Exposição em Efésios -
Sermão pregado dia 06.05.2012
"De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra" (Ef 1.10).
O apóstolo Paulo mostrou-nos no versículo passado a grandiosidade do tempo em que vivemos, pois apesar de não sermos judeus, já não somos mais estranhos à promessa de Cristo, pois de uma vez por todas o véu foi rasgado (Mt 27.51), não há mais um mediador que tipifica Cristo, não há mais um templo físico e não há mais uma separação entre a presença de Deus e o povo. Agora, pela graça de Deus, as boas novas do Evangelho foram anunciadas a todas as nações, de forma que todos os povos, sem distinção, podem ouvir a mensagem da salvação e se achegar ao Senhor. Sigamos as três delineações que o apóstolo nos propôs.
1. "De tornar a congregar em Cristo todas as coisas."
Já temos visto várias vezes a passagem que nos afirma: "Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém" (Rm 11.36). Novamente o apóstolo nos afirma que o fim de todas as coisas é Cristo, assim como o início e o sustento de tudo que vem a lume. É preciso deixar bastante claro que é em Cristo que todas as coisas são achadas e reunidas; não que isso signifique uma diminuição do Pai ou do Espírito Santo, mas uma vez que ninguém se achega ao Pai, a não ser mediante o Filho (Jo 14.6), então é preciso notar que ao Filho pertence o caminho de acesso às coisas celestiais.
Recordemos também de que anteriormente ao advento de Cristo, o mundo jazia no maligno e todos estavam afastados de Cristo. Esse entendimento se desdobra do fato de que todo o mundo, todo o restante da terra (fora dos arraiais judaicos) era estranho ao poder do Senhor e nenhum deles sequer possuía uma centelha de iluminação divina. Nesse sentido, então, o apóstolo nos diz que tendo o próprio Criso vindo à terra e se tornado semelhante a homem (Fp 2.7), todas as nações podem agora ter uma "arca da aliança" consigo, o templo já não é mais exclusividade dos judeus, pois em que Cristo surgiu e agora todos podem congregar n'Ele. Mas, parece-nos que não é esse o único intuito de Paulo, pois entendemos também que agora em Cristo Jesus, todo corpo cresce como um edifício e um corpo bem ajustado. Paulo trata disso quando fala negativamente aos Colossenses: "Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, envolvendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão, E não ligado à cabeça, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo em aumento de Deus" (Cl 2.18-19). Também escreve aos Coríntios e diz: "Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus" (1 Co 3.9). Igualmente são as palavras do próprio Cristo: "Ainda não lestes esta Escritura: A pedra, que os edificadores rejeitaram, Esta foi posta por cabeça de esquina" (Mc 12.10; Mt 21.42; Lc 20.17; Ef 2.20 - todos com base em Sl 118.22).
O apóstolo então ensina-nos que apesar da Igreja do Senhor estar dispersa por sobre a terra, seja por questões físicas ou por lutas e perseguições, não há mais separação étnica e revelação exclusiva para a nação de Israel, pois agora todos estão congregados, unidos e alicerçados na pedra de esquina, isto é, a pedra angular, o fundamento da construção que é Cristo! No Filho há toda riqueza e n'Ele toda a Igreja cresce junta e se fortalece mutuamente; não há mais separação, o véu se resgou, os discípulos foram para além das portas de Jerusalém... não existe mais qualquer empecilho para o avanço do Reino por sobre a terra.
No entanto, surge-nos a pergunta: se não há mais nada que possa deter o evangelho, como isso pode ser possível? Paulo então continua e nos explica:
2. "na dispensação da plenitude dos tempos."
Deve-se ter bem fixo na mente que dispensação não é o mesmo que dispensacionalismo. O dispensacionalismo é a doutrina que ensina que há diversos "tempos" de Deus, isto é, Deus tem um propósito específico para cada região e momento da história. Esse, em si, não é o problema, mas sim a má interpretação que fazem da palavra de Deus no que concerne - também - à doutrina das últimas coisas (escatologia). Essa corrente teológica afirma que haverá o arrebatamento secreto, que haverá um milênio com crentes reinantes sobre a terra (após o arrebatamento), que os ímpios terão uma segunda chance de arrependimento... algo completamente impossível de ser provado pelas Escrituras. Analisemos, então, ainda que brevemente, o que o apóstolo inspirado quis dizer que a dispensação em relação a já vivermos na plenitude dos tempos.
