segunda-feira, 30 de junho de 2014

Conheça o Confraria Reformada!


Saudações a todos!

Muitos já conhecem e acompanham nosso canal no youtube/reformahoje. Acontece, porém, que não filmamos somente  os cultos e os estudos na Confissão de Fé de Westminster, e sim o programa chamado "Confraria Reformada", no qual eu - Filipe Luiz C. Machado -, converso com alguns irmãos em Cristo através do Hangout do Youtube.

O objetivo do bate-papo é interagir com outros crentes, a fim de crescermos em graça, conhecimento e proximidade, a fim de partilharmos daquilo que temos visto e ouvido, conforme slogan que adotamos (Atos 4.20).

Se você quiser interagir conosco e eventualmente participar, pode entrar em contato comigo através da página do Confraria Reformada no Facebook. Caso queira apenas acompanhar, basta clicar no link da transmissão.

O programa é transmitido ao vivo, todas as terças-feiras às 22:15 (salvo mudanças anunciadas) e o link para acompanhar é sempre variável, pois a cada transmissão o Youtube cria um novo link - portanto, se você deseja acompanhar semanalmente ou interagir, "curta" nossa página no Facebook e fique por dentro dos links, horários e demais informações"

Um grande abraço a todos!

terça-feira, 24 de junho de 2014

Mulheres não foram feitas para sofrer!


Começo esta rápida reflexão reafirmando o que segue no título desta postagem: mulheres não foram feitas para sofrer! E não foram feitas mesmo! Não porque elas são "menos" e os homens "mais", e sim porque elas devem ser tratadas com todo o cuidado e respeito. Sim, eu sei que elas irão sofrer por muitas coisas, mas não precisam buscar aumentar este sofrimento.

Hoje mesmo me deparei com a seguinte notícia: “Chega disso! Nós não fomos criados todos iguais” No breve artigo, a capitã da U.S. Marines, uma excelentíssima força militar americana, destaca algo que todos deveriam saber, mas acabam por ignorar: que a anatomia feminina não foi criada para ser exposta a tantas brutalidades que o cenário da guerra necessita. Não! Não sou eu quem está dizendo, e sim a capitã de uma das mais renomadas forças militares do mundo! Noutras palavras, ela não afirmou que a mulher não é capaz de chegar a tal grandeza - ela é a prova disso -, e sim que o fato de alcançarem tais posições não lhes retira o ser mulher que são.

Neste sentido do artigo, conversando com um Suboficial dos Fuzileiros Navais do Brasil, o mesmo comentou algo interessante: que o exército de Israel havia feito uma experiência, utilizando mulheres na linha de frente do combate, mas acabaram não dando seguimento a esta alternativa, pois perceberam que naturalmente os homens do exército, muitas vezes, acabavam deixando de fazer o que estavam executando para irem ajudar as mulheres feridas ou necessitadas. Noutras palavras, perceberam que o homem, pela forma como foi feito por Deus, possui a certeza de que deve cuidar da mulher e de que elas não foram feitas para tamanho perigo e algumas ocupações - qual homem consegue ver uma mulher em perigo e não a ajudar?

Assim, o mais interessante disto tudo é que a Bíblia já prescreve este padrão de vida percebido pela capitã e pelo exército israelense, isto é, onde o homem é o sustentador da casa e a mulher é gentil mãe de filhos, conforme o Senhor concede os mesmos: "E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada. Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne" (Gn 2.23-24); "Quem é como o Senhor nosso Deus, que habita nas alturas? [...] Faz com que a mulher estéril habite em casa, e seja alegre mãe de filhos" (Sl 113. 5, 9). É verdade que muitas não chegam a casar, mas de modo algum isso significa que foram criadas para serviços pesados e desgastantes - "O solteiro cuida das coisas do Senhor, em como há de agradar ao Senhor" (1Co 7.32); ou seja, fazendo a Sua vontade.

