domingo, 28 de fevereiro de 2010

O Mandamento Bíblico Para os Evangélicos Serem Diferentes e Separados

O Mandamento Bíblico Para os Evangélicos Serem Diferentes e Separados - por Peter Masters

A Palavra de Deus ensina que os cristãos devem manter-se separados de qualquer forma de religião que contradiz e despreza as verdades fundamentais da fé cristã, que salvam a alma. Este é um mandamento básico e comprometedor encontrado em muitas passagens das Escrituras. E nenhuma destas, por mais branda que seja, utiliza uma linguagem obscura e controversa. Consideraremos, de maneira breve, dez passagens que apresentam este mandamento.

Primeiramente, a ordem para sermos um povo distinto e separado é afirmada, de maneira evidente, em 2 Coríntios 6.14-17: "Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo? Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor".

O vocábulo grego traduzido "separai-vos" refere-se ao estabelecimento de um limite. (Nossa palavra "horizonte" origina-se desse termo grego.) Paulo ensina que temos de nos manter separados no mesmo sentido de um limite que é colocado e jamais pode ser ultrapassado. Os falsos ensinadores e seus erros precisam estar fora dos limites para nós ou além do horizonte. Jamais devemos ter comunhão com eles em qualquer nível. O apóstolo utiliza as mais fortes palavras disponíveis para nos ordenar a não estarmos, em ocasião alguma, em comunhão com ensinadores religiosos que negam a Palavra de Deus e asseveram falsa doutrina.

Com certeza, jamais devemos nos colocar em jugo desigual com os incrédulos, o que significa que nunca devemos trabalhar juntamente com falsos ensinadores religiosos em qualquer tipo de empreendimento espiritual. Jamais devemos ser encontrados debaixo do mesmo jugo. Por meio deste mandamento, somos proibidos de nos assentarmos em comitês, compartilhar o mesmo púlpito ou servir em equipes pastorais juntamente com estes falsos ensinadores. Por igual modo, somos instruídos a não estarmos juntos com eles em assembléias eclesiásticas e denominacionais.[1]

O "jugo" é o vínculo de serviço. Do ponto de vista divino, aos falsos ensinadores, que negam os fundamentos da fé cristã, não deve, em ocasião alguma, ser atribuído reconhecimento espiritual. Também não devemos reconhecer suas igrejas como válidas aos olhos de Deus.

Precisamos, sem dúvida, ser compassivos e demonstrar interesse por todos aqueles que estão enlaçados no erro. Judas adverte os crentes a respeito dos falsos cristãos, salientando que alguns poderão ser salvos. "Salvai-os... em temor", ele declara, "arrebatando-os do fogo... detestando até a roupa contaminada pela carne" (Judas 23). A ordem das Escrituras é que alcancemos os "cristãos" não-evangélicos como pessoas que estão de fora, mas nunca devemos falar ou realizar qualquer coisa que bajularia, dignificaria ou reconheceria sua falsa doutrina.

Nosso segundo texto, ordenando um testemunho evangélico distinto e o separar-nos do erro, é Romanos 16.17.

Nesta passagem, Paulo exorta as igrejas a notarem "aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles". Este versículo refere-se a todos os falsos ensinadores, que levam as pessoas a não encontrarem a Verdade.

Hoje, aplica-se à Igreja Católica Romana, que apostatou da Verdade cristã há muitos séculos e adquiriu grandes proporções, ensinando exatamente o oposto das doutrinas da salvação apresentadas na Bíblia. Este versículo também se refere aos teólogos liberais, que negam a inspiração e a infalibilidade das Escrituras, escarnecendo de muitas das doutrinas fundamentais da fé cristã. Negam a existência do inferno e ensinam que toda a humanidade será eternamente salva. Estes dois movimentos iludem as almas de milhões de pessoas. Não devemos nos admirar de que o apóstolo denuncie tais ensinadores e movimentos. Estes são de tal maneira ofensivos a Deus e perigosos às almas, que jamais devemos reconhecê-los e associar-nos a eles.

