significam coisas fora de compreensão.
Entendendo a estranheza da língua
Quando as versões Bíblicas trazem as palavras “novas, outras, variadas ou estranhas” é muito comum as pessoas associarem estas palavras a língua de anjos. Mas precisamos deixar claro que não há evidência na Bíblia de que alguém falou em língua de anjos. O fato de aparecer num texto a palavra “estranha” com relação a uma língua, não significa que esta estranheza venha de algo celestial ou angelical, até porque como já foi dito, não há nenhum texto que afirme que alguém falou em língua de anjos. Então, que línguas são essas?
Dos 6 textos acima onde línguas aparecem como dom, 2 deles só mencionam que o dom é uma distribuição divina (Mc 16.17; 1 Co 12.10, 28, 30). Estes nada explicam e seu exercício ou função.
Restam 4, destes 4, 3 mostram o dom sendo exercido publicamente (At 2.1-12; 10.46; 19.6) e 1 texto explica a finalidade do dom.
Vamos examinar os 3 textos e verificar o seguinte: não houve manifestação alguma de línguas angelicais neles.
1. At 2.1-12
Quando desceu o Espírito Santo sobre os que estavam reunidos, o que lemos é que eles começaram a falar em outras línguas (v.4)
Mas quais línguas?
Segundo os próprios ouvintes, cada um na sua própria língua (idioma) de origem (vs. 8-11). Os medos, partos, cirineus e assim por diante estavam atônitos por um simples fato:
Não são galileus todos os que estão falando?” (v.7)
Ou seja, os galileus falam no máximo aramaico (ainda que houvesse uma certa influência do grego no meio deles), e na ocasião, por distribuição do Espírito Santo, os galileus falavam em línguas que eles mesmos não conheciam. Eles falavam na língua dos outros povos.
2. At 10.46
Este é um texto que mau interpretado tem servido para os que acreditam que a distribuição de língua angelical é Bíblica. Isto porque alguns anulam detalhes simples de se observar na ocasião em que este grupo falou em línguas.
Pegue todo o capítulo 10 e veja que alguns personagens são centrais, estes são “Pedro e Cornélio”. Nesta ocasião temos que levantar algumas coisas importantes.
Cornélio
1. Natural de onde? – Roma
2.Ocupação – ­soldado de patente alta (pretoriano) do exército romano
3. Sua língua de origem – Latim
4. Outras línguas que poderia falar – grego e aramaico (sua função exigia um grau de intelectualidade e habilidade com outras línguas, uma vez que ele vivia na cidade de Cesareia, em Israel e que Roma enviava seus soldados a muitas terras estrangeiras.
Pedro
1.Natural de onde? – Galileia (era judeu)
2. Ocupação – pescador
3. Sua língua de origem – Aramaico
4.Outras línguas que poderia falar – nenhuma além da sua de origem, sua ocupação como pescador não o exigia ter algum contato com alguém de fala estrangeira.
Se levarmos em conta que todos falaram em línguas ali na casa de Cornélio que era um romano, e que Pedro era galileu, vem a tona a pergunta: “Que língua falou Pedro”?
Na ocasião Pedro vai a casa de Cornélio para compartilhar das maravilhas de Cristo e proclamar o evangelho, pois Cornélio e os outros presentes precisavam receber a mensagem de fé. Pedro obviamente falou em aramaico, pois Cornélio e os da sua casa falavam também esta língua. Logo depois da pregação de Pedro os presentes ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas.
Em At 11.1-3, Pedro é questionado pelos apóstolos e os outros judeus sobre sua pregação na casa de Cornélio. A pergunta foi:
“Como estes ficaram sabendo disso?”
A pergunta é bem clara e objetiva, quem perguntou isto a Pedro sabia o que os da casa de Cornélio falavam. O que eles ficaram sabendo naquele momento? Possivelmente muitas coisas a respeito de Cristo e começaram a proclamar numa língua que não era a deles. Se judeus sem conhecimento da língua romana, frios e incrédulos, ouviram algo na casa de Cornélio, eles ouviram a proclamação do evangelho em sua língua para que também pudessem crer. Segue-se o mesmo padrão de At 2.1-12.
No mínimo algum judeu estava na casa de Cornélio. Afinal, Cesareia, apesar de ser uma província romana em Israel, tinha habitantes judeus que frequentavam a casa do piedoso romano. Algum judeu ouviu tudo o que foi dito. Se este judeus creram na mensagem ou não a Bíblia não trás nenhum relato.
3. At 19.6
Este é outro texto mau compreendido e que deixa no ar uma ideia de que a linguagem de anjos é concedida aos homens. Entre At 18.24 e 19.6 aparece o personagem Apolo pregando a judeus em Éfeso.
Apolo tem quase as mesmas características que identificamos em Cornélio, era um estrangeiro que convivia com judeus, sua língua deveria ser o grego, pois em Éfeso, região da Ásia Menor esta língua predominava. Sua ocupação é desconhecida. Havia uma mistura clara de fala judaica e grega na região de Éfeso. Note que a pregação era destinada aos judeus e que o Espírito Santo concedeu que a mensagem fosse provavelmente levada a eles na linguagem judaica, para que os judeus entendessem a pregação e não só a manifestação.
Pare e pense - A finalidade das línguas
Avalie At 10.46 e 19.6 e perceba que há sempre judeus no meio, até mesmo os que eram prosélitos (At 2.1-12). Nos capítulos 2; 10 e 19 de Atos dos Apóstolos sempre houveram judeus questionando os eventos mencionados. Em At 11 vemos a indignação dos judeus ao saberem que Pedro foi a casa de um romano e que os romanos que estavam ali receberam o Espírito Santo. Esta observação nos conduz para uma reflexão sobre o propósito fundamental do dom línguas naquele período, e que é mencionado em 1 Co 14.
A manifestação é um sinal para os incrédulos (v.22). As manifestações distribuídas e avaliadas até aqui sempre estavam ligadas ao fato de proclamar a Jesus Cristo aos judeus, que se achavam donos das bênçãos divinas. Também aos que não eram judeus, que eram chamados de escória, que também estavam na incredulidade. Todas as manifestações estavam ligadas a anunciar a verdade de Jesus Cristo, por isso que a linguagem humana é intimamente ligada ao dom de línguas e não de anjos. O que mais impressiona e comprova esta questão tão polêmica e mau resolvida é que Paulo em 1 Co 14.21 repete o que Isaías já havia dito:
Assim por lábios gaguejantes, e por outra língua, falará a este povo.” (Is 28:11)
A conexão dos textos afirmam que a linguagem estrangeira e não a angelical seria o canal de comunicação para um período onde um número muito grande de variedades de idioma estava presente na missão da igreja. Então, tudo o que vimos até aqui é que o dom de línguas era útil para os incrédulos num contexto em que a mensagem poderia ser universalizada, pois seus primeiros anunciadores na ocasião não falavam mais do que dois idiomas. Fazia-se necessário que algo extraordinário acontecesse para que etíopes, medos, gregos ou romanos pudessem compreender a anunciação das boas novas.
Conclusão
John Piper, diz que “os textos possuem argumentos, ideias e significado”, Qual é o grande problema para esta questão e todas as outras que surgem sobre os temas Bíblicos? Este problema é uma junção entre desistência, que leva ao eu acho e por fim arrogância. Vamos entender isto?
Quando você lê um texto, nele já existem conclusões, existe uma verdade, e isto precisa ser garimpado. Mas se o problema inicial é uma desistência de garimpar o texto, como acharemos a verdade? Isto fatalmente nos levará a ao que muitos chamam de o eu acho. Geralmente, quando não sabemos exatamente o que dizer sobre algum assunto, ou responder a alguma pergunta, nós iniciamos a frase assim: “eu acho”. Isto mascara o que é a verdade, a verdade não é o “eu acho”. Por último, depois de desistirmos e dar a resposta do eu acho, vem a arrogância. Quando não se tem uma resposta óbvia para um questionamento importante, em geral muitos cristãos apelam para a sua própria experiência para justificar no que acredita. Isto tem levado as pessoas a serem acomodadas e presunçosas, com um tom de espiritualidade. Parece que tudo aquilo que acontece e que não tem uma explicação racional deve ser colocado num pedestal de honra, e quem não quiser seguir isto está cego e fraco espiritualmente.
O que acabamos de ver aqui é que nos é exigido um exame da Palavra de Deus, é um chamado a observarmos o que ela tem a nos oferecer, e quanto mais difícil o texto, mais precisamos estudá-lo para que a verdade salte do texto e nos atinja em cheio.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

