Em nossos dias é muito comum ver figuras de Cristo nas igrejas e nas casas. Imagens do Salvador são comumente encontradas em vitrais, entradas de igrejas, salas de aula de escolas cristãs, salas de visita, capas de livros, programas carismáticos de televisão, publicidades de igrejas, Bíblias de família e na parede por trás do púlpito. A grande maioria das livrarias cristãs vende uma larga variedade de figuras de Jesus. Há de tudo: do efeminado Messias do norte da Europa à grotescamente musculosa interpretação de Jesus do tipo-Hulk. Mesmo em igrejas reformadas (que devem saber melhor) ilustrações do servo sofredor são bastante comuns nos materiais da escola dominical. As representações do Filho de Deus violam as Escrituras ou essas figuras são meramente obras de arte perfeitamente aceitáveis contanto que não sejam adoradas ou usadas como um auxílio à adoração? Tenha em mente que igrejas protestantes vis que usam ilustrações de Cristo insistem que as figuras não são usadas no culto religioso de forma alguma. Elas no máximo (dizem-nos) são meramente representações artísticas usadas para propósitos educacionais.
Enquanto muitas pessoas que usam figuras de Jesus são muito sinceras e não se dobram a essas imagens, contudo o uso dessas imagens é contrário à lei e pecaminoso. Há muitas razões pelas quais o uso das figuras de Cristo é contra as Escrituras.
I) Primeiro, o uso das figuras de nosso Senhor é uma violação do segundo mandamento. Esse mandamento diz: “Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o Senhor teu Deus, Deus zeloso que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem, e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos” (Ex 20:4-6).
Esse mandamento proíbe uma fileira de ídolos ou imagens de Deus ou qualquer imagem de qualquer coisa criada. Ele também proíbe o uso de imagens como auxílio ao culto ou devoção. Os papistas, por exemplo, diriam que eles não adoram um crucifixo ou estátua de Cristo, mas que tais imagens são auxílios ou meios através dos quais se adora o Filho de Deus. “Os romanistas fazem imagens de Deus o Pai, pintam-no nas janelas de suas igrejas como um velho; e uma imagem de Cristo no crucifixo; e, porque isto é contra a letra deste mandamento, eles sacrilegamente apagam-no de seu catecismo, e dividem o décimo mandamento em dois”.[i]
Protestantes modernos que usam figuras de Jesus ressaltam que diferentes dos romanistas, ortodoxos orientais e anglicanos da alta igreja não se dobram diante nem adoram figuras do Senhor. Eles argumentam que suas ilustrações são puramente educacionais, ou artísticas, ou um objeto para memória histórica. Além disso, é observado que figuras de pessoas, cenas históricas, figuras famosas e animais são universalmente aceitas como permissíveis entre os protestantes contanto que não se dobre os joelhos diante dessas coisas, nem se lhes preste adoração, nem se lhes sirva. Portanto, ter uma ilustração de Jesus não é diferente de ter uma ilustração de Abraão Lincoln ou de um amigo íntimo. Embora este argumento típico faça sentido para muitas pessoas, é preciso que seja enfaticamente rejeitado pelas seguintes razões:
(1) Jesus não é como Abraão Lincoln ou qualquer outra pessoa, porque Ele é tanto Deus quanto homem em uma pessoa. Por isso, qualquer imagem de nosso Senhor seria automaticamente de natureza religiosa ou devocional. Sendo assim, isso cairia imediatamente sob o perímetro bíblico do princípio regulador do culto. Em outras palavras, uma ilustração do Salvador não pode ser considerada como um item que pertença à esfera de coisas indiferentes (adiaphora). Se os crentes devem usar figuras do Senhor, eles precisam encontrar autorização divina da palavra de Deus para seu uso.
Há autorização divina para representações pictóricas do Messias? Não, não há. Não há nenhum mandamento para que se faça figuras de nosso Senhor. De fato, tais figuras claramente violam o segundo mandamento, pois uma verdadeira figura de Jesus deveria evocar adoração no crente. Se uma representação pictórica traz pensamentos de amor, devoção, e louvor ao Filho de Deus, então obviamente ela é um auxílio ou meio de adoração mesmo que as pessoas não estejam dobrando-se diante da figura.