Porventura, este mandamento está sendo obedecido quando os evangelistas convidam os não-evangélicos a participarem de seus ministérios? Esta ordem tem sido observada quando eles enviam os convertidos à Igreja Católica e a outras igrejas não-evangélicas, a fim de serem instruídos por estas? Tem sido obedecida pelos ministros evangélicos que trabalham juntamente com não-evangélicos em atividades denominacionais, ministros que fazem parte de comitês e, de maneira íntima, compartilham várias atividades eclesiásticas?

O terceiro texto que nos ordena a separação é 1 Coríntios 5.9-13, no qual o apóstolo exorta os irmãos a não se associarem a crentes professos que eram culpados de vários pecados específicos. Embora o apóstolo estivesse se referindo a pecados cometidos por indivíduos, ele faz duas menções à idolatria, o principal compromisso religioso daquela época. Não existe qualquer comunhão entre nós e aquele que professa ser cristão mas continua na prática da idolatria. Nem mesmo devemos tomar refeições com tal pessoa (quando isto expressa aceitação e comunhão). Este é o mandamento do Senhor, dado através do apóstolo, a respeito de todos que professam ser cristãos mas praticam falsa religião. Os falsos mestres são "inimigos da cruz de Cristo", conforme Paulo afirmou em Filipenses 3.18. Os crentes jamais devem ter comunhão e identificar-se com estes de uma maneira que endossaria o ponto de vista e a postura espiritual deles.

O quarto texto que nos ordena manter uma postura distinta e separada é Gálatas 1.8, onde o apóstolo nos adverte que os falsos ensinadores podem mostrar-se como pessoas equipadas com grandes dons e de personalidade muitíssimo atraente. Talvez possuam maneiras amáveis e graciosas e considerável charme, mas, se advogam falsa doutrina (assim como os não-evangélicos), os verdadeiros crentes não precisam estender-lhes sua comunhão. Paulo asseverou: "Ainda que... um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema". A palavra "anátema" significa que a pessoa tem de ser banida, excomungada ou considerada como totalmente inaceitável. A falsa doutrina é tão destrutiva às almas e ofensiva a Deus, que Paulo declarou seria anátema ele ou qualquer membro de sua equipe que pregasse outro evangelho.

Este mandamento é tão importante, que o apóstolo foi movido pelo Espírito a repetir a si mesmo; e, em Galatas 1.9, ele afirma: "Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema". Tal pessoa deve ser tratada como um intruso. Este evidente mandamento está sendo obedecido em nossos dias, quando os líderes evangélicos elaboram declarações anunciando que todo o clero católico (embora ensine a justificação pelas obras e promova a adoração de Maria) deve ser aceito como verdadeiramente cristão? Está sendo obedecido quando os teólogos liberais (que rejeitam a Bíblia, a expiação, a necessidade de conversão e outras verdades essenciais) são incluídos entre os verdadeiros cristãos?

O quinto texto é 2 João 6-11, onde o Espírito Santo utiliza João, o apóstolo do amor, para outorgar-nos um dos mais claros mandamentos a respeito da separação, em toda a Bíblia. Esta passagem nos instrui a não termos comunhão, de maneira alguma, com os falsos ensinadores. João inicia relembrando-nos que o amor ao Senhor é demonstrado por obediência e fidelidade à sua Palavra revelada. Em seguida, ele declara que muitos enganadores têm surgido, "os quais não confessam Jesus Cristo vindo em carne; assim é o enganador e o anticristo... Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus... Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas" (2 João 7-10).

Somos ensinados que todo mestre cristão que realmente não crê em Jesus como o Salvador encarnado está destituído de qualquer relacionamento pessoal com Deus.

Se tal pessoa aparece entre nós, não devemos oferecer-lhe comunhão ou reconhecimento e tampouco saudá-lo em nome de Cristo.

