O fio de unidade dos mandamentos perpetuamente obrigatórios vai desde as ordenanças da criação, através do cânon das Escrituras, até ao fim do mundo e ao julgamento final. Quando se encontrava em um estado de criatura justa, Adão recebeu uma série de mandamentos para governar a vida no jardim. Incluíam o relacionamento com sua esposa, o uso próprio de sua sexualidade, seus labores de domínio, seu lavrar e cuidar do jardim e, por implicação, o guardar o dia de descanso; e, finalmente, o abster-se de comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Adão precisava de revelação especial e verbal de Deus para interpretar e escolher o que estava em harmonia com a vontade de Deus.
Depois do Dilúvio, novos mandamentos foram dados: permissão para comer carne de animais, proibição de comer sangue e o estabelecimento da pena capital. Quando Deus libertou seu povo do Egito, por sangue e grande poder, ele os encontrou no Monte Sinai. Em seus Dez Mandamentos, temos uma explicação das ordenanças da criação para dirigir a vida de seu povo redimido. Muitas leis civis foram acrescentadas para aplicar esses mandamentos à administração dos assuntos da nação. Os profetas tomaram esses mandamentos e os entreteceram na vida do povo de Israel, na terra prometida a Abraão.
Posteriormente, o Senhor Jesus mostrou, no Sermão do Monte, como esses mandamentos estavam incorporados nele. Em seguida, ele os transmitiu a seus discípulos em uma forma mais rica e mais profunda. Os apóstolos tomaram esses mandamentos e os transforaram em vida da igreja, incorporando-os às suas epístolas. No julgamento final, esses mandamentos perpetuamente obrigatórios serão o padrão do juízo, e todos os que os transgridem e não se arrependeram serão excluídos da nova terra.
por Joel R. Beeke
Fonte: Vivendo para a Glória de Deus, pág. 174.
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