terça-feira, 17 de setembro de 2013

Artigos sobre a família – Uma cosmovisão Cristã (parte 1)


Introdução

A família é a instituição escolhida por Deus para trazer as crianças ao mundo, cuidar e treiná-los. É a fibra em que estão trançadas todas as instituições humanas piedosas, e a estrutura tanto da Igreja como da sociedade se desintegrará se sua própria fibra é quebrada.

Hoje a família está sendo desgarrada por muitos pecados e pressões sociais. 

1. Muitos indivíduos fora da Igreja e também alguns dentro dela, chegaram a aceitar o divórcio por qualquer razão.

2. O enfoque exclusivo na carreira profissional e o materialismo se converteram em ídolos respeitáveis, substituindo – para muitos pais e muitas mães – o viver para Deus e Seus propósitos no contexto da vida familiar, forçando desnecessariamente a muitas mães a sair da casa para o labor do mundo laboral, enquanto que as genuínas pressões econômicas forçam muito mais a permanecer ali por necessidade devido a falta de caridade e justiça por parte de outros.

3. O movimento feminista radical tem prejudicado a moral de muitas mulheres e convencido aos homens a abandonar sua autoridade Bíblica em casa.

4. Alguns importantes direitos e responsabilidades paternas têm sido minados pela lei, cortes e algumas forças na educação escolar pública, e por políticas governamentais que privam à família de muitas das suas funções bíblicas tradicionais.

5. Os meios de comunicação, frequentemente, doutrinam aos telespectadores e ouvintes com valores destorcidos e contrários à família.

6. Até recentemente temos aprovado às escolas do governo e outras instituições humanistas de educação superior sem espírito crítico, ainda que estas instituições deliberadamente ensinem e efetivamente aprovem às práticas contrárias à família da “paternidade social”, aborto, eutanásia, consentindo o adultério, a promiscuidade, o homossexualismo, etc. 

Como resultado, muitas famílias sofrem de falta de direção e desorganização. A dissolução da família, desprezo pelas necessidades das crianças e membros idosos da família, a busca desenfreada da auto realização, o divórcio fácil, a falta de compromisso e estabilidade e o consequente aumento de lares que sofrem de pobreza e dirigidos por mulheres, tudo isto coloca em perigo a vida familiar.

Mas através da nossa nação Deus está levantando um avivamento de interesse e compromisso com as famílias. Mais e mais Cristãos desejam obedecer ao plano de Deus para as relações humanas e a estrutura social. Os Cristãos também estão descobrindo que a vida familiar Bíblica e global (o que abarca tudo) é a alternativa divinamente ordenada ao socialismo crescente e a vida institucionalizada.

Portanto, apresentamos as seguintes afirmações e negações como uma bússola que, no clima cultural de tempestades, poderá ser dado aos Cristãos um sólido fundamento Bíblico para confrontar efetivamente o espírito da época (o mundo) e viver para o plano da ação de Deus para a vida familiar.

Declarações de Afirmação e Negação

Origem e definição da família

1. Afirmamos que Deus estabeleceu a família quando uniu Adão e Eva  em matrimônio e instituiu sua relação com um pacto e compromisso de vida para com Deus e entre si (Gênesis 2:22-24; Isaías 49:15); que o matrimônio e outras relações familiares podem cumprir  seu completo potencial destinado na medida em que cada membro está individualmente reconciliado com Deus e santificado através da obra e Senhorio de Jesus Cristo; e que Deus ordenou a família como uma instituição social projetada para refletir Sua imagem na terra, para trazer à terra a submissão a Seu plano, e para ser frutífera e multiplicar-se. (Efésios 5:22,23; Gênesis 1:27, 28).

Negamos que a família seja nada mais que um contrato social ou uma correlação de conveniência inventada pelos humanos sem responsabilidade com Deus, e que o matrimônio Cristão deve ser autocentrado de maneira hedonista (Hebreus 13:4; 2 Coríntios 6:14; Efésios 5:21; Salmo 127:1; Provérbios 18:22).

2. Afirmamos que a definição Bíblica de família é o núcleo familiar de um casal heterossexual com seus filhos naturais e/ou adotados, juntamente com os ramos familiares que consistem todos os núcleos familiares que descendam de ancestrais comuns. (A bíblia também usa os términos clãs, tribo e nação para estes grupos maiores. Veja os vários usos da palavra Hebraica mischpachah [ex., Juízes 18:2; Amós 3:1]).