Mas a quem isto se aplica? Somente aos que francamente negam que o Salvador veio em carne? Se este é o caso, os católicos e diversos outros não-evangélicos estariam qualificados à nossa comunhão, pois, embora neguem a conversão evangélica, afirmam que Jesus Cristo veio em carne. Essa é exatamente a maneira como evangélicos que estão comprometidos com outros ensinos interpretam esta passagem. Eles declaram que os católicos e mesmo muitos liberais qualificam-se à nossa comunhão (em outras palavras, eles são verdadeiramente salvos), porque crêem que Cristo veio em carne. No entanto, deveria ser óbvio que esta interpretação é absurdamente superficial, despojando o texto de seu pleno significado. Após a morte, as pessoas serão admitidas no céu, embora nunca tenham sido salvas, apenas por que crêem na encarnação?

Confessar que Jesus Cristo veio em carne não é um mero assentimento técnico da doutrina da encarnação. Significa que agimos de acordo com esta crença, acreditando em todos os ensinos do Salvador e comportando-nos de acordo com seus mandamentos. Se realmente cremos que Ele é Deus, então, com certeza, creremos em tudo que Ele disse a respeito de Si mesmo e de sua obra, no Calvário, em favor da salvação dos pecadores. Obedeceremos sua chamada para nos arrependermos e nos convertermos. Com prontidão, aceitaremos e creremos nas doutrinas evangélicas acerca da salvação da alma. Contudo, essas coisas têm sido negadas e atacadas, com grande vigor, pela Igreja Católica Romana e pelos outros não-evangélicos. É evidente que estes verdadeira e profundamente não crêem que Jesus Cristo veio em carne, porque não O respeitam a ponto de obedecer-Lhe os ensinos.

As palavras de 2 João 7-10 nos convocam a não atribuir reconhecimento aos mestres religiosos que não respeitam, aceitam e obedecem as palavras e atitudes do Filho de Deus encarnado. Os católicos e os liberais substituíram por idéias e cerimônias humanas os ensinos do Senhor, rejeitando, por meio desta atitude, sua autoridade.

O próximo texto que ordena separarmo-nos dos falsos ensinadores é 1 Timóteo 4.1 e 7, onde aprendemos que toda falsa doutrina é obra do maligno e seus demônios. "Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios." Uma das principais atividades das hostes demoníacas hoje é seduzir e tentar as pessoas a seguirem falsas doutrinas. De maneira alguma devemos reconhecer ou cooperar com aqueles que propagam ensinos de demônios. "Rejeita as fábulas profanas e de velhas caducas", Paulo disse. Timóteo precisava rejeitar tudo que procedia de outras fontes, exceto da Palavra de Deus. Desde o começo da carta, Timóteo é encarregado de silenciar (na igreja) o ensino de qualquer outra doutrina (I Timóteo 1.3-4). No entanto, os evangélicos, em nossos dias, estão dizendo que as doutrinas de Roma e dos liberais também são eficazes em trazer pessoas à salvação. Este é um estarrecedor transtorno para o evangelicalismo. Reconhecer tais doutrinas é ajudar à obra dos demônios.

Em 1 Timóteo 4.2, Paulo afirma que muitos dos que ensinam em oposição à Verdade revelada por Deus falam mentiras, por intermédio de hipocrisia. Aparentemente, eles sabem o que estão fazendo. Sabem que não existe qualquer verdadeiro poder e verdade nas coisas que estão ensinando. Muitos estão cientes de serem manipuladores da Verdade. Não se mostram sinceros em seus pontos de vista.

Nosso sétimo texto é 1 Timóteo 6.3-5, onde Paulo novamente ordena que nos apartemos daqueles que não ensinam as palavras e doutrinas de nosso Senhor. "Se alguém ensina alguma outra doutrina e não se conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com a doutrina que é segundo a piedade... Aparta-te dos tais" (arc). Agora, deve estar claro que os documentos mencionados anteriormente — Evangélicos e Católicos Juntos e A Declaração de Nottingham — foram escritos em ousado desafio aos evidentes mandamentos da Palavra de Deus. Representam um óbvio comprometimento com o erro.

