terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Uma Visão Cristã Sobre o Controle de Armas



Muitas denominações e grupos religiosos têm sido abordados por pessoas não-crentes na Bíblia, que são pacifistas, e querem desarmar os cidadãos cumpridores da lei. Porém, o Novo Testamento diz aos Cristãos que muitos dos nossos grandes “Heróis da Fé” eram homens de armas.

E que mais direi? Faltar-me-ia o tempo contando de Gideão, e de Baraque, e de Sansão, e de Jefté, e de Davi, e de Samuel e dos profetas, Os quais pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, Apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fuga os exércitos dos estranhos. (Hebreus 11.32-34)

O que a Bíblia diz sobre os Cristãos e as Armas?

1. Os Cristãos deveriam estar no controle de suas próprias armas – em Lucas 22.36 Jesus ordenou aos seus discípulos: o que não tem espada, venda a sua capa e compre uma. Os discípulos não eram homens ricos e a capa era muito importante para eles. Então, vemos a urgência e a necessidade na mente de Cristo de seu povo ser armado com armas. Jesus está dizendo: “sua capa é valiosa e útil para você, mas você DEVE ter uma arma”. Jesus também ensinou: “Quando o valente guarda, armado, a sua casa, em segurança está tudo quanto tem” (Lucas 11:21). Porque Jesus ordenou-nos a comprar armas, a posse da arma legal deveria ser vista como um direito dado por Deus. O direito de autodefesa é inalienável, e não pode ser retirado por qualquer governante.

2. Os Cristãos deveriam disciplinar-se para realmente portar suas armas quando necessário defender a vida e a integridade física. Um bom exemplo do povo de Deus portando armas para autodefesa é Neemias 4.11-18.

Disseram, porém, os nossos inimigos: Nada saberão disto, nem verão, até que entremos no meio deles, e os matemos; assim faremos cessar a obra. E sucedeu que, vindo os judeus que habitavam entre eles, dez vezes nos disseram: De todos os lugares, tornarão contra nós. Então pus guardas nos lugares baixos por detrás do muro e nos altos; e pus ao povo pelas suas famílias com as suas espadas, com as suas lanças, e com os seus arcos. E olhei, e levantei-me, e disse aos nobres, aos magistrados, e ao restante do povo: Não os temais; lembrai-vos do grande e terrível Senhor, e pelejai pelos vossos irmãos, vossos filhos, vossas mulheres e vossas casas. E sucedeu que, ouvindo os nossos inimigos que já o sabíamos, e que Deus tinha dissipado o conselho deles, todos voltamos ao muro, cada um à sua obra. E sucedeu que, desde aquele dia, metade dos meus servos trabalhava na obra, e metade deles tinha as lanças, os escudos, os arcos e as couraças; e os líderes estavam por detrás de toda a casa de Judá. Os que edificavam o muro, os que traziam as cargas e os que carregavam, cada um com uma das mãos fazia a obra e na outra tinha as armas. E os edificadores cada um trazia a sua espada cingida aos lombos, e edificavam; e o que tocava a trombeta estava junto comigo.

Está claro dessa passagem, e do restante do livro de Neemias, que um dos benefícios de estar armado era que eles nunca precisaram realmente USAR suas armas. O inimigo sabia que eles estavam armados e prontos, então o inimigo ficou de longe. A paz civil vem da força e prontidão [da população de bem], não do diálogo e pensamento positivo.

O Livro de Ester prova um exemplo do povo de Deus não apenas em portar armas, mas em usá-las para autodefesa (Et 8.17 – 9.1-6):

Também em toda a província, e em toda a cidade, aonde chegava a palavra do rei e a sua ordem, havia entre os judeus alegria e gozo, banquetes e dias de folguedo; e muitos, dos povos da terra, se fizeram judeus, porque o temor dos judeus tinha caído sobre eles. E, NO duodécimo mês, que é o mês de Adar, no dia treze do mesmo mês em que chegou a palavra do rei e a sua ordem para se executar, no dia em que os inimigos dos judeus esperavam assenhorear-se deles, sucedeu o contrário, porque os judeus foram os que se assenhorearam dos que os odiavam. Porque os judeus nas suas cidades, em todas as províncias do rei Assuero, se ajuntaram para pôr as mãos naqueles que procuravam o seu mal; e ninguém podia resistir-lhes, porque o medo deles caíra sobre todos aqueles povos. E todos os líderes das províncias, e os sátrapas, e os governadores, e os que faziam a obra do rei, auxiliavam os judeus porque tinha caído sobre eles o temor de Mardoqueu. Porque Mardoqueu era grande na casa do rei, e a sua fama crescia por todas as províncias, porque o homem Mardoqueu ia sendo engrandecido. Feriram, pois, os judeus a todos os seus inimigos, a golpes de espada, com matança e com destruição; e fizeram dos seus inimigos o que quiseram. E na fortaleza de Susã os judeus mataram e destruíram quinhentos homens;

O perverso Hamã tinha arquitetado o assassinato de todos os judeus do reino da Pérsia, mas em vez disso, ele e seus comparsas foram mortos pelos judeus que eles atacaram. Este ato de autodefesa foi aprovado por Deus e comemorado Festa de Purim dos Judeus até os dias de hoje.