Escrevendo esta reflexão, lembro-me de certa vez, quando uma moça comentou em determinada postagem em uma rede social acerca de que defender tal posicionamento era "machismo" de minha parte. Bem, discorrendo brevemente, não vejo qualquer "machismo" em querer o bem das mulheres, desejando que elas possam ficar em casa, terem tempo para saírem, se divertirem e conforme Deus envia, cuidarem dos filhos; não vejo "machismo" em preferir que elas não tenham de sair às 06:30 de casa, pegarem o ônibus lotado, ficarem o dia inteiro se estressando no trabalho, depois irem para a faculdade e por fim voltarem às 23:00 para casa, tendo de andar no escuro e com medo do que pode lhes acontecer. Em vez de "machismo", vejo amor, carinho e o desejo de que tudo com elas vá bem.

Por isso, excelentíssimas mulheres, creiam que quando a Escritura prescreve um viver mais "tranquilo" e "caseiro" (quando comparado ao ambiente extremo da guerra ou de empresas - sei, porém que por vezes o ambiente familiar se "assemelha" a eles) para vocês, de modo algum está dizendo que vocês não são aptas a trabalharem em grandes corporações ou servirem ao exército, e sim que vocês são especiais o bastante para que sejam cuidadas e amadas - não queiram inverter os papeis (e homens, assumam os seus!), pois diz a Escritura: "Tu és bom e fazes bem" (Sl 119.68), de maneira que vocês serão muito mais felizes ouvindo e obedecendo a Santa Bíblia.

Sei, ademais, que muitas mulheres são obrigadas a diversas coisas - algumas, inclusive, são forçadas a irem trabalhar pelo marido ou por alguma circunstância excepcional. Aqui, Provérbios 31 é bastante claro quanto à questão do trabalho e necessidades da mulher - quando preciso, ela chega a ajudar seu marido nos afazeres exclusivos dele, inclusive examinando e vendendo coisas; sendo necessário, ela viaja e busca o mantimento onde for necessário; ela é realmente "uma ajudadora idônea para ele" (Gn 2.18). No entanto, ela sempre mantém à mente de que sua vida é "menos brutal" que a de seu marido, pois o Senhor legou a ele o cuidar de você e sustentar a casa.

Desta forma, não lutem por "direitos iguais", mulheres cristãs; não caiam na armadilha do feminismo e das vãs filosofias deste mundo. Lutem, sim, para serem conforme a Escritura prescreve: "prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos, A serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seus maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada" (Tt 2.4-5).

Que Deus as abençoe e igualmente transforme muitos homens, a fim destes entenderem e assumirem o seu papel.

sábado, 21 de junho de 2014

A Sabedoria, o Amor e a Glória de Deus



A poderosa sabedoria de Deus é sempre ativa e nunca falha. Todas as obras de sua criação, providência e graça demonstram isso, e enquanto não virmos nelas a sua sabedoria, não teremos uma visão correta. Não poderemos, entretanto, reconhecer a sabedoria de Deus a menos que conheçamos com que finalidade Ele age. Muitos erram neste ponto. Entendem mal o que a Bíblia diz quando fala que Deus é amor (1Jo 4.8-10), pensam que Deus planeja uma vida livre de problemas para todos, independente de sua condição moral e espiritual; e, consequentemente, concluem que qualquer situação dolorosa ou difícil (doença, acidente, injúria, perda de trabalho, sofrimento de um ente querido) indica que a sabedoria ou o poder de Deus, ou ainda ambas as coisas tenham falhados, ou que Deus afinal não existe. Mas essa ideia do propósito de Deus é um completo engano.

A sabedoria de Deus não é, e nunca foi, prometida a um mundo caído, no sentido de mantê-lo feliz, ou proporcionar conforto ao incrédulo. Nem mesmo aos cristãos foi prometida uma vida fácil, pelo contrário, bem o inverso disso. Ele tem outros fins em vista para a vida neste mundo além de simplesmente torná-la fácil para todos.