Nosso oitavo texto é 2 Timóteo 2.16-21, onde Paulo nos ordena: "Evita igualmente os falatórios inúteis e profanos, pois os que deles usam passarão a impiedade ainda maior". "Evitar" significa "afastar-se" e "fugir de". Este é um dever. Não há qualquer reconhecimento espiritual ou comunhão com os falsos mestres. Nesta passagem, Paulo mostra que a igreja professa possui muitas pessoas destituídas de valor. Nela, existem falsos ensinadores e seus discípulos. Em seguida, ele diz: "Se alguém a si mesmo se purificar destes erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado para toda boa obra". "Purificar" significa limpar completamente. Igrejas e crentes verdadeiros precisam manter-se completamente incontamina- dos de ensinos que contradizem as doutrinas evangélicas que salvam a alma.

O nono texto é 2 Timóteo 3.5, onde Paulo se refere a alguns que, "tendo forma de piedade", negam-lhe o poder; e acrescentou: "Foge também destes". Os católicos e os liberais negam a poderosa e transformadora obra de Deus na conversão, não considerando-a uma experiência instantânea, recebida em imediata resposta ao arrependimento e à fé. Não podemos nem devemos comprometer esta doutrina vital. Temos de fugir de tais ensinadores.

Nosso décimo texto é Efésios 5.11, onde Paulo afirma: "E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as". Este versículo refere-se tanto às questões morais quanto às doutrinárias. Demonstra um princípio fundamental ensinado em toda a Bíblia. A Verdade de Deus tem de ser preservada. Precisamos desmascarar os erros das falsas doutrinas, para que as pessoas não sejam afastadas do Caminho.

De tais passagens, deve ficar evidente que dar reconhecimento espiritual àqueles que ensinam outro "evangelho" é uma desobediência gravíssima. Podemos mostrar amor às pessoas que estão no erro ao tentarmos conquistá-las para a Verdade. Podemos demonstrar simpatia por aqueles que estão nas trevas, nos esforçando por alcançá-los como pessoas que estão de fora. No entanto, jamais devemos tolerar e reconhecer o ensino deles, pois isto é uma arrogante ofensa contra a Palavra de Deus. O Senhor ordena ao seu povo não ter comunhão com falsos ensinadores. O leitor está envolvido em qualquer aliança pela qual se identifica com os falsos ensinadores, dando-lhes reconhecimento e encorajando-os? Separação da falsa doutrina não é uma idéia de homens, é o que o Senhor exige de nós, e, se nos mostramos fiéis a Ele, precisamos obedecê-Lo.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Mito: Usamos apenas 10% do cérebro

Mito: Usamos apenas 10% do cérebro

Pergunte a um grupo de pessoas escolhidas aleatoriamente o que elas sabem sobre o cérebro, e a resposta mais provável será que usamos apenas 10% da sua capacidade. Essa crença causa arrepio em neurocientistas de todo o mundo. O mito dos 10% surgiu há mais de um século nos Estados Unidos, e se espalhou até mesmo para países longínquos.

Para os neurocientistas, porém, isso não faz nenhum sentido; o cérebro é uma máquina muito eficiente, e todo o conjunto para ser necessário. Para permanecer durante tanto tempo, o mito deve estar dizendo algo que realmente queremos ouvir. Talvez o segredo da sua fantástica persistência esteja na sua mensagem otimista. Se normalmente usamos apenas 10% do cérebro, imagine o que poderíamos fazer se pudéssemos usar nem que fosse um pouquinho dos outros 90%! Com certeza essa é uma ideia fascinante e também um tanto democrática. Afinal de contas, se todo mundo tem tanta capacidade mental de sobra, então não existe nenhum idiota, apenas um punhado de Einsteins em potencial que não aprenderam a usar uma parte suficiente do cérebro.

Esse otimismo foi explorado por gurus de auto-ajuda para vender uma série inesgotável de programas destinados a aumentar o poder da mente. Na década de 1940, Dale Carnegie usou esse argumento para vender livros e influenciar os leitores. Ele reforçou bastante o mito ao atribuir a ideia a um dos fundadores da moderna psicologia, William James. Mas o psicólogo nunca mencionou esses 10% em seus trabalhos e palestras. James realmente disse para suas platéias populares que as pessoas não usam todos os recursos mentais que dispõem. Talvez algum ouvinte ambicioso tenha feito essa afirmação parecer mais científica especificando uma porcentagem.