3. Os Cristãos deveriam, pessoalmente, regulamentar o acesso e uso de suas próprias armas. Armas são como ferramentas. Não se deveria permitir crianças pequenas brincarem com uma lâmina afiada de barbear, com uma faca, uma furadeira ou serrotes. Fazer isso é um convite a ferimentos ou, pior, morte. Assim, você deve manter essas ferramentas em um lugar e condições seguras, para que suas crianças não as alcancem e brinquem com elas. Os Cristãos têm o mesmo dever de usar o mesmo cuidado com as armas de fogo tal como fariam com as ferramentas caseiras. Quando não são usadas, são trancafiadas e mantidas longe de alcance. Qualquer Cristão que deixe uma arma onde uma criança possa alcançar e brincar com ela está agindo com grande irresponsabilidade, sem contar com a grande pecaminosidade. Suas armas devem ou estar trancadas ou sob seu controle pessoal. Não existe outra opção. Do mesmo modo, é dever do Cristão controlar suas armas de tal modo que ladrões ou bandidos as roubem.

4. Os Cristãos deveriam restringir-se e disciplinar-se sobre o uso de suas armas. O Cristão deveria ter aulas de segurança de armas e memorizar todas as regras de segurança. Deveria ler todo o manual, de capa a capa, que vier com as armas. Deveria usar a arma com conhecimento. Disciplinar sua mentes e espírito para garantir que nunca iria usar uma arma para brincar, ou com descuido, negligencia, criminalmente ou com ira. Se o Estado oferece autorização para o porte, o Cristão deve seguir as leis do Estado, seguir as regras e obter uma licença. Deus quer que os Cristãos sejam cidadãos cumpridores da lei.

5. Os Cristãos deveriam manter e portar armas em prol da criação de uma sociedade de paz e liberdade. Cristo ordenou a seu povo a amar seu próximo com a si mesmo. É dever do Cristão não apenas defender a própria vida e a vida de seus familiares, mas defender a vida do próximo também. Devemos não apenas evitar que os criminosos roubem nossas coisas, mas devemos também evitar que eles roubem coisas do nosso próximo. Em outras palavras, é nossa responsabilidade criar uma sociedade na qual os direitos individuais das pessoas sejam honrados, e na qual os criminosos sejam presos e punidos. Tomamos um passo nessa direção quando mantemos e portamos armas. É um fato bem documentado que as cidades que tiveram armas longe das mãos de cidadãos comuns cumpridores da lei têm a maior taxa de crimes e homicídios nos Estados Unidos. Cidades e Estados que defendem os direitos dos cidadãos contidos na Segunda Emenda desfrutam da mais baixas taxas de crimes e homicídios. Os Cristãos deveriam portar armas legais por causa dos seus vizinhos, assim como de si mesmo.

Então, qual é a visão cristã do controle de armas? Em uma frase: os Cristãos devem permanecer no controle de seu direito de manter e portar armas. Esse tipo de controle de armas será bom para eles, seus vizinhos e sociedade em geral.

- por Dr. Marshall C. St. John

4 comentários:

  1. Gostei muito texto e concordo com a posição; todavia, pensemos o seguinte:
    Com a impunidade corrente em todas as esferas de justiça de nosso Brasil, como poderíamos nos sentir seguros sabendo que muitos mal intencionados também teriam este direito de se utilizar de armas?
    Um simples desentendimento de trânsito, facilmente desencadearia em troca de tiros, uma vez que a impunidade favorece aos nervosos de plantão.
    Outra questão é a cultural e cenário socieconomico, pois percebemos que a Europa, assim como a América do Norte possui um nível maior e melhor, principalmente quando tocamos nas questões de drogas, de alcoolismo, de desentendimentos entre família, etc. E tudo isso tem crescido na esteira da impunidade brasileira.
    Portanto, penso que o uso de armas seria o ideal, sim, mas não para o momento do Brasil, pois um país onde até o Supremo Tribunal Federal tem uma imagem manchada pela impunidade, fica difícil sentir-me assegurado em qualquer aspecto, mesmo com uma metralhadora nas mãos.

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    1. Mas obter uma arma tem procedimentos técnicos e psicológicos, meu caro. Há testes a fazer, não é qualquer um que vai e obtém sua arma, como você pensa. Primeiro há a verificação da idade e antecedentes criminais, depois o curso de tiro e teste psicológico. Portanto, não é qualquer nervosinho que pode obter sua arma. Não está se lutando para que qualquer um tenha sua arma, mas para que o CIDADÃO DE BEM, ORDEIRO, que não tem antecedentes criminais, que é são psicologicamente e com a idade correta tenha sim o merecimento de ter sua arma, isto é, seu direito a legítima defesa garantido e respeitado.

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    2. Exatamente, "Ge"! Aliás, foi por isto que escrevi este livro aqui, caso tenha interesse: www.livro.reformahoje.com.br

      Obrigado pela visita!

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  2. Vemos na bíblia que a nossa luta não é contra a carne mas contra as potestades do mal, vemos qual é a armadura de Deus (leia Efésios 6 do 13 ao 20) e que a oração, a vigília e o jejum são necessários para o fortalecimento do espírito. #NãoAoPorteDeArmas

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