Assim lemos: "Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos" (Ap 20.2). Para nossa muitíssima e excelsa alegria, as forças do maligno já não podem mais cegar (completamente) as nações. Ele (o Maligno) está preso. "E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo" (Ap 20.3). O propósito de sua prisão e encarceramento é para "impedi-lo de enganar as nações". As nações foram enganadas durante todo o período anterior a vinda de Cristo, mas com a morte e ressurreição de Cristo, Satanás está preso e não pode mais enganar - ainda que ao final, será "necessário que ele seja solto por um pouco de tempo".
Como podemos provar esse ponto? Olhemos a diferença da comissão dada por Cristo aos apóstolos antes e depois de Sua ressurreição. Antes: "Jesus enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos; Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel; E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus" (Mt 10.5-7). Depois: "E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém" (Mt 28.18-20). Anexo a isso vem a declaração de Paulo: "Portanto, lembrai-vos de que vós noutro tempo éreis gentios na carne, e chamados incircuncisão pelos que na carne se chamam circuncisão feita pela mão dos homens; Que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo" (Ef 2.11-12).
Novamente o apóstolo João registra, mostrando-nos assim a magnífica unidade das Escrituras, as palavras de Jesus que nos dizem: "Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo. E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim" (Jo 12.31-32). Ainda outra vez João nos diz: "Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo" (1 Jo 3.8).
Notemos ainda como esse entendimento nos é maravilhoso, pois apesar que Satanás "vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar" (1 Pe 5.8), ele não está livre para cegar completamente os corações do restante das nações, pois assim também lemos: "O povo, que estava assentado em trevas, Viu uma grande luz; E, aos que estavam assentados na região e sombra da morte, A luz raiou" (Mt 4.16). Nos precioso o ler de tais palavras, pois os povos não viram uma pequena luz, como exemplificou o Senhor, tal qual uma candeia colocada debaixo duma vasilha ou da cama (Mc 4.21), mas sim uma "grande luz" foi colocada nos montes, nas praças e em todos lugares, a fim de que o evangelho se espalhasse por todas as regiões do mundo. Se anteriormente a sabedoria clamava nas portas, muros e praças do povo judeu (vide Provérbios), agora ela cavalga o mundo inteiro e não há mais nação que seja, por causa da cegueira do pecado, privada de ouvir a palavra de Deus.
O apóstolo Paulo mostrou-nos no versículo passado a grandiosidade do tempo em que vivemos, pois apesar de não sermos judeus, já não somos mais estranhos à promessa de Cristo, pois de uma vez por todas o véu foi rasgado (Mt 27.51), não há mais um mediador que tipifica Cristo, não há mais um templo físico e não há mais uma separação entre a presença de Deus e o povo. Agora, pela graça de Deus, as boas novas do Evangelho foram anunciadas a todas as nações, de forma que todos os povos, sem distinção, podem ouvir a mensagem da salvação e se achegar ao Senhor. Sigamos as três delineações que o apóstolo nos propôs.
1. "De tornar a congregar em Cristo todas as coisas."
Já temos visto várias vezes a passagem que nos afirma: "Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém" (Rm 11.36). Novamente o apóstolo nos afirma que o fim de todas as coisas é Cristo, assim como o início e o sustento de tudo que vem a lume. É preciso deixar bastante claro que é em Cristo que todas as coisas são achadas e reunidas; não que isso signifique uma diminuição do Pai ou do Espírito Santo, mas uma vez que ninguém se achega ao Pai, a não ser mediante o Filho (Jo 14.6), então é preciso notar que ao Filho pertence o caminho de acesso às coisas celestiais.