(2) A Palavra de Deus não dá aos crentes informação suficiente para que se faça uma representação fiel da aparência física de Cristo. Isaías nos diz que, com respeito à aparência exterior do Salvador, não há nada de beleza que seja deleitável aos olhos (ver 53:2). No livro de Apocalipse há uma descrição apocalíptica do Senhor exaltado (por exemplo: Ap 1:13-17) e o Salvador como um Cordeiro que tinha sido morto (Ap 4:6). Contudo, nenhum erudito competente consideraria essas declarações apocalípticas como descrições literais de Cristo. Elas são visões proféticas vívidas que tem a intenção de ensinar à igreja uma rica teologia concernente ao nosso Senhor e Sua obra. Os apóstolos, que passaram três anos com Jesus, que sabiam exatamente como era sua face humana, que tinham uma forte lembrança de Sua pessoa e obra, poderiam ter trabalhado com artistas para deixarem à Igreja um retrato acurado do Messias. Todavia, eles se recusaram a deixar à Igreja tal retrato. Por isso, é óbvio que Deus não sanciona retratos de Seu Filho.
II) Segundo, como nenhuma ilustração acurada de Cristo pode ser produzida por homem, todas as figuras do Salvador são representações falsas do Filho de Deus. Mas (conforme alguns podem objetar), se é permitido fazer representações de batalhas famosas e mesmo dos apóstolos, por que é errado fazer o mesmo com o Messias? Mais uma vez devemos lembrar que Jesus é totalmente único. Embora ele tenha um real corpo humano e alma (1 Jo 1:1-4), “todavia sua natureza humana subsiste em sua pessoa divina, que nenhuma figura pode representar (Sl 45:2)”.[ii] O Filho de Deus é diferente porque Ele somente é o supremo objeto de nossa fé. Isso significa que tudo o que devemos crer acerca dEle precisa vir unicamente de revelação divina. “Tudo o que não provém de fé é pecado” (Rm 14:23). Qualquer figura do Senhor que seja baseada na imaginação do homem é culto da vontade, pois estabelece uma invenção humana no lugar ou junto com os dados bíblicos concernentes a Cristo. Quando a fé é dirigida a fantasias humanas em lugar ou junto da fé na revelação divina, a religião bíblica é degradada com humanismo.
Como é possível Jesus, que é “o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14:6), ou o Santo Espírito, que é “o Espírito da verdade” (Jo 16:13), ser honrado ou se agradar com fantasias humanas a respeito do Filho? O fato de que nosso Senhor é Deus e homem em uma pessoa torna todas as representações humanas do Filho totalmente inapropriadas e até abomináveis. Fazer uma versão, uma falsificação ou versão falsa do Messias é ainda mais ímpio do que fazer uma versão falsa da Bíblia. Além disso, o que pensaria algum dos apóstolos sobre as muitas imagens pervertidas do Salvador que são comuns hoje (ex: o Jesus efeminado louro de olhos azuis, o Jesus “black power”, o Jesus “hippie” hollywoodiano, o Jesus do cinema evangélico, o Jesus musculoso das livrarias)? Pedro e João ficariam totalmente chocados com tal lixo irreverente, desrespeitoso, não-bíblico, humanístico, blasfemo. E mais, como os artistas não podem formar uma representação fiel da aparência física do Salvador, suas interpretações do Senhor são inevitavelmente influenciadas por sua teologia e visão de mundo. Muito das pinturas populares, gravuras e desenhos que são vistos em livros e Bíblias familiares hoje são produtos do liberalismo do século dezenove, feminismo “cristão”, arminianismo e formas pietistas de antinomismo. Esses falsos sistemas teológicos apresentam uma figura distorcida, de um lado só, de nosso Senhor. Ele geralmente é apresentado como o Jesus gentil, o manso e humilde professor que enfatizou o amor e a paternidade de Deus; que era um amigável professor de ética; que nunca se tornou irado contra pecadores ou pregou sobre o pecado, julgamento ou ira por vir. J. G. Vos escreve: “Talvez mais pessoas vivas hoje tenham derivado suas idéias do Jesus Cristo dessas figuras tipicamente “liberais” do que derivado suas idéias do Jesus da própria Bíblia. Tais pessoas inevitavelmente pensam mais de Jesus como uma pessoa humana, do que pensam dEle de acordo com o ensino bíblico como uma pessoa divina com uma natureza humana. O efeito inevitável da aceitação popular de figuras de Jesus é superenfatizar sua humanidade e esquecer ou negligenciar sua deidade (o que, é evidente, nenhuma figura pode retratar)”.[iii]