O que Ele pretende, então? Qual o seu objetivo? O que Ele almeja? Quando criou o homem, seu propósito era que este deveria amá-Lo e honrá-Lo, louvando-O pela variedade e complexidade ordenada de seu mundo, usando-o de acordo com a sua vontade, e assim gozando tanto o mundo como a Ele. E embora o homem tenha caído, Deus não abandonou o seu proósito incial. Ele ainda planeja que uma grande multidão venha a amá-Lo e honrá-Lo. [...]

Esta será a "glória" de Deus, e a "glória" do homem também, em todos os sentidos que essa palavra significativa pode expressar. Mas isso só será totalmente realizado no mundo futuro, no contexto da transformação de toda a ordem criada. Entretanto, enquanto isso não acontece, Deus age firmemente para que esse propósito se realize.

- por J. I. Packer 
Fonte: O Conhecimento de Deus, Ed. Mundo Cristão, págs. 79-80.

sábado, 14 de junho de 2014

9 Segredos que a Esposa do seu Pastor gostaria que você soubesse


Ela está sempre lá. Às vezes, no fundo, às vezes com um sorriso de boas-vindas na frente, às vezes notada e apreciada, às vezes sendo silenciosamente julgada. A esposa do seu pastor; a força poderosa por trás da maioria dos líderes da igreja, muitas vezes é rotulada como um "mistério" pelo resto da igreja. Isso não tem que ser assim.

E se nós apenas pedíssemos a esposa de nosso pastor abertamente, honestamente, mesmo anonimamente, para compartilhar alguns de seus segredos? E se a gente as convidasse a compartilhar seus corações e nos dizer o que gostariam que a igreja soubesse?

Eu fiz uma simples pergunta aberta a um grupo de esposas de pastores em estados diferentes, de diferentes denominações, com vários anos de serviço, "Se você pudesse dizer a igreja algumas coisas sobre o seu papel como esposa de um pastor, o que você gostaria de dizer? "

As mulheres selecionadas são as esposas dos ministros de música, líderes das crianças, pastores seniores e pastores de jovens. Alguns deles servem em igrejas com uma grande equipe e orçamentos ainda maiores, outros em igrejas mais recentemente plantadas, e até mesmo algumas esposas de pastores a mais tempo  e que mal sobrevivem em congregações. Apesar de tais fundos diferentes, suas respostas eram estranhamente similares e, em muitos casos, quase idênticas.

Eu me sentei para o café, troquei e-mails e tive longas conversas com muitas pessoas que livremente compartilharam seus segredos comigo em troca da promessa de anonimato. O que se segue é um conjunto condensado de suas palavras.

1) "Eu queria que as pessoas soubessem que lutamos para ter tempo para a família."

Houve uma resposta comum que recebi da mulher de cada pastor. Cada uma. Única. Singular. várias e várias vezes, as esposas de muitos pastores compartilharam inúmeras ocasiões em que férias planejadas tiveram de ser encurtadas (isso não é chato?). Contaram-me histórias de noites familiares tendo de ser reorganizadas por causa de crises de membros da igreja, emergências a meia noite e interrupções regulares. Um verdadeiro dia de folga é raro; mesmo os dias de folga programados de seus maridos são, essencialmente, de plantão.

2) "Quase todos os dias eu estou com medo de estragar tudo."

Elas enfrentam muitas das mesmas questões que todas as outras  mulheres enfrentam: questões de casamento, as extensas dificuldades familiares, doença, finanças, crianças que tomam decisões inadequadas, medos e inseguranças. Alguns momentos da vida são, obviamente, mais difíceis que outros; mas lembre-se, as esposas dos ministros não são a "Mulher Maravilha" com poderes especiais. Por favor, tenham um pouco de misericórdia e ofereça a graça.

