Filipe Luiz C. Machado
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Ao conversarmos com alguns cristãos, vemos que alguns livros da bíblia têm mais aceitação do que outros (que grande pecado!). Enquanto Salmos e Provérbios são amplamente lidos e aceitos pela maioria, seu vizinho Eclesiastes é deixado de lado, afinal, ele aparenta ser um livro depressivo e sem sentido. Porém está longe de ser esta a verdadeira conotação, pois Eclesiastes é um livro onde o autor discorre sobre as coisas que acontecem na vida dos seres humanos e em como ele se vê perplexo perante grandes injustiças e inutilidades debaixo do sol, quando não analisadas à luz da soberania de Deus.
O ponto de partida de Eclesiastes se encontra no versículo 2.3: "eu queria saber o que vale a pena, debaixo do céu, nos poucos dias da vida humana". O autor está intrigado por não conseguir compreender certas ações de Deus em meio à natureza humana. Ele não entende o porquê de certas coisas acontecerem a determinadas pessoas, as injustiças da vida, o trabalho árduo debaixo do sol, os absurdos da vida, a futilidade do poder... O autor aparenta estar desolado e completamente confuso quanto ao motivo da vida existir.
Os versículos 4 até 10 do capítulo 2 nos mostram que o autor não negou coisa alguma que seus olhos e mãos desejassem. Ele se lançou rm projetos e teve tudo que seu coração desejou! Porém no versículo 11 ele conclui dizendo: "Contudo, quando avaliei tudo o que as minhas mãos haviam feito e o trabalho que eu tanto me esforçara para realizar, percebi que tudo foi inútil, foi correr atrás do vento; não há nenhum proveito no que se faz debaixo do sol". Vemos então um homem completamente arrasado! Um homem que teve tudo o que desejou, mas que não conseguiu perceber a verdadeira realidade da vida. O autor prosseguirá então até o final do capítulo 7 dizendo que "nada faz sentido debaixo do sol".
Depois de uma leitura cuidadosa no livro de Eclesiastes, percebemos que muitas das indagações ali contidas, refletem as mesmas dúvidas e questionamentos que temos. Por que Deus não finda com a injustiça terrena? Qual a vantagem em ser sábio se não se poder compreender a vida? De que adianta se esmerar em prol de algum serviço se ao final da vida todos teremos o mesmo destino que é a morte? Quantas vezes nós já nos deparamos com a mesma situação do autor, onde olhamos para nossa vida e pensamos, "que coisas inúteis tenho feito! É tudo sem sentido!".
Após muitas dúvidas, questionamentos e indagações sem fim, o autor nos diz que devemos obedecer ao Rei. No capítulo 8 versículo 4 lemos: "Pois a palavra do rei é soberana, e ninguém lhe pode perguntar: 'O que estás fazendo?'". Aqui, o autor expressa algo de profundo valor para nós cristãos, que é: Obedeça ao Rei! Porém ele deixa claro que esse obedecer não é precedido de uma conversa entre o rei e o servo, onde ambos fixam um acordo que lhes parece melhor e/ou que apraz ambas as partes. Pelo contrário, ele diz que ninguém pode indagar ao Rei sobre o que ele faz ou deixa de fazer, pois o Rei é soberano e faz aquilo que sua vontade bem entender. Se cremos verdadeiramente que nosso Rei é Jesus, filho do Pai, então devemos aceitar as palavras proferidas pelo autor. Se quisermos ser sábios, devemos atentar para os grandes ensinamentos da bíblia.
Um cristão maduro é aquele que acata as decisões de seu Rei e as segue sem questionamentos quanto à veracidade - não porque ele é um cristão sem vontade de questionar, mas sim porque sabe que aquilo que o seu Rei faz é o melhor para Seu povo. Não devemos ficar como que apontando as orações para os céus e dizer: "Por que tu fizeste isso, Senhor? Existiam milhares de outras maneiras para Tu realizares o teu propósito! Por que foi dessa maneira?!" Relembremos: "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria" (Provérbios 9.10).