Essa crença é especialmente popular entre as pessoas que se interessam por percepção extra-sensorial (PES) e outros fenômenos paranormais. Elas costumam usar o mito dos 10% para explicar a existência dessas capacidades. Transformar uma crença que está fora da esfera da ciência em um fato científico não é nenhuma novidade, mas é particularmente chocante quando se sabe que até mesmo o “fato científico” é falso.

Na verdade, usamos todo o nosso cérebro diariamente. Se grandes áreas do cérebro não fossem usadas, uma eventual lesão não causaria problemas aparentes. E isso definitivamente não é o que acontece! Técnicas de neuroimagem funcional, que permitem medir a atividade cerebral, também mostram que tarefas simples são suficientes para produzir atividade em todo o cérebro.

Uma possível explicação para a origem do mito dos 10% é que as funções de algumas regiões cerebrais são tão complicadas que os efeitos de uma lesão são sutis. Por exemplo, pessoas com lesão no lobo frontal do córtex cerebral muitas vezes ainda não conseguem desempenhar a maior parte de suas atividades diárias normais, mas não escolhem comportamentos corretos dentro de um contexto. Por exemplo, um paciente desse tipo pode se levantar no meio de uma importante reunião de negócios e simplesmente sair da sala para almoçar. Não é preciso dizer que esses pacientes enfrentam muitas dificuldades de convivência.

Talvez os primeiros neurocientistas tenham tido dificuldade em descobrir a utilidade das áreas frontais do cérebro em parte pelo fato de estarem trabalhando com camundongos de laboratório. No laboratório, os camundongos levam uma vida muitos simples. Eles têm de conseguir localizar os suprimentos de ração e água e ir até lá para consumir. Fora isso, eles não têm de fazer quase nada para sobreviver. Nada disso exige as áreas frontais do cérebro, e alguns nerocientistas acharam que talvez essas áreas não fizessem muito mais que isso. Mais tarde, exames sofisticados derrubaram essa teoria, mas o mito já estava estabelecido.

Fonte: Bem-Vindo ao seu Cérebro – pág. 24 - Ed. Cultrix

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Onde está o verdadeiro avivamento?

Texto por
Filipe Luiz C. Machado

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Depois da era medieval e da era moderna, estamos na era do avivamento! O evangelho está se propagando na velocidade luz, multidões estão "aceitando" Jesus, os bancos das igrejas estão cheios e não há falta de programas tele-evangelísticos 24hs no ar! Oh, glórias!

Mas onde está o real avivamento?
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Quando ouvimos falar sobre avivamento, geralmente nos vem a mente a imagem de uma miriade de pessoas reunidas, juntos ouvindo a palavra de Deus e o apelo sendo feito pelo pregador. Feito o apelo, então as milhares de pessoas vão até a frente do palco, recitam uma oração e instantaneamente se tornam cristãos e herdeiros do reino dos céus.

Não sei quanto a você, mas não lembro de ter lido em minha bíblia algo que relacionasse avivamento somente com crescimento. Posso estar enganado ou minha versão da bíblia ter sido adulterada por copistas, mas até onde li; não há tal referencia.

Avivar significa tornar mais vivo, dar brilho. Quando falamos de avivamento falamos em lapidar a forma e o agir do cristão. O avivamento descrito pela bíblia pode ser sim de multidões, mas geralmente é relacionado com uma mudança interna, em que Deus trabalha no coração do verdadeiro crente. Se queremos ser avivados, devemos ser lapidados.

Porém quando se lapida algo (um diamante), se perde algo. Como assim? Para o joalheiro lapidar um diamante, muitas vezes ele precisa desgastá-lo um pouquinho, afim de que o cristal obtenha a forma e o brilho desejado. De igual forma, quando somos lapidados por Deus (exemplo dado pela bíblia como sendo Deus o oleiro e nós o barro), ele tira resquícios de auto-suficiencia que há em nós, pensamentos contrários à sua vontade e uma infinidade de coisas que atrapalham nosso relacionamento com ele.