3) "Ser esposa de pastor é a coisa mais solitária que eu já fiz e por muitas razões."

Pessoalmente, eu acho que isso será surpreendente para muitos (foi para mim). Várias senhoras compartilharam as dificuldades de encontrar amizades que fossem seguras, sendo observadas (ou tratadas) de forma diferente, e até mesmo o desejo de serem convidadas para uma noite ocasional de senhoras. Ou quem sabe "uma mulher comum", convidando-nos a algo, apenas para nos conhecer. Nós gostamos de conhecer pessoas e sermos conhecidas. As pessoas na igreja muitas vezes pensam que a esposa do pastor é sempre convidada para tudo e popular. Na realidade, por qualquer motivo, muitas mulheres temem fazer amizade com elas. Nas manhãs de domingo as esposas de pastores estão muitas vezes sentadas sozinhas e aquelas com filhos acabam parecendo, essencialmente, mães solteiras.

4) "Sem problema! Seja bem vinda para conversar comigo sobre as coisas que não dizem respeito à igreja, ou mesmo Jesus. Eita, eu falei!"

Elas têm uma variedade de interesses. Acredite ou não, muitas esposas de pastores foram para a faculdade e exerceram suas carreiras em tempo integral antes de se tornarem  " A Sra. Esposa do Pastor". Elas têm hobbies, gostos e desgostos, e embora elas muitas vezes sirvam ao lado de seu marido, elas são indivíduos com seus próprios dons. Não cometa o erro de pressupor que a esposa do seu pastor tem a mesma personalidade dele. Uma mulher recém casada, compartilhou que ​​quando anunciou seu noivado, regularmente as pessoas comentavam sobre quão boa cantora ela devia ser (porque seria esposa de um ministro de música). Quando ela contava que cantava mais parecido com um gato morrendo do que um pássaro de canto elegante, o choque nos rostos das pessoas era evidente.

5) "Os domingos às vezes são os meus dias menos favoritos. Espera! Estou autorizada a dizer isso?"

Domingos são difíceis. E muito. E não há descanso. Para a esposa de um pastor, o domingo significa um início da manhã de correria para ter a família pronta em seu "Sunday Best". Embora você não possa ver a esposa do seu pastor na plataforma, é certeza, o domingo é igualmente cansativo para a maioria (todas) dessas mulheres.

6) "É difícil não guardar ressentimento ou não permitir que sua carne ataque a membros que criticam abertamente o seu ministério."

Elas odeiam a crítica a igreja mais do que qualquer coisa. É doloroso. Ofensivo, e sim, é muito difícil não levar para o lado pessoal. É uma das coisas mais prejudiciais que testemunham regularmente dentro da igreja, seja através de e-mails, mídias sociais ou fofocas. Elas desejam que as pessoas entendam o quão sério a palavra de Deus fala sobre o perigo e poder de nossas palavras. E o quanto isso fere a família do pastor.

7) "Por favor, não me diminua ou presuma que eu não apoio o meu marido só porque você não me vê o tempo inteiro na igreja, as portas estão abertas".

A maioria das mulheres não são funcionárias remuneradas. São esposas, mães, algumas são empregadas fora de casa e precisam ter a liberdade para orar e escolher atuar em ministérios em que se sentem chamadas.

8) "Eu gostaria que as pessoas soubessem que nós ensinamos aos nossos filhos a fazer boas escolhas, mas, às vezes, eles não fazem."

Piadas sobre filhos de pastores devem ser evitadas a todo custo. O risco do filho do pastor se revoltar não é nenhum segredo. Eles não são perfeitos, e nunca serão (os seus são?). Eles têm que aprender a caminhar na fé, assim como as outras crianças e precisam de incentivo e amor para fazê-lo. Mais uma vez, ofereça a graça.

9) "O que eu posso dizer é que eu tenho sido abençoada além da medida, que me foram dados presentes, dinheiro, amor e oração, tanta oração ... de tantas pessoas."