Em fase de finalização, no capítulo 11, versículo 9 lemos: "Alegre-se, jovem, na sua mocidade! Seja feliz o seu coração nos dias da sua juventude! Siga por onde seu coração mandar, até onde a sua vista alcançar; mas saiba que por todas essas coisas Deus o trará a julgamento." Vemos, aqui, que embora o autor estivesse confuso quanto ao sentido da vida, ele não diz para deixarmos de viver e abandonarmos tudo; pelo contrário, nos exorta a irmos atrás de nossos sonhos, a vivermos por nossas ambições e desejos, indo o mais longe que pudermos! Mas ele nos salienta dizendo que por todas essas coisas Deus nos trará a julgamento.
Não há problema algum em termos grandes planos para nossa vida e desejarmos fazer grandes coisas. O problema está no porquê desejamos determinadas coisas. Não devemos viver como se nossa estadia na Terra fosse eterna! Não podemos viver achando que levaremos alguma coisa daqui da Terra para os céus! O autor também nos previne de acharmos que, independentemente daquilo que fizermos, Deus nos salvará! Ele diz que teremos julgamento por cada ato que praticarmos e se estivermos em Cristo, teremos a sentença absolutória.
Para concluir seu pensamento, no capítulo 12, versículo 13,14 ele escreve: "Agora que já se ouviu tudo, aqui está a conclusão: Tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos, porque isso é o essencial para o homem. Pois Deus trará a julgamento tudo o que foi feito, inclusive tudo o que está escondido, seja bom, seja mau." O autor finaliza dizendo que não devemos tentar entender tudo que acontece debaixo do sol, pois isso é inútil, é correr atrás do vento. Ele nos anima a obedecermos a Deus mesmo quando não entendemos aquilo que Ele faz ou deixa de fazer!
O cristão não deve obedecer a Deus porque conseguiu compreender Sua mente, mas, sim, porque confia que as ações de seu Rei são as melhores para seu povo, mesmo quando estas lhe causem grande e profunda tristeza.
Longe de ser um livro depressivo e sem sentido, o Eclesiastes nos mostra que podemos confiar em nosso Rei Jesus mesmo quando as situações nos parecem confusas e tudo parece ser sem sentido!
Deus nos abençoe!
O ponto de partida de Eclesiastes se encontra no versículo 2.3: "eu queria saber o que vale a pena, debaixo do céu, nos poucos dias da vida humana". O autor está intrigado por não conseguir compreender certas ações de Deus em meio à natureza humana. Ele não entende o porquê de certas coisas acontecerem a determinadas pessoas, as injustiças da vida, o trabalho árduo debaixo do sol, os absurdos da vida, a futilidade do poder... O autor aparenta estar desolado e completamente confuso quanto ao motivo da vida existir.
Os versículos 4 até 10 do capítulo 2 nos mostram que o autor não negou coisa alguma que seus olhos e mãos desejassem. Ele se lançou rm projetos e teve tudo que seu coração desejou! Porém no versículo 11 ele conclui dizendo: "Contudo, quando avaliei tudo o que as minhas mãos haviam feito e o trabalho que eu tanto me esforçara para realizar, percebi que tudo foi inútil, foi correr atrás do vento; não há nenhum proveito no que se faz debaixo do sol". Vemos então um homem completamente arrasado! Um homem que teve tudo o que desejou, mas que não conseguiu perceber a verdadeira realidade da vida. O autor prosseguirá então até o final do capítulo 7 dizendo que "nada faz sentido debaixo do sol".
Depois de uma leitura cuidadosa no livro de Eclesiastes, percebemos que muitas das indagações ali contidas, refletem as mesmas dúvidas e questionamentos que temos. Por que Deus não finda com a injustiça terrena? Qual a vantagem em ser sábio se não se poder compreender a vida? De que adianta se esmerar em prol de algum serviço se ao final da vida todos teremos o mesmo destino que é a morte? Quantas vezes nós já nos deparamos com a mesma situação do autor, onde olhamos para nossa vida e pensamos, "que coisas inúteis tenho feito! É tudo sem sentido!".
