Segue abaixo minhas últimas 5 leituras e minha recomendação dos mesmos.
Neste livro o autor trata a bíblia a partir da questão lógica, ou seja, a bíblica necessariamente deve ser compreensível aos cristãos. Diferentemente dos liberais que advogam que a bíblia contém muitas contradições - e disso se orgulham - o cristão sincero deve lê-la e perceber nela uma ligação de todos os fatos existentes. Também diferente dos libertinos, o autor defende que a bíblia pode sim ser compreendida, caso contrário serviríamos a um deus frustrado que nem ao menos consegue comunicar sua mensagem. Para os amantes da lógica este livro é um prato cheio.
Confesso que esse foi um dos livros mais desafiadores para mim, não no quesito linguagem - pois sua linguagem é de fácil entendimento - mas pelo tema que aborda. O autor trata da importância dos cristãos resgatarem a essência do Dia do Senhor - isto é, o domingo. Pipa descorre sobre a mudança que houve do sábado judaico para o domingo cristão e para isso fornece abundantes provas bíblicas e históricas de que esse sempre foi o padrão bíblico das igrejas. Para fazer seus leitores entenderem melhor o que era e o que se tornou - nos dias de hoje - o dia do Senhor (o domingo), ele usa a analogia de um parque criado por um rei e feito para que o povo pudesse usufruir, porém o rei ausentou-se e ninguém mais cuidou do parque. Em seguida, outros nobres vieram e restauraram o parque, mas não permitiram o povo usufruísse dele, cercando-o. O autor então nos leva a "reabrirmos" o parque e fazê-lo ter seu propósito original - que é descansar e aproveitar o dia do Senhor.
Para mim, João Calvino é alguém que dispensa comentários. O presente devocional não pretende ser teologicamente complicado, pois são trechos de sermões pregados pelo próprio Calvino. O que chamou-me a atenção foi o modo reverente que Calvino chegava-se a Deus em oração - não desejando coisa algum que não fosse da vontade do Senhor e pedindo que cosntantemente Ele conformasse seu coração à Sua imagem. Em todas as suas orações, Calvino começava com a frase: "Concede, ó Deus onipotente", demonstrando-nos a importância de reconhecermos a soberania do Senhor e nossa pequenez.
Creio que nosso amado irmão brasileiro - Solano Portela - tenha sido muito feliz ao escrever esse texto, haja vista ter conseguido colocar de forma bastante clara ao leitor leigo o que significa e qual a importância dos dez mandamentos para os dias atuais. O autor notadamente nos leva num primeiro momento a entendermos a diferença entre a lei Civil, Cerimonial e Moral de Deus no Antigo Testamento. Embora - ao que tudo indique - o autor não seja um teocrata, isto é, defenda a aplicabilidade da lei civil de Israel aos dias atuais, se mostra bastante consistente e bíblico em suas argumentações em favor do resgate dos dez mandamentos para os nossos dias.
Este livro foi-me muito útil. Não pela sua abordagem reformada puritana de culto - pois quando comparado ao "reformado raiz" ele está um pouco distante - mas pelo modo reverente como lida com a igreja e seus respectivos membros. O autor trata da necessidade que temos de ter uma confissão de fé bem elaborada e ensinarmos os membros sobre o que significa ser igreja. Com relação a entrada de novo membros, o autor convida os pastores e líderes a deixarem a porta de entrada "semi-aberta", pois se ela está totalmente aberta, qualquer um entra, dissimula doutrinas heréticas e a igreja acaba por descambar para a heresia. Se a deixamos fechada, ninguém entra e quem entra é somente aquele que concorda com 100% de nossas convicções - que nem sempre são tão importantes para a fé cristã. Com ela "semi-aberta" nos é permitido filtrar quem entra e quem não deve entrar. Também chamou-me a atenção o fato do autor criticar os grupos de jovens - que se reunem separadamente - da igreja, pois se a finalidade desse grupo é fazer com que os jovens se tornem bons e piedosos adultos, por quê então os adultos da igreja não participam dessas reuniões?
Daqui a algum tempo acabo de ler outros 5 livros e novamente recomendo-os aqui.
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