Recordemos também de que anteriormente ao advento de Cristo, o mundo jazia no maligno e todos estavam afastados de Cristo. Esse entendimento se desdobra do fato de que todo o mundo, todo o restante da terra (fora dos arraiais judaicos) era estranho ao poder do Senhor e nenhum deles sequer possuía uma centelha de iluminação divina. Nesse sentido, então, o apóstolo nos diz que tendo o próprio Criso vindo à terra e se tornado semelhante a homem (Fp 2.7), todas as nações podem agora ter uma "arca da aliança" consigo, o templo já não é mais exclusividade dos judeus, pois em que Cristo surgiu e agora todos podem congregar n'Ele. Mas, parece-nos que não é esse o único intuito de Paulo, pois entendemos também que agora em Cristo Jesus, todo corpo cresce como um edifício e um corpo bem ajustado. Paulo trata disso quando fala negativamente aos Colossenses: "Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, envolvendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão, E não ligado à cabeça, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo em aumento de Deus" (Cl 2.18-19). Também escreve aos Coríntios e diz: "Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus" (1 Co 3.9). Igualmente são as palavras do próprio Cristo: "Ainda não lestes esta Escritura: A pedra, que os edificadores rejeitaram, Esta foi posta por cabeça de esquina" (Mc 12.10; Mt 21.42; Lc 20.17; Ef 2.20 - todos com base em Sl 118.22).
O apóstolo então ensina-nos que apesar da Igreja do Senhor estar dispersa por sobre a terra, seja por questões físicas ou por lutas e perseguições, não há mais separação étnica e revelação exclusiva para a nação de Israel, pois agora todos estão congregados, unidos e alicerçados na pedra de esquina, isto é, a pedra angular, o fundamento da construção que é Cristo! No Filho há toda riqueza e n'Ele toda a Igreja cresce junta e se fortalece mutuamente; não há mais separação, o véu se resgou, os discípulos foram para além das portas de Jerusalém... não existe mais qualquer empecilho para o avanço do Reino por sobre a terra.
No entanto, surge-nos a pergunta: se não há mais nada que possa deter o evangelho, como isso pode ser possível? Paulo então continua e nos explica:
2. "na dispensação da plenitude dos tempos."
Deve-se ter bem fixo na mente que dispensação não é o mesmo que dispensacionalismo. O dispensacionalismo é a doutrina que ensina que há diversos "tempos" de Deus, isto é, Deus tem um propósito específico para cada região e momento da história. Esse, em si, não é o problema, mas sim a má interpretação que fazem da palavra de Deus no que concerne - também - à doutrina das últimas coisas (escatologia). Essa corrente teológica afirma que haverá o arrebatamento secreto, que haverá um milênio com crentes reinantes sobre a terra (após o arrebatamento), que os ímpios terão uma segunda chance de arrependimento... algo completamente impossível de ser provado pelas Escrituras. Analisemos, então, ainda que brevemente, o que o apóstolo inspirado quis dizer que a dispensação em relação a já vivermos na plenitude dos tempos.
Assim lemos: "Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos" (Ap 20.2). Para nossa muitíssima e excelsa alegria, as forças do maligno já não podem mais cegar (completamente) as nações. Ele (o Maligno) está preso. "E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo" (Ap 20.3). O propósito de sua prisão e encarceramento é para "impedi-lo de enganar as nações". As nações foram enganadas durante todo o período anterior a vinda de Cristo, mas com a morte e ressurreição de Cristo, Satanás está preso e não pode mais enganar - ainda que ao final, será "necessário que ele seja solto por um pouco de tempo".
Como podemos provar esse ponto? Olhemos a diferença da comissão dada por Cristo aos apóstolos antes e depois de Sua ressurreição. Antes: "Jesus enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos; Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel; E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus" (Mt 10.5-7). Depois: "E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém" (Mt 28.18-20). Anexo a isso vem a declaração de Paulo: "Portanto, lembrai-vos de que vós noutro tempo éreis gentios na carne, e chamados incircuncisão pelos que na carne se chamam circuncisão feita pela mão dos homens; Que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo" (Ef 2.11-12).
Novamente o apóstolo João registra, mostrando-nos assim a magnífica unidade das Escrituras, as palavras de Jesus que nos dizem: "Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo. E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim" (Jo 12.31-32). Ainda outra vez João nos diz: "Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo" (1 Jo 3.8).