Davi é um bom exemplo disso. Um jovem pastor que derrubou o gigante Golias. Um feito fabuloso que expressou a glória de Deus e que mostrou ao povo do gigante Golias que o Senhor dos Exércitos era um Deus presente para com o povo de Israel. Contudo, não foi este o único "avivamento" em sua vida. Para falar a verdade não foi um avivamento (no sentido de lapidar) e sim, uma demonstração da glória de Deus ao povo de Golias e de Israel. Creio que um avivamento ocorrido na vida de Davi tenha sido aquele após ele ter se deitado com Bate-Seba e ter preparado o assassinato de seu marido. Quando ele finalmente reconheceu que havia pecado contra o Senhor e somente contra ele.

Devemos analisar nossa conduta e sermos sensíveis a voz de Deus. Quando Deus tocou no coração de Davi, ele fez com Davi caísse em si e visse o tamanho da desgraça que havia cometido. Davi então prostrado em terra, reconhece que havia transgredido a lei e clama por perdão.

Quero falar de um avivamento que começa em nossas corações. Um avivamento que começa em nosso quarto, quando ninguém está nos vendo ou nos vigiando. Avivamento este que acontece quando reconhecemos que somos falhos e que estamos vivendo uma vida de pecado perante a santidade do Senhor. Um avivamento que é eterno e não apenas momentâneo.

É certo que todos nós desejamos ver um grande avivamento, um estrondo de poder celestial que faça com que nossos rostos brilhem com a luz da aurora. Mas será que para isso acontecer, não é necessário primeiramente uma mudança interna? Se queremos ver a mensagem do reino sendo propagada com mais força e poder, não é prudente que antes entreguemos nossos caminhos ao Senhor para que ele faça o que bem entender de nós?

Com isso não quero desvalorizar o trabalho de pregadores e/ou missionários que levam a palavra de Deus a grandes multidões. É um ato louvável e digno de respeito (para com os verdadeiros pregadores da palavra). Porém não devemos imaginar que avivamento é sinônimo de multidões e de grandes festas.

Creio que muitos dos avivamentos que aconteceram na história do povo de Deus não são tidos como avivamentos hoje em dia. Um exemplo clássico é a Reforma Protestante. Há algum marco tão significado para a história dos avivamentos como esse? Por que então não é tido como tal? Talvez seja porque a Reforma foi um evento "silencioso", que não envolveu milhões de pessoas em uma cruzada evangelistica ou levou multidões a ouvirem uma mensagem de auto-ajuda não baseada na bíblia.

Para finalizar, lembro-me de um exemplo oportuno:

Já havia tempo em que certo pastor estava trabalhando duro para promover um ensino correto em sua congregação. Lutava por ter um ensino baseado única e exclusivamente na bíblia. Um exemplo de pastor Reformado! Mensalmente ele tinha a oportunidade de se reunir com outros pastores, para juntos compartilharem as bênçãos ministeriais. Chegou então o dia de ir a reunião e neste dia ele estava deveras alegre! Ao chegar, todos viram sua alegria e ele não via a hora de compartilhar com todos a sua euforia. Quando chegou sua hora de falar, ele disse: "Amados, tivemos o maior avivamento que minha igreja já presenciou!" Os demais pastores ficaram felizes e perguntaram: "Quantos pessoas foram adicionadas ao rol de membros!?" E o pastor respondeu: "Nenhum. Perdemos 500!"

Com este exemplo não quero dizer ou muito menos afirmar que quando pessoas saem da igreja é motivo para nos alegrarmos e festejarmos. Pelo contrário, o amor para com estas pessoas deve sempre ser presente. Porém o pastor estava feliz não porque havia perdido seus membros, mas sim porque estava sendo fiel as sagradas escrituras. E a triste realidade é que quando se é fiel as escrituras, muitas vezes diversas pessoas saem da igreja, pois não suportam a sã doutrina.

