quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Sobre o amor a Deus


Existe algumas graças que, em seu vigor, não são absolutamente essenciais para a pura existência da vida espiritual, ainda que são muito importantes para seu crescimento sadio; porém, o amor a Deus tem que estar no coração, ou do contrário, não há ali nenhuma graça de nenhum tipo. Se alguém não ama a Deus, não é um homem renovado. O amor a Deus é uma marca que está sempre posta sobre as ovelhas de Cristo, porém, que não está nunca posta sobre ninguém mais. Ao refletir sobre essa importantíssima verdade, quero que considerem o contexto do texto. Encontrarão no sétimo versículo desse capítulo que o amor a Deus é estabelecido como um indispensável sinal do novo nascimento. "Qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus." (1 João 4:7) Então, não tenho nenhum direito a crer que sou uma pessoa regenerada a menos que meu coração ame a Deus verdadeira e sinceramente. Seria vão que eu, se não amasse a Deus, citasse o certificado que registra uma cerimonia eclesiástica e afirmasse que isso me regenerou. Certamente não fez isso, pois de outra forma se teria apresentado o seguro resultado disso. Se eu fui regenerado, poderia não ser perfeito, porém sim posso dizer isso: "Senhor, tu sabes tudo; sabes que te amo".

Quando pela fé recebemos o privilégio de converter-nos em filhos de Deus, recebemos também a natureza de filhos e com amor filial clamamos: "Abba, Pai!" Essa regra não tem nenhuma excessão. Se um homem não ama a Deus, tampouco nasceu de Deus. Mostre-me um fogo sem calor e então podem me apresentar uma regeneração que não produz amor a Deus, pois assim como o sol tem que gerar sua luz, assim uma alma que pela graça divina foi criada de novo, tem que manifestar sua natureza mediante um sincero afeto para com Deus. "Necessários vos é nascer de novo" porém vocês não nasceram de novo a menos que amem a Deus. Quão indispensável é o amor a Deus.

Por: C. H. Spurgeon

Um comentário:

  1. Quando pela fé recebemos o privilégio de converter-nos em filhos de Deus, recebemos também a natureza de filhos e com amor filial clamamos: "Abba, Pai!

    É um privilégio

    Abraço

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