Elas amam a sua igreja e entender o papel vem com desafios especiais e bênçãos especiais; é gratificante e traz grande alegria.

Um Pensamento extra

Embora não fosse uma resposta comum, houve uma que se destacou. O topo da lista da esposa de um pastor experiente simplesmente dizia: "Eu apaguei o meu número 1." Alguns segredos são tão difíceis de compartilhar, até mesmo a promessa de total confiança, não é suficiente para levá-los para fora.

Essas mulheres piedosas tem algo que elas querem que a gente saiba e como um corpo de crentes trabalhando juntos para o mesmo objetivo, acho que nós podemos obter uma melhor compreensão de como apreciar os nossos líderes, ouvindo. Todas estas respostas apontam para uma verdade singular. A esposa do seu pastor é um ser humano que deseja ser conhecido, assim como você é.

- por Christina Stolaa

domingo, 8 de junho de 2014

A Luta do Pecador e Quando Deus Abre os Seus Olhos


As coisas que dizem respeito à minha não conversão ao Senhor passaram a ser mais perceptíveis para mim no dia em que eu estava, com outros irmãos, em uma reunião de oração na casa do meu irmão de sangue. Um após o outro, orávamos daquilo que sentíamos necessidade e conforme o Senhor nos falava. Após alguns termos orado, um outro amigo meu também ali presente, começou a orar. E aquela oração me incomodou muito. Eu sentia como se ele de fato estivesse orando a Deus, muito diferentemente de mim que buscava em meu intelecto ou em belas palavras, algum assunto que eu julgava que deveria ser orado - e nisso tudo, eu pequei; pequei porque enquanto ouvia a oração, a cobiça de querer orar igual queimava em mim e pensamentos maus vinham à mente, tentando afundar essa cobiça. Era um erro tentando apagar o outro. Eu pensava: "como pode ele querer se atrever a orar desta forma?" Eu pensava então nos pecados, os que eu tinha conhecimento, que este meu amigo cometia e dizia dentro de mim: "viu só, ele não é digno de orar! Ele faz isso, e aquilo, e aquele outro!" Mas, eu via que ele orava ao Senhor e eu não.

Voltei para casa, extremamente incomodado – pensamentos diversos, mas ainda na mesma linha, me enchiam a mente. Mas eu tinha uma aliada na minha luta: a hipocrisia. Com ela eu podia facilmente aparentar que estava tudo bem, tudo natural e dentro dos padrões. Além disso, tinha por companheira a justiça própria, que me defendia em tantos momentos oportunos a mim mesmo.

Esses sentimentos continuaram ainda por um bom tempo, talvez uns dois meses, mas já vinham de muito antes deste evento na reunião de oraçã - lá eles apenas ficaram mais visíveis a mim, pela graça de Deus. O tempo se passou e eu oscilava entre uma experiência espiritual aqui, um senso de justiça própria ali e uma outra hipocrisia, pro caso de nenhum das anteriores funcionar. Contudo, eu achava que as coisas corriam bem.

No dia primeiro de março deste mesmo ano, 2014, fui pela primeira vez na vida levado a crer que Cristo também é Deus – digo crer, porque antes tinha mero conhecimento. Lendo a passagem de Atos 9 com irmãos, o Senhor me tocou para a verdade de que Cristo também é Deus. Quando Paulo perguntou: "quem és, Senhor?" Cristo respondeu: "eu sou a Jesus, a quem tu persegues". Essa citação brilhou tão profundamente em mim, que durante aquela semana compartilhei com algumas pessoas, irmão, amigos, pai e mãe, o que Deus havia feito em mim e como tinha me mostrado meu Salvador. No entanto, eu tinha algum conhecimento, sabia quem era Cristo, mas ainda não havia me arrependido completamente.