Da mesma forma, figuras de nosso Senhor perpetuam a falsa doutrina pré-milenista de que o Messias não está presentemente reinando como Rei à direita de Deus. Muitos evangélicos crêem que o Senhor não governa realmente sobre a terra até a segunda vinda. Teologicamente, eles vêem Jesus da mesma maneira como Ele era em seu estado de humilhação. O apóstolo Paulo rejeita tal pensamento. Ele diz: “...se antes conhecemos Cristo segundo a carne, já agora não o conhecemos deste modo” (2 Co 5:16). Nós vivemos na era pós-ressurreição. O Messias não é mais o servo sofredor manso e submisso. Agora Ele é o cavaleiro montado no cavalo branco, o rei vitorioso, que está glorificado, que tem todo o poder no céu e na terra (Mt 28:19). A Bíblia inteira e nada além da Bíblia deve informar nossa compreensão de Cristo. Todo aspecto de sua pessoa e obra é objeto de nossa fé. Qualquer coisa que coloque uma invenção humana, fantasiosa, ou uma falsa imagem de nosso Senhor diante de nossos olhos ou dentro de nossas mentes não fortalece a fé bíblica, mas a corrompe e a degrada. Se você quer ver o Salvador, então estude, medite e memorize as Escrituras, pois ali dentro o Messias é revelado em toda a sua glória. Dunham escreve: “Não é legítimo ter figuras de Jesus Cristo ... porque, se isso não suscitar devoção, é em vão, se suscitar devoção, é uma adoração através de uma imagem ou figura, e assim uma quebra palpável do segundo mandamento”. [iv]
III) Terceiro, todas as figuras do Salvador implicitamente promovem a antiga heresia de Nestorius, que separou as duas naturezas de Cristo: a humana da divina.[v] Quando os apóstolos olhavam para Jesus eles contemplavam o Deus-homem. Dessa forma o apóstolo João podia escrever: “E o verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo 1:14). Junto com o fato de que figuras do Filho de Deus são impressões falsas, elas também não podem retratar a natureza divina do Messias. Portanto, elas não apenas retratam-no infinitamente menos do que Ele era, é e será; mas também o depreciam de Sua glória divina. Elas implicitamente ensinam uma falsa teologia de Cristo. Esta observação é uma das razões primárias porque a igreja primitiva condenou figuras de Jesus. Um conselho maior em Constantinopla (A.D. 754) decretou:
Se alguém dividir a natureza humana, unida à Pessoa de Deus o Verbo, e tendo isso apenas na imaginação de sua mente, por isso tentar pintar o mesmo em uma imagem, que seja considerado maldito. Se alguém dividir Cristo, que é apenas um, em duas pessoas, colocando em um lado o Filho de Deus, e do outro lado o filho de Maria, não confessando a união contínua que há, e por essa razão pintar em uma imagem do filho de Maria como subsistindo por si mesmo, que seja maldito. Se alguém pintar em uma imagem a natureza humana, que é deificada através da unidade com Deus o Verbo, separando por assim dizer a Deidade assunta e deificada, que seja maldito.
Com relação a esse conselho Philip Schaff escreve: “O conselho, apelando para o segundo mandamento e outras passagens das Escrituras denunciando idolatria (Rm 1:23,25; Jo 4:24), e para opiniões dos Pais (Epifânio, Eusébio, Gregório Nazianzeno, Crisóstomo, etc.), condenou e proibiu o culto público e privado de imagens sacras sob pena de destituição e excomunhão ... Isso denunciou todas as representações religiosas de pintores e escultores como presunçosas, pagãs e idólatras. Aqueles que fazem pinturas do Salvador, que é tanto Deus quanto homem em uma pessoa inseparável, ou limita a incompreensível Deidade aos limites da carne criada, ou confunde suas duas naturezas como Êutico, ou separa-as como Nestório, ou nega sua Deidade como Ário; e aqueles que adoram tal figura são culpados da mesma heresia e blasfêmia.”[vi]
Figuras de Cristo são mentiras da imaginação que pervertem e degradam a doutrina escriturística de nosso Senhor. Nós devemos lembrar nosso precioso Salvador não através de fantasias artísticas grosseiras, mas através da celebração da Ceia do Senhor, fazendo uso dos meios de graça e meditando nas Escrituras. Paulo diz que “a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Rm 10:17). Jesus nos diz que a santificação vem pelos meios da Palavra de Deus. “Santifica-os na verdade. A tua palavra é a verdade” (Jo 17:17). Impressões artísticas do Filho de Deus podem excitar as emoções. Elas podem trazer lágrimas aos olhos ou alegria ao coração. Mas, porque são produtos da imaginação da mente do homem, elas não podem santificar ou aumentar nossa fé. Deveras, como violações não ordenadas do ensino expresso da Bíblia elas são destrutivas da fé e santificação. “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (1 Jo 5:21).