Negamos que a Bíblia aceite alguma outra definição de família, como a partilha de uma casa por parceiros homossexuais, e que as leis da sociedade devam ser modificadas de alguma maneira para, de alguma forma, aplicar a definição de família ou matrimônio além da definição Biblicamente entendida de matrimônio heterossexual, relações de sangue e adoção.

3. Afirmamos que Deus tem como propósito que cada família Cristã trabalhe energicamente para o avanço do Seu reino; que este propósito se cumpre pela unidade entre esposo e esposa, por meio de ter e educar aos filhos como Cristãos, baseado no evangelismo em casa, a hospitalidade e outros ministérios de misericórdia baseados no lar, e treinando líderes Cristãos como cabeças piedosas de seus lares como pré-requisito para que ostentem ofícios eclesiásticos. (Gênesis 1:27,28; Mateus 28:18-20; Deuteronômio 6:7; 11:19; 1 Timóteo 2:15-3:13; 1 coríntios 7:21; Salmo 127;128)

Negamos que o lar seja nada mais que um “posto de parada” onde os membros da família completem suas próprias necessidades, e que as funções da família devem ser transferidas a outras instituições em detrimento do plano de Deus e da liberdade do ser humano.

4. Afirmamos que cada família, sendo diferentes em circunstâncias, indivíduos e dons têm um propósito e um significado único no plano de Deus.  (Filipenses 1:27, 28; 1 Coríntios 12:12- 27).

Negamos que algum membro da família possa, de maneira legítima, ir ao encontro de metas individuais autocentradas e egoístas em detrimento  das necessidades genuínas da família; que o plano básico de Deus, incluindo Seu propósito de que as famílias sejam produtivas para Seu reino, não se aplique mais a este tempo e época; e que algumas famílias existam para o qual o plano de Deus não se aplique.

A santidade da sexualidade, reservada para o matrimônio.

5. Afirmamos que Deus projetou a linda benção e união espiritual da relação sexual para ser reservada exclusivamente para um homem e uma mulher dentro do matrimônio. (Hebreus 13:4; 1 Coríntios 7:1-9; Provérbios 5:15; Romanos 1:27; Gálatas 5:20, 21; 1 Timóteo 4:1-3).

Negamos que as relações sexuais pré-matrimoniais e extra matrimoniais, a promiscuidade, o adultério, o homossexualismo, a bestialidade, o exibicionismo, a pornografia, as relações sexuais entre adultos e crianças, o entretenimento baseado nos atos sexuais, a masturbação e outras variações sexuais devam ser sancionadas ou aceitadas como “normais” ou legais, ainda se são realizadas na privacidade pessoal ou pelo consentimento da parceira ou da sociedade; e que qualquer conduta sexual que se desvie da norma heterossexual matrimonial e amorosa possa ser considerado com um padrão madura para a vida, incapaz de ser tratado medicamente ou aceitável também se o indivíduo envolvido não quiser mudar.

6. Afirmamos que a  singeleza do celibato pode ser o propósito de Deus para um adulto, provida para o serviço ou ministério efetivo, tal chamado caracteriza-se sempre pela graça de Deus de maneira que a pureza sexual possa ser mantida; e que tais pessoas solteiras são pessoas inteiras na ordem da criação de Deus (Mateus 19:10, 11; 1 Coríntios 7:7, 8, 25-27, 32).

Negamos que a fase solteira deva ser uma fase hedonista do desenvolvimento do adulto durante a qual uma pessoa, de modo egoísta, sirva unicamente a seus próprios interesses; que a fase solteira deva ser infeliz, sem sentido de realização ou reservada para aqueles fisicamente pouco atrativos; e que ser solteiro indique tendências homossexuais.

O homem: Sua liderança

7. Afirmamos que a ordem de Deus do governo da família Cristã, Cristo é a Cabeça do homem, e que o homem é a cabeça da mulher como Cristo é a Cabeça da Igreja, tendo dado a Si mesmo em amor para sua redenção; que o esposo deve olhar constantemente a Cristo em busca de direção; e que a liderança do esposo requer compromisso para com sua esposa, sacrifício desinteressado para com ela, o espírito de um servo, reforço de suas qualidades únicas e um amor ativo em cuidar, valorizar e provê-la (Efésios 5:21-25; Filipenses 2:5-11; Mateus 20:28; Colossenses 3:18, 19; 1 Timóteo 3: 11, 12; 1 Coríntios 11:3; 14:34, 35; 1 Pedro 3:7).

Negamos que o esposo deva exercer sua autoridade sobre a sua esposa por meio de palavras ou ações que rebaixem sua dignidade como pessoa de igual valor e estima ante Deus, e que um homem possa servir melhor sua família atendendo primeiro suas próprias necessidades em vez de colocar em primeiro lugar as necessidades de sua família.