Durante todo aquele mês, eu oscilava em alegres meditações no Senhor, novas “velhas verdades” que eu agora compreendia e a velha hipocrisia, seguida da justiça própria, e por vezes, o desamparo de Deus (em minha visão). Não foram poucos os dias nesse mês que eu me sentia completamente abandonado pelo Senhor, como se Ele fosse um Deus longe e já não me escutasse mais; como se fosse inútil clamar a Ele, pois não me ouviria. Que sensação horrível! Embora sem saber o que fazer, eu caminhava e tentava, geralmente por minhas próprias forças, algum modo de me achegar a Deus. Eu agora conhecia quem era Cristo, mas eu não estava disposto a largar totalmente a mim mesmo para segui-lo. Eu o queria, mas não intentava abrir mão de tudo. Algumas coisas eu ainda desejava, pois elas me protegiam. Ah, se alguém soubesse da minha hipocrisia, o que seria de mim? Se alguém me apontasse um erro? Ah, provavelmente eu tentaria ganhar esta pessoa no carisma ou diria algo bonito, mesmo bíblico e estaria tudo certo. Contudo, haveria grande probabilidade de eu estar irado interiormente com esta pessoa. Mas, quem ligaria? Se estivesse passando uma boa imagem, estaria tudo certo. Não, não estaria!

Estes momentos em que o Espírito Santo me incomodava sobre algo que eu fazia – agora não mais somente questões morais, mas sim bíblicas também – começavam a aumentar em frequência. Eu me perguntava: "Senhor, por que não consigo me sentir bem na presença de outros irmãos? Eu te sirvo, gosto dos meus irmãos, mas essas coisas não parecem compatíveis entre si!"

E o tempo passou, e as ocorrências aumentavam. Era Deus começando a acordar minha mente cauterizada.
Os dias se passavam, a angústia aumentava e eu ainda sem resposta à minha pergunta: "por que não me sinto bem quando estou em comunhão com meus irmãos?" Eu me abrigava no fato de que, embora muitas fraquezas, Deus já havia despertado em mim um desejo maior por conhecê-lo, desejo que veio após o dia em que Ele me mostrou a Cristo. Mas eu ainda falhava tanto! Como podia o desejo de aprender mais sobre Cristo, habitar na mesma semana em que eu me sentia totalmente desamparado por Deus? Eu não entendia, mas, por Deus, clamava a Ele que me respondesse.

Os dias se iam, e as angústias e oscilações cresciam, até que o Senhor começou a me mostrar que eu não estava totalmente convertido a Ele. Eu apreciava a forma e as meditações sobre Deus, mas meu coração ainda não estava totalmente entregue a Ele. Neste momento Satanás começou a me tentar fortemente com tentações que até então estavam adormecidas, como um vulcão fora de atividade. E quando estas tentações vinham, eu pensava: "mas Senhor, por que isto?" E pensamentos como: "há tempos que eu não sou tentado assim"; e "eu não sou tão mal assim para abrigar esses pensamentos perversos em mim!". Escusando-me de que necessitava claramente de Deus e que SIM, eu era (e sou) tão mal, e abrigava em mim esses pensamentos.

As lutas continuaram e em um dia, hoje (25 de março), caminhando e conversando com amigos até a universidade, tive novamente a angústia de estar com os irmãos. Era bom estar com eles, mas não era. Era bom falar sobre Deus, mas não era. Agora sei o porquê me fazia bem citar os versículos bíblicos ou compartilhar e fazer conhecidas a eles a minha opnião, mas a verdade é que meus lábios estavam ali, mas não meu coração. Eu era orgulhoso. Eu sentia vergonha de falar alto sobre as coisas que anunciassem que estávamos falando sobre Deus, com medo de que alguém ouvisse.

