Bunyan destaca que somente o Espírito pode capacitar o crente a perseverar em oração depois de haver começado:
Posso falar de minha própria experiência e, com base nisso, contar-lhe a dificuldade de orar a Deus como deveria. Isso é suficiente para fazer homens carnais, pobres e cegos entreterem pensamentos estranhamos a meu respeito. Quanto ao meu coração, quando vou orar, acho-o tão relutante em buscar a Deus; e, quando está na presença de Deus, se mostra tão relutante em permanecer com ele, que muitas vezes sou forçado, em minhas orações, a primeiramente implorar a Deus que pegue o meu coração e fixe-o nele mesmo, em Cristo; e, quando meu coração está ali, peço a Deus que o mantenha ali (Sl 86.11). Ora, muitas vezes, não sei pelo que orar (sou tão cego), nem sei como orar (sou tão ignorante). Somente o Espírito (bendita graça) nos assiste em nossas fraquezas (Rm 8.26).
Oh! quantas dificuldades iniciais o coração experimenta no tempo de oração! Ninguém sabe quantas distrações e desvios levam o coração a se afastar da presença de Deus. Quanto orgulho também há, se somos capacitados com expressividade? Quanto (sic) hipocrisia, se estamos diante dos outros? E quão pouca consciência temos da oração entre Deus e a alma, em secreto, se o Espírito de súplica (Zc 12.10) não estiver ali para nos ajudar?
Por John Bunyan (autor de O Peregrino), citado por Joel R. Beeke
Fonte: Vivendo para a Glória de Deus, Uma Introdução a Fé Reformada - Ed. FIEL, págs. 184-185.
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