sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Ensinando Crianças a Adorar


Adoração é muito importante – na verdade, é a coisa mais importante que fazemos. O Breve Catecismo diz: “O fim principal do homem é glorificar a Deus, e gozá-lo para sempre”. Deus nos criou para adorá-lo, e adorar a Deus é nossa tarefa mais importante – nosso fim principal.

Embora num sentido geral devamos adorar a Deus em tudo o que fazemos, é no Dia do Senhor que nos reunimos para a adoração formal. Neste dia, a igreja reúne-se como o corpo de Cristo para vir em sua presença e oferecer-lhe o culto que lhe é devido.

O relacionamento de Deus com o homem é pactual. Em particular, a aliança que temos com Deus não é só para nós, mas, como Deus ensinou a Abraão, também é para nossos filhos. Portanto, nós ensinamos nossos filhos a adorá-lo, mesmo na idade mais jovem. Quando ensinamos nossos filhos da aliança a adorar conosco, estamos lhes ensinando e preparando para a tarefa mais importante de suas vidas – e da eternidade.

Em geral, as igrejas norte-americanas sofrem de uma baixa consideração pelo culto público. Um indicativo disso são as “saídas fáceis” que usamos para manter nossos filhos felizes durante o culto, como o berçário, o culto infantil e mesmo atividades para adolescentes. O berçário pode ser útil, mas normalmente é mais utilizado do que deveria. O culto infantil é completamente desnecessário. E marcar as reuniões da mocidade durante os cultos de domingo ensina nossos jovens que o culto é apenas uma opção extra.

Deus está presente na adoração pública de uma maneira especial. Jesus nos diz em Mateus 18.20: “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles”. Quando mantemos nossos filhos na igreja, estamos trazendo-os à presença de Cristo de uma maneira singular.

O culto enfoca aquilo que entregamos. Portanto, quando mantemos nossas crianças na igreja, podemos ensiná-las a adorar, a despeito do que (achamos) elas possam “tirar disso”.

O Deus que é suficiente para chamar nossos corações para adorá-lo também é suficiente para chamar os corações dos nossos filhos a adorá-lo. Não nos cabe convencê-los ou suborná-los para estarem no culto, mas discipliná-los para sentar-se em silêncio e ensiná-los pelo exemplo como adorar nosso Criador e Redentor.

Guardar essas convicções, contudo, nem sempre é suficiente para atingir o objetivo de ter os filhos quietamente sentados na igreja. Nós mantivemos facilmente nosso primeiro filho na igreja  até ele ter quase sete meses e começar a falar e se mexer. Finalmente recorremos ao berçário da igreja. Poucos meses depois, uma família com sete filhos visitou nossa igreja. Ficamos maravilhados de vê-los todos, até o que tinha um ano e meio, sentados quietamente e mesmo durante todo o sermão de cinquenta minutos. A partir deles, aprendemos a estabelecer nossas expectativas para nossos filhos e tomar a iniciativa em ensiná-los a sentar-se quieta e atentamente.

Após já termos ensinado nosso terceiro filho a ficar calmo e quieto na igreja, tivemos tempo para praticar os princípios de estabelecer nossas expectativas e tomar a iniciativa com nossos filhos. Mesmo aos oito meses, nosso terceiro filho rapidamente entendeu que um tapinha na perna significava que ele precisava ficar quieto. (Nosso segundo filho, que é muito enérgico, precisou de muito mais tempo para aprender a ficar calmo. Mas quando finalmente restringimos alguns limites que estávamos negligenciando em casa, ele fez grande progresso).

A despeito de você escolher ensinar seu filho a ficar quieto na igreja, normalmente aos dois anos, as crianças em desenvolvimento são totalmente capazes de sentar-se quietamente no culto. (Aprendemos que a tarefa é mais fácil se realizada antes da criança aprender a preferir o berçário).

Espere retirar seu filho e dar-lhe palmadas, pelo menos algumas vezes, enquanto ele aprende a ficar quieto. (Em nossa experiência, tem sido mais que “algumas vezes”). É importante que as crianças aprendam a ser reverentes em relação a Deus e, na medida do possível, não se tornem distrações para os outros. Elas estão na igreja para aprender a adorar e participar do chamado mais elevado de suas vidas.

Certamente, há aspectos negativos em disciplinar os filhos a sentarem-se quietamente na igreja: não fale, não se mexa, não ande por aí. Entretanto, há também o aspecto positivo de disciplinar nossos filhos. Não basta ter crianças calmas e quietas na igreja se elas não estão aprendendo também a participar e deleitar-se mais e mais na adoração de seu Redentor.

Ensine hinos a seus filhos (especialmente os que são cantados com mais frequência), a Oração do Senhor, e a doxologia, de maneira que mesmo antes de aprenderem a ler, eles possam participar dessas coisas. Crianças também amam ouvir o pastor citar os versos que elas memorizaram. Se puder, descubra o texto do sermão do pastor e leiam juntos antes do culto. Também pode ser útil permitir que seus filhos tomem notas (na forma de figuras, antes de aprenderem a ler) durante o sermão.

Lembrem-nos também das batalhas espirituais que todos encaramos no culto – distrações, deixar nossas mentes vagando, maus comportamentos – e como buscar auxílio do Senhor ao lutar essas batalhas.

E mais importante: orem com e por seus filhos, para que juntos com você eles crescentemente aprendam e amem adorar a seu Criador e Redentor.

Em resumo, devemos ensinar nossos filhos da aliança a adorar conosco, não por causa de tradição ou sentimento, mas porque o fim principal deles é glorificar a Deus, e gozá-lo para sempre. Nós, pais, devemos estabelecer nossas expectativas de acordo com isso e tomar a iniciativa em ensinar nossos filhos a adorar com reverência e amor.

- por Paul e Judi English
Fonte: iPródigo

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