Figuras de nosso Senhor não podem santificar porque: (a) elas fluem da imaginação do artista e por isso são ficção; e, b) elas pervertem o ensino bíblico sobre o Salvador teocêntrico ao lhe roubarem sua glória, separarem as duas naturezas – a divina da humana. Este fato tem importantes implicações para aqueles que querem reter figuras com propósitos educacionais (ex: material para escola dominical de crianças). Àqueles que são a favor do uso de figuras do Filho de Deus com propósitos educacionais nós fazemos as seguintes perguntas: Como você pode ensinar a verdade estabelecendo uma mentira (i.e, uma fantasia humana, uma representação fictícia) aos olhos das crianças? Quantas crianças crescem com a imagem de um Messias de olhos azuis, efeminado, cabelos longos, hippie frágil, por causa da ignorância e incompetência de professores da escola dominical? Como você espera que crianças sejam santificadas por algo que não tem nenhuma base na Escritura e, portanto, é uma invenção da mente humana? (Tenha em mente que a Bíblia não dá nenhuma descrição física de nosso Senhor a não ser algumas passagens que não podem de forma alguma ser representada por um artista – ex: Mt 17:2; Ap 1:13 ss) Paulo diz que filosofias humanas e regras autônomas não têm nenhum valor contra a indulgência da carne (Cl 2:8, 21-23). Figuras de Jesus para uso educacional ou devocional são invenções do homem que não tem nenhuma base na Escritura e por isso são tradições humanas que caem sob a condenação de Deus.
IV) Quarto, tanto a Bíblia quanto a história da igreja ensinam que imagens religiosas inventadas pelo homem para uso educacional ou devocional são ciladas do maligno que corrompem o povo de Deus com idolatria e declínio. Por causa de nossa natureza pecaminosa o coração do homem é com freqüência fácil e lamentavelmente conduzido a formas corruptas e sensoriais de culto. Em 2 Reis 18:4 nós lemos que o piedoso rei Ezequias quebrou em pedaços a serpente de bronze que Moisés tinha feito, porque o povo de Israel lhe estava queimando incenso. A serpente de bronze (diferente das ilustrações de Cristo) era uma imagem legítima, pois fora ordenada por Deus. Todavia, assim que ela se tornou um objeto de devoção religiosa Jeová quis que ela fosse destruída como um item de superstição e idolatria.
Na igreja antiga, figuras eram feitas para honrar os santos, a virgem Maria e Jesus. Essa prática levou a toda sorte de superstições, práticas idólatras corruptas: oração a santos mortos; preservação e adoração de relíquias; dias santos; peregrinações; vestimentas em estátuas com diferentes roupas para diferentes dias santos; procissão com estátuas e figuras em honra dos santos, da virgem Maria e Cristo; catedrais construídas para honrar as relíquias dos santos mortos e assim por diante. Não há nenhuma dúvida de que muitas das pobres almas iludidas que levaram a igreja a adentrar nos escuros passos do romanismo eram sinceras. Elas provavelmente eram muito piedosas e tinham o melhor dos motivos. Mas seu amor à invenção humana, seus acréscimos ao culto que Deus autorizou levaram à explosão total da condenável religião do papismo. “Mas, dizem os papistas, imagens são os livros do leigo, e eles são bons para fazer com que Deus se lembre deles. Um dos Concílios do Papa afirmou que nós podemos aprender mais por uma imagem do que por um longo estudo das Escrituras ... Pois, para os papistas, dizer que eles fazem uso de uma imagem para fazer com que Deus se lembre deles é como se uma mulher dissesse que ela procura companhia de outro homem para ser lembrada por seu marido.”[vii]