Meu desejo é que possamos experimentar o verdadeiro avivamento que começa em nossa alma. Se Deus assim quiser e desejar realizar grandes feitos em nosso meio, amém. Caso contrário, seremos gratos pela renovação feita em nossa vida e em nosso querer diário.


Deus abençoe a todos!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O que dizer dos dízimos e das ofertas?

Texto por
Filipe Luiz C. Machado

Não é de hoje e nem de ontem que ouvimos e lemos sobre dar o dízimo ao Senhor. Fomos ensinados a trazer nossos dízimos e ofertas e dizimar na casa do Senhor.
Mas será que é isso mesmo?
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"Irmãos! Jesus disse que devemos pagar o tributo a César e também o tributo a Deus, que é o nosso dízimo!"

Quem nunca ouviu esta expressão? Todos que cresceram ou que já frequentaram regularmente alguma igreja sabem muito bem que esse texto é regularmente usado na hora de pedir os dízimos e as ofertas. Analisaremos mais tarde se o texto em vigor pode ser utilizado para este fim. Por ora, façamos uma rápida análise dos dízimos e das ofertas e vejamos para que e como eles eram utilizados no A.T.

Os dízimos e as ofertas eram trazidos pelo povo de Israel ao templo. Eles serviam para a manutenção e sustento dos levitas. Fora uma ordenança de Deus para o povo de Israel. Em Levítico 27.32 lemos: "No tocante a todas as dízimas do gado e do rebanho, tudo o que passar debaixo da vara, o dízimo será santo ao SENHOR". Vemos que o dízimo então era algo santo para Deus. Os israelitas também tinham grande temor quanto a essa prática, pois não queriam e nem deveriam ferir a santidade do Senhor. O povo trazia seus dízimos com o intuito de prover aquilo que o templo necessitava para se manter, além da primícia de ser uma ordenança dada por Deus.

Hoje em dia com o intuito de se sustentar uma igreja local, muitos pastores e obreiros tem se utilizado da prática dos dízimos para conseguirem recursos necessários para se manter a obra. É mais do normal que uma igreja necessite de dinheiro para pagar suas contas e dívidas. Porém tenho algumas considerações acerca da prática dos dízimos nas igrejas.

1. Como vimos, os dízimos serviam única e exclusivamente para sustento do templo. Após a vinda de Jesus, foi instituído um novo templo. Antes de Jesus morrer ele disse que destruiria o templo e em 3 dias o reconstruiria. A estrutura templária foi destruída para que em nós fosse inserida uma nova forma de pensar quanto ao que é o verdadeiro templo de Deus. O que hoje entendemos é que Deus não habita mais em templos feitos por mãos humanas, mas sim no coração daqueles que o buscam e vivem um vida conforme o seu querer.

1Coríntios 3.16 "Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?"

Paulo é enfático ao afirmar que hoje nós somos o templo de Deus. O templo não existe mais e por isso não há mais um lugar específico se adorar a Deus. Nossa vida passou a ser habitação de Deus e deve ser vivida como um culto constante ao criador e provedor de todas as coisas.

2. Há quem sustente que sem os dízimos é impossível sustentar uma igreja. Eu porém discordo desta afirmação. Devemos entender que não existe mais uma "igreja" no sentido de que ali se encontra o Senhor Jesus nos domingos a noite. Jesus está em nós e nós somos sua habitação. Neste ponto é importante salientar que embora não exista mais essa igreja (templo), nada nos proíbe de termos um local fixo para nos reunirmos e refletirmos. Não existe tal proibição, contudo não devemos nos reunir e pensarmos que podemos e devemos adotar todas as práticas do povo de Israel do A.T. Reunião é uma coisa, templo é outra.

3. Se os dízimos e as igrejas não "existem" mais, o que nós devemos fazer?

Mateus 22.20 "Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus".

Voltamos ao nosso texto inicial e com isso peço que você leia atentamente todo o capítulo 22 e verá que ele nada tem a ver com dízimos. Ele fala sobre um assunto completamente diferente, nem mesmo cita qualquer elemento que possa denotar dinheiro ou riqueza. O contexto deste versículo não nos deixa usá-lo para pedir dízimos. Alguns podem supor que se não existe mais o dízimo, também não existe o ato de ofertar a Deus. Porém esse pensamento se mostra falho e contrário as escrituras.