8. Afirmamos que o esposo tem a declaração final em qualquer disputa familiar, até que não viole os princípios bíblicos; que a liderança de um esposo é irrevogável; e que se o esposo está incapacitado, a esposa pode exercer sua autoridade (a dele) como sua suplente, não como sua substituta (Efésios 5:22-6:4).

Negamos que um esposo deva ganhar o direito da liderança; que pode ser deposto por sua esposa; e que possa negar sua liderança com o propósito de evadir as responsabilidades que o acompanha.

Sua Autoridade

9. Afirmamos que a autoridade de um homem como cabeça de sua esposa é delegada por Deus; que isto significa que sua legítima autoridade sobre sua esposa está limitada ao que a Palavra de Deus permita; e que toda autoridade é estabelecida por Deus e ninguém, nem instituição social alguma tem o direito de exercer alguma autoridade contrária às leis de Deus ou aos limites que Deus estabeleceu para o ofício do homem na família (Romanos 13:1; Efésios 5:22-33).

Negamos que sua posição de liderança dê ao homem o direito de dirigir sua esposa até o pecado; que  as esposas devam obedecer a seus esposos quando isso requer desobedecer o ensino das Escrituras; e que as esposas devam usar os limites Bíblicos sobre a autoridade dos esposos como oportunidades para se queixarem e minar a autoridade de seus esposos (1 Pedro 3:1-6); e que Deus deseje que um homem tenha domínio sobre sua família de uma maneira pouco carinhosa e anti-bíblica (Colossenses 3:19, 21; Efésios 6:4).

Seu trabalho

10. Afirmamos que um homem saudável deve fazer todo o esforço razoável para sustentar a sua família continuamente (1 Timóteo 5:8; Gênesis 3:17-19); que a esposa pode aumentar a renda familiar por meio de uma administração efetiva dos recursos, ou com o consentimento do esposo, por meio de negócios em casa (Provérbios 31:10-31); e que em casos de crises financeiras familiares, a esposa pode, com a aprovação de seu esposo, aceitar um emprego temporário externo, mas que a família deve ver isto como uma escravidão, e buscar libertar-se dela e pedir a Deus à liberdade (1 Coríntios 7:21-23).

Negamos que qualquer homem deva forçar a sua esposa a abandonar o seu chamado em casa, por causa de mera ganância financeira não necessária para a sobrevivência física mínima, e que a esposa deva oferecer-se voluntariamente para fazê-lo (1 Timóteo 5:8; Efésios 5:5); que as armadilhas do estilo de vida da classe média sejam necessidades que justifiquem forçar a esposa à trabalhar fora de casa (1 Timóteo 6:8); e que prover as necessidades físicas de sua família dê desculpas ao homem para não supervisionar os assuntos de sua casa, prover direção espiritual e assistência material a sua esposa, para as necessidades físicas dos idosos, incapacitados ou pais e sogros involuntariamente pobres, ou supervisionar o desenvolvimento espiritual de seus filhos. (1 Timóteo 3:4; 1 Pedro 3:7; Efésios 5:28, 29).

11. Afirmamos que um homem Cristão, como cabeça de sua família deve alimentar a seus membros espiritual e moralmente; que deve proteger a sua família, orar diligentemente por sua proteção e buscar regularmente a benção do Senhor para eles (1 Timóteo 2:8; 1 Tessalonicenses 5:17; 1 Pedro 3:7);  e que deve educar espiritualmente a seus filhos e conduzi-los no caminho da devoção por meio da instrução direta e constante, dirigindo na adoração, permanecendo acessível e envolvido de uma maneira carinhosa para com eles, e refletindo a Jesus Cristo por meio de seu exemplo (Deuteronômio 6:7; 11:19; Efésios 6:4; Salmos 34:11; 78:5,6).

Negamos que Deus permita a um homem abandonar deliberadamente a sua esposa, nas mãos da Igreja, ou a qualquer outra pessoa ou instituição, a responsabilidade de ensinar a seus filhos regularmente acerca de Deus, e orar por sua proteção.

12. Afirmamos que quando não há um esposo Cristão para liderar espiritualmente a família, a mulher da casa deve assumir a responsabilidade segundo a capacitação de Deus (e.x: Lídia, Atos 16:15; Loide e Eunice; 2 Timóteo 1:5, cf. Atos 16:1)

Negamos que a família seja nada mais que uma coleção de indivíduos que devam valer por si mesmo de maneira física, espiritual ou moral.

Continua...

- por The Coalition on Revival, Inc.

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