10 Maneiras de se andar de ônibus para a glória de Deus



"Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus" (1Co 10.31).

1. Seja grato ao Senhor, pois é Ele quem fornece todas as coisas as Seus filhos (Jó 5.10);

2. Seja agradecido e busque não reclamar quando não houver espaço para sentar ou estiver muito apertado, pois a murmuração não convém aos santos (Gl 5.22; Fp 2.14);

3. Seja grato ao Senhor pela iniciativa de homens "inventarem" o automóvel (Ef 4.8 - por analogia);

4. Ceda seu lugar aos mais velhos e necessitados, pois isto é agradável ao Senhor (Tg 1.27; 1Pe 5.5);

5. Lembre-se de sua fragilidade humana pecadora, pois dificilmente você prega o evangelho nestas condições (Is 64.6; Ec 3.20);

6. Use seu tempo de viagem para meditar na Lei de Deus (Salmo 1);

7. Ao se segurar, agradeça ao Senhor por ter braços e pernas saudáveis, afinal, o Senhor os criou (Gn 1.31);

8. Lembre-se de quando os personagens bíblicos andavam muitos quilômetros (a pé) para levar o evangelho e executarem a vontade de Deus (Nm 13);

9. Se estiver indo ao trabalho, ore ao Senhor para que lhe dê um espírito de obediência ao seu(s) patrão(ôes) (Êx 20.12; Ef 6.5-8);

10. Seja gentil com os trabalhadores do ônibus, porque é bom e justo fazer o bem ao próximo (Pv 14.21; Tg 2.8).

O culto online e a tentação do Diabo

Você conhece o plano de fundo deste texto olhando no retrovisor da história recente: pandemia, COVID-19... todos em casa e você se dá conta ...