Amados, Deus não quer o nosso dízimo, nossa oferta ou qualquer coisa que nós possamos oferecer. Nada do que temos ou possuímos pode agradar a Deus. Ele apenas quer e tem o nosso coração.

A passagem que lemos acima nos informa como devemos proceder e que devemos pagar aquilo que o sistema do mundo exige. Impostos, cobranças, taxas e outras coisas são o que devemos dar a César. A Deus devemos dar o coração e nosso total dispor para com sua obra.

O verdadeiro cristão não é aquele que se limita a trazer somente 10% da sua renda corriqueira. O verdadeiro cristão é aquele que tem consciência de que tudo que ele possui pertence ao Senhor, e isto inclui o dinheiro, tempo, bens materiais, conhecimento, corpo físico e tantas outras coisas.

O fato de não termos mais os 10% como regra imposta por Deus, não nos deve levar a pensar que agora estamos livres de toda e qualquer contribuição. Pelo contrário, devemos levar sempre em nossos corações o princípio dos dízimos, princípio esse que Paulo muito bem expressou, dizendo:

"Portanto, quer comeis, quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus" 1Coríntios 10.21

Deus abençoe a todos!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Por que você não gosta do Calvinismo?

Texto por
Filipe Luiz C. Machado

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Por que você não gosta do Calvinismo?





Você já formulou alguma resposta para esta pergunta (caso sua resposta seja que não gosta)?

O que você conhece sobre a vida e obra de Calvino que o faz não gostar?

Quantos livros e matérias acerca do calvinismo e seus ensinos você já leu?

Se ainda não leu alguma, por que continua a não gostar?

Sobre o que o calvinismo trata? Tem certeza que é apenas sobre a predestinação?

O que a bíblia nos ensina acerca da eleição do santos?

Se na sua opinião a predestinação faz Deus ser injusto, quer dizer então que você nega o que a bíblia diz sobre Deus e sua justiça?

Quando Jesus diz apenas que os "que o meu Pai me dá vem a mim", o que você entende por isso?

Você entende que Deus deu todas as pessoas do mundo para Jesus e por isso todos serão salvos?

Preferes acreditar que a salvação depende de você e de suas forças em vez de depositar sua fé e confiança no poder de Deus para te regenerar?

Talvez você pense que tenha o livre-arbítrio, mas como ele funciona?

Como você pode querer escolher Jesus se Ele não tocar primeiramente no seu coração?

Se Ele toca primeiramente seu coração e o faz gostar Dele, que tipo de livre-arbítrio é esse?

Os calvinistas crêem que o homem é 100% depravado em suas ações, o que você acha disso?

Se o homem não é totalmente depravado ele não necessita totalmente de Cristo, é nisso que você crê?

O que o calvinismo ensina acerca da proclamação do evangelho e do evangelismo?

Sempre te disseram que os calvinistas crêem que não precisam evangelizar, porém você já leu algum texto calvinista ou perguntou a algum sobre isso?

Você acha que converterá as pessoas pela eloquencia de suas palavras ou pelo poder de Deus que atua em você?

Se ser calvinista é ser alguém de mente fechada, o que dizer de outras formas de pensamento que são abertas a tudo e a todos?

Calvino é o único homem que os calvinistas seguem ou existem mais alguns?

A Reforma Protestante é única e exclusiva obra de Lutero ou existem mais pessoas envolvidas nela, incluindo Calvino?

Onde você leu que Calvino foi alguém perfeito, puro diante de Deus e que nós Calvinistas idolatramos a sua pessoa?



Para se julgar um ensinamento é necessáro conhecê-lo. Convido você a conhecer melhor o Calvinismo. Pesquise e responda a essas perguntas e depois tire suas conclusões.

Um abraço e que Deus nos abençoe!

O culto online e a tentação do Diabo

Você conhece o plano de fundo deste texto olhando no retrovisor da história recente: pandemia, COVID-19... todos em casa e você se dá conta ...