Após muitas dúvidas, questionamentos e indagações sem fim, o autor nos diz que devemos obedecer ao Rei. No capítulo 8 versículo 4 lemos: "Pois a palavra do rei é soberana, e ninguém lhe pode perguntar: 'O que estás fazendo?'". Aqui, o autor expressa algo de profundo valor para nós cristãos, que é: Obedeça ao Rei! Porém ele deixa claro que esse obedecer não é precedido de uma conversa entre o rei e o servo, onde ambos fixam um acordo que lhes parece melhor e/ou que apraz ambas as partes. Pelo contrário, ele diz que ninguém pode indagar ao Rei sobre o que ele faz ou deixa de fazer, pois o Rei é soberano e faz aquilo que sua vontade bem entender. Se cremos verdadeiramente que nosso Rei é Jesus, filho do Pai, então devemos aceitar as palavras proferidas pelo autor. Se quisermos ser sábios, devemos atentar para os grandes ensinamentos da bíblia.
Um cristão maduro é aquele que acata as decisões de seu Rei e as segue sem questionamentos quanto à veracidade - não porque ele é um cristão sem vontade de questionar, mas sim porque sabe que aquilo que o seu Rei faz é o melhor para Seu povo. Não devemos ficar como que apontando as orações para os céus e dizer: "Por que tu fizeste isso, Senhor? Existiam milhares de outras maneiras para Tu realizares o teu propósito! Por que foi dessa maneira?!" Relembremos: "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria" (Provérbios 9.10).
Em fase de finalização, no capítulo 11, versículo 9 lemos: "Alegre-se, jovem, na sua mocidade! Seja feliz o seu coração nos dias da sua juventude! Siga por onde seu coração mandar, até onde a sua vista alcançar; mas saiba que por todas essas coisas Deus o trará a julgamento." Vemos, aqui, que embora o autor estivesse confuso quanto ao sentido da vida, ele não diz para deixarmos de viver e abandonarmos tudo; pelo contrário, nos exorta a irmos atrás de nossos sonhos, a vivermos por nossas ambições e desejos, indo o mais longe que pudermos! Mas ele nos salienta dizendo que por todas essas coisas Deus nos trará a julgamento.
Não há problema algum em termos grandes planos para nossa vida e desejarmos fazer grandes coisas. O problema está no porquê desejamos determinadas coisas. Não devemos viver como se nossa estadia na Terra fosse eterna! Não podemos viver achando que levaremos alguma coisa daqui da Terra para os céus! O autor também nos previne de acharmos que, independentemente daquilo que fizermos, Deus nos salvará! Ele diz que teremos julgamento por cada ato que praticarmos e se estivermos em Cristo, teremos a sentença absolutória.
Para concluir seu pensamento, no capítulo 12, versículo 13,14 ele escreve: "Agora que já se ouviu tudo, aqui está a conclusão: Tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos, porque isso é o essencial para o homem. Pois Deus trará a julgamento tudo o que foi feito, inclusive tudo o que está escondido, seja bom, seja mau." O autor finaliza dizendo que não devemos tentar entender tudo que acontece debaixo do sol, pois isso é inútil, é correr atrás do vento. Ele nos anima a obedecermos a Deus mesmo quando não entendemos aquilo que Ele faz ou deixa de fazer!
O cristão não deve obedecer a Deus porque conseguiu compreender Sua mente, mas, sim, porque confia que as ações de seu Rei são as melhores para seu povo, mesmo quando estas lhe causem grande e profunda tristeza.
Longe de ser um livro depressivo e sem sentido, o Eclesiastes nos mostra que podemos confiar em nosso Rei Jesus mesmo quando as situações nos parecem confusas e tudo parece ser sem sentido!
Deus nos abençoe!