O entendimento correto dessa doutrina é a afirmação de que já vivemos no milênio descrito por João, já estamos na plenitude dos tempos (como nos está afirmando o apóstolo). Esse belo e claro ensino das Escrituras nos ensina que o Diabo não mais está "livre" para enganar as nações, pois nós somos testemunhas disso; porque mesmo não sendo judeus, o evangelho nos alcançou e nos trouxe vida. Não há a menor necessidade de esperarmos um milênio porvir, pois tudo já reside na plenitude de Cristo; o ápice da vida cristã terrena já encontra-se concretizado (não no sentido da maciça proclamação da Verdade, mas no sentido de que as nações já estão "livres" para ouvirem a Palavra), não devendo homem algum ansiar por um novo momento, exceto, a cidade celestial.
Logicamente que todo esse ponto não nos deve fazer entender que todo o mundo será salvo pelo Senhor, mas sim deve-nos levar à glorificação eterna do amor paternal de Cristo por todos os seus filhos dispersos pelo mundo, pois "Não obstante, ele os salvou por amor do seu nome, para fazer conhecido o seu poder" (Sl 106.8).
É importante frisar também mais um ponto, a saber, o porquê dos gentios terem a graça de poderem ouvir do evangelho. Paulo nos explica: "Porque assim como vós também antigamente fostes desobedientes a Deus, mas agora alcançastes misericórdia pela desobediência deles, Assim também estes agora foram desobedientes, para também alcançarem misericórdia pela misericórdia a vós demonstrada" (Rm 11.30-31). Os gentios foram alcançados pela graça de Deus porque os judeus se mostraram desobedientes à palavra do Senhor (não excluindo, é claro, a soberania de Deus e os propósitos divinos). Por terem os judeus rejeitado a palavra do Senhor e se rebelado contra o Messias (pois não acreditavam que Cristo Jesus era o salvador), o apóstolo então nos diz o evangelho foi levado até a eles, pois era como se os judeus não tivessem tido o sincero desejo de acatar a mensagem da salvação de Cristo. Porém, o apóstolo não deixa os judeus sem esperança, mas afirma que assim como os gentios eram desobedientes a Deus (pois estavam cegos pelo pecado) e Ele agiu em complacência para com eles, assim também os judeus, apesar de suas transgressões, também não foram privados da salvação. Paulo expõe-lhes isso para não dar margem a qualquer interpretação de superioridade, isto é, para que os gentios não pensassem que eram melhores que os judeus e, então, passassem a os desprezar; assim como não era seu intento que os judeus se inflassem contra os gentios e lhes vissem como inimigos e conquistadores de algo que lhes era seu por direito.
3. "tanto as que estão nos céus como as que estão na terra."
"E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra" (Mt 28.18). Cristo não veio somente ao mundo para instaurar o avanço do Evangelho por sobre toda a terra, mas também para reunir e unir as coisas celestiais e terrenas.
Penso que o intuito do apóstolo é informar-nos que as mesmas bênçãos derramadas de modo sobrenatural sobre o povo judeu, agora também são estendidas aos povos gentios. Lemos assim em Efésios 3.6: "A saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho." Ele também diz "Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado" (Rm 11.25). Aqui, o apóstolo informa aos romanos que ouve um certo endurecimento sobre o povo de Israel, como que um castigo sobre essa nação, pois apesar de terem o berço do salvador, desprezaram os Seus feitos. Entretanto, esse endurecimento não foi completo, mas sobreveio apenas "em parte sobre Israel", por qual motivo? "até que a plenitude dos gentios haja entrado". Desse modo o apóstolo informa-nos que aconteceu o inverso: se anteriormente os gentios é que tinham seu coração endurecido e os judeus eram agraciados com a palavra de Deus, agora acontece que os gentios tem o seu coração amolecido e alguns judeus, por rejeitarem a Santa Palavra, estão com o coração separados da vontade de Deus.
É preciso, portanto, relembrar-mo-nos daquilo que anteriormente o apóstolo nos disse: "Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo" (Ef 1.3). Não fomos abençoados apenas com a participação nas bênçãos e sofrimentos terrenos de Cristo, mas também com toda infinidade de benevolências e gratificações vindas do céu até o povo judeu. Em outras palavras, o que o apóstolo ensina-nos é que assim como o Senhor andou com diligentemente com Seu povo nos tempos antigos (judeus), agora também está intimamente conosco, não havendo diferença alguma entre os povos, pois, "Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo" (Rm 12.5; 1 Co 10.17).
Amém
Amém
MARAVILHOSO ESTUDO! OBRIGADA.
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