Nossa caminhada até à universidade se concluiu e estes amigos, assim como eu, foram às suas salas. Lá, eu alternava entre a cobiça a outras mulheres, o medo de falar de Cristo, e o senso de que algo estava terrivelmente errado. Fui ao intervalo, coincidentemente, à reunião de cristãos na universidade (grupo da A.B.U.), e lemos Tiago 1:5-7, e falamos sobre a sabedoria de Deus e o sermos inconstantes como as ondas, além de pedirmos a Deus sabedoria que Ele nos concederia, se pedíssemos de acordo com a Sua vontade. Nesse estudo, Deus já havia me tocado para que eu ficasse mais calado e buscasse falar menos e ouvir mais. Ser menos eu comentando aquilo que era minha sabedoria – embora bíblica, recitada pela minha própria vontade e não pelo amor ao Senhor. Ao chegar em casa, Deus me fez também lembrar do versículo 6 de Tiago 1: "em nada duvidando".

Já descrente da minha própria força, orei a Deus, confiando que de fato ele poderia suprir meu coração e me moldar conforme a Sua justiça. Orei então para que Ele mudasse a disposição do meu coração e me fizesse amá-lo. Orei que, se fosse preciso, Ele me tirasse todo o conhecimento bíblico que eu tinha até então, para crer desde o início, de que Deus enviou seu Filho, que morreu por um pecador como eu e colocou em mim o Seu Espírito Santo. E eu estava então, por Deus, decidido a começar a caminhar com Ele, ainda que e isso me trouxesse vergonha diante dos homens, eu a preferiria, para ter a Cristo como meu Salvador.


Louvado seja Deus!

- escrito por um cristão e grande amigo do autor deste blog.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

7 Problemas com a Expiação Universal Arminiana


Na teologia do Arminianismo nos é dito que Cristo morreu para tornar possível que todas as pessoas sejam salvas, se assim elas desejarem. Esta é uma rejeição da visão Reformada, que afirma que Cristo morreu para, verdadeiramente, salvar um povo em particular escolhido por Deus. O Arminianismo é, de longe, a visão mais popular acerca da expiação na Igreja Cristã de hoje. Não obstante, sérias objeções devem ser apresentadas contra a redenção universal arminiana, que são estas:

1- Ela calunia os atributos de Deus, dentre os quais, o seu amor. O Arminianismo apresenta um amor que, na verdade, não salva. É um amor que ama e então, se recusado, transforma-se em ódio e ira. Não é o amor que permanece imutável de eternidade a eternidade. Ela calunia a sabedoria de Deus. Deus faria um plano para salvar todos, mas não o cumpriria? Ele seria tão tolo a ponto de seu Filho ter pagado a salvação para todas as pessoas se sabia que seu Filho não obteria aquilo pelo que pagou? Eu me sentiria tolo se eu fosse numa loja comprar algo, e então saísse sem ele. No entanto, o Arminianismo nos pede para acreditarmos que essa é a verdade da salvação – que o pagamento foi feito, uma redenção, e, ainda assim, o Senhor se afastou sem aqueles que ele redimiu. Essa visão calunia a sabedoria de Deus. Ela calunia o poder de Deus. O universalismo arminiano nos obriga a acreditar que Deus era capaz de realizar o aspecto de merecimento da salvação, mas que o aspecto de aplicação é dependente do homem e seu livre-arbítrio. Ele nos pede para acreditar que Deus operou a salvação de todas as pessoas, até certo ponto, mas não salvou ninguém. Ela calunia a justiça de Deus. Cristo satisfez a justiça de Deus para todas as pessoas? Será que Cristo recebeu a devida punição por todas as pessoas? Se sim, como Deus pode ainda punir alguém? É justiça punir uma pessoa pelos pecados de outra e mais tarde punir novamente o infrator inicial? Dupla punição é injustiça.

2- Ela desabilita a divindade de Cristo. Um Salvador derrotado não é Deus. Este erro ensina que Cristo tentou salvar todos, mas não obteve êxito. Ele nega o poder e a eficácia do sangue de Cristo, uma vez que nem todos aqueles por quem Ele morreu serão salvos. Assim, o sangue de Cristo foi desperdiçado quando derramado por Judas e Esaú. Grande parte da sua obra, lágrimas e sangue foi derramada em vão.