Para os protestantes modernos ignorar o ensino claro da Escritura e história como se fossem imunes aos perigos da superstição e idolatria é arrogante, tolo e mortal. A igreja do Papa não se tornou numa monstruosidade demoníaca, agora isso está muito perto. Mas, como Paulo advertiu, “um pouco de fermento leveda a massa toda” (1 Co 5:6). A prática comum preferida hoje (mesmo em Igrejas Presbiterianas conservadoras) do uso de figuras de Jesus em materiais educacionais (ex: livros, vídeos, materiais de escola dominical) viola o segundo mandamento, ensina uma falsa doutrina do Messias, corrompe o culto de Deus, é insolentemente desrespeitosa para com a segunda pessoa da trindade e por isso deveria ser odiada e evitada por todo cristão crente na Bíblia. Os patriarcas da linha calvinista da Reforma escrupulosamente abstiveram-se, como questão de princípio, do uso de figuras de Cristo. Observe as palavras de John Knox em “Book of Disciple, Third Head” (Livro do Discípulo, Terceira Parte) (1560): “Que os digníssimos sejam seguramente persuadidos de que a ira de Deus virá não apenas sobre o cego e obstinado idólatra, mas também sobre o que tolera a mesma negligência; especialmente se Deus armou suas mãos com poder para suprimir tais abominações. Por idolatria nós entendemos a missa, invocação de santos, adoração de imagens e preservação e conservação das mesmas; e, finalmente, toda a honra a Deus não contida em sua santa Palavra”.
Que nós façamos da mesma maneira e voltemos à estrita aderência conscienciosa ao segundo mandamento como era a postura de nossos pais espirituais. O fato de que figuras de Cristo são largamente usadas entre cristãos professos em nossos dias não torna isso correto. Isso infelizmente é outro sinal da larga difusão do declínio e apostasia entre muitas igrejas modernas. Possa Deus nos capacitar para adorarmos nosso precioso Salvador somente na maneira autorizada por sua infalível Palavra.
Notas:
Brian Schwertley é pastor presbiteriano na América do Norte (Reformed Presbyterian Church of the United States).
[i] Thomas Watson, The Tem Commandments (Os Dez Mandamentos) (Carlisle, Pa: Banner of Truth, 1965 [1692, 1890]), 61.
[ii] Fisher’s Catechism, de Q&A #51, resposta à subquestão #9.
[iii] Johannes G. Vos, The Westminster Larger Catechism: A Commentary (O Catecismo Maior de Westminster: Um Comentário) (Phillipsburg, NJ: Presbyterian and Reformed, 2002), 292.
[iv] James Durham, The Law Unsealed: or, A Practical Exposition of the Ten Commandments (A Lei Aberta ou Uma Exposição Prática dos Dez Mandamentos).
[v] “E se for dito que a alma do homem não pode ser pintada, mas seu corpo pode, e todavia essa figura representa um homem; eu respondo: isso acontece porque eles tem apenas uma natureza, e aquilo que o representa, representa a pessoa; mas não é assim com Cristo: sua divindade não é uma parte distinta da natureza humana, como a alma do homem é (o que é necessariamente suposto em todo homem vivo), mas uma natureza distinta, apenas unidade com a humanidade nessa única pessoa, Cristo, que não tem nenhum semelhante; por isso o que o representa não deve representar um homem somente, mas deve representar Cristo, Emanuel, Deus-homem, de outra forma não é sua imagem. Além do mais, não há nenhuma autorização para representá-lo em sua humanidade; nem nenhuma vívida possibilidade disso, mas como imaginação do homem; e deve isto ser chamado de retrato de Cristo? Seria chamado retrato de qualquer outro homem se fosse desenhado ao bel-prazer dos homens, sem considerar o modelo? De novo, não serve para nada; pois essa imagem ou deveria ter opiniões comuns com outras imagens, e isso ofenderia Cristo, ou ter um respeito peculiar de reverência, e isso é pecar contra o mandamento que proíbe toda reverência religiosa a imagens, mas sendo Ele Deus e, portanto, o objeto da adoração, nós temos que ou dividir suas naturezas, ou dizer que essa imagem ou figura não representa a Cristo. De Law Unsealed: or, A Pratical Exposition of the Tem Commandments.
[vi] Phillip Schaff, History of the Christian Church (História da Igreja Cristã) (Grand Rapids: Eerdmans, 1987 [1910], 4:457-458
[vii] Thomas Watson, The Tem Commandments (Os Dez Mandamentos), 61.
Fonte: Os Puritanos
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