3- Ela mina a unidade da Trindade. Assim como os pais devem trabalhar juntos para conduzir uma família com eficácia, assim o Deus Triúno trabalhou, cada uma das três Pessoas, com propósitos e objetivos idênticos. Uma Pessoa não pode ter em mente salvar algumas pessoas, que a outra Pessoa não determinou salvar, mas é exatamente isso que, implicitamente, o universalismo arminiano ensina. Ele nega a eleição soberana do Pai, uma vez que Cristo teria morrido por mais pessoas do que Deus decretou salvar, fazendo, portanto, com que Cristo tenha uma agenda diferente da do Pai. Isso teria sido um anátema para Jesus, que afirmou que todo o seu ministério redentivo foi conscientemente designado para realizar um plano divinamente arranjado (João 6.38-39). Da mesma forma, a redenção arminiana nega o ministério salvador do Espírito Santo, uma vez que afirma que o sangue de Cristo tem uma aplicação mais ampla do que a obra salvífica do Espírito. Qualquer apresentação da salvação que faça com que a obra do Pai ou a obra do Espírito na salvação fiquem eclipsadas pela obra de Cristo contradiz a unidade inerente da Trindade. Deus não pode estar em contradição consigo mesmo. Arminianismo é universalismo inconsistente.

4- Ela rejeita todos os outros pontos do Calvinismo. A visão arminiana da expiação rejeita a doutrina da depravação total do homem, ensinando que o homem possuía dentro de si a capacidade para receber e aceitar a Cristo. Ela rejeita a eleição incondicional, ensinando que Deus elege com base na fé prevista. Ela rejeita a graça irresistível, ensinando que a vontade do homem é mais forte que a vontade de Deus. Ela rejeita a perseverança dos santos, ensinando que o homem pode apostatar da fé.

5- Ela diminui a glória de Deus. Se Deus faz todas as coisas na salvação, Ele recebe toda a glória. Mas se Deus pode fazer muito e não tudo, então a pessoa que completa a aplicação da salvação recebe ao menos alguma glória. É por isso que há tanta ênfase no evangelismo em massa sobre a livre vontade do homem. A expiação universal exalta a vontade do homem e avilta a glória de Deus.

6-  Ela perverte o evangelismo. Hoje em dia ouvimos repetidas vezes mensagens evangelísticas, que dizem: “Cristo morreu por você. O que você vai fazer por Ele?” Porém, nunca encontramos na Bíblia que a alguém seja dito pessoalmente: “Cristo morreu por você”. Em vez disso, encontramos a obra de Cristo explicada e seguida por um chamado a todas as pessoas: “Arrependei-vos e crede no evangelho”. A mensagem não é: “Creia que Cristo morreu por você” ou “Creia que você é um dos eleitos”. A mensagem é: “Creia no Senhor Jesus Cristo e você será salvo”.

7- Ela denigre a eficácia intrínseca da própria expiação. Os arminianos ensinam que a obra de Cristo induz o Pai a aceitar graciosamente o que Jesus realizou no lugar de uma completa satisfação da Sua justiça. É como se Jesus persuadisse ao Pai a aceitar alguma coisa menos do que demandado pela justiça. Foi por isso que Armínio afirmou que quando Deus salvou pecadores, Ele mudou-se do seu trono de justiça para o seu trono de graça. Todavia, Deus não possui dois tronos. O seu trono de justiça é o seu trono de graça (Salmo 85.10). O arminianismo esquece que a expiação não conquista o amor de Deus, mas, sim, que a expiação é a provisão do seu amor.

- por Joel R. Beeke

O culto online e a tentação do Diabo

Você conhece o plano de fundo deste texto olhando no retrovisor da história recente: pandemia, COVID-19... todos em casa e você se dá conta ...