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Duração: 1h e 36min
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"Porventura não há Deus em Israel?" -
Sermão pregado dia 25.09.2011
Nosso texto: "E Acazias, filho de Acabe, começou a reinar sobre Israel, em Samaria, no ano dezessete de Jeosafá, rei de Judá; e reinou dois anos sobre Israel. E fez o que era mau aos olhos do SENHOR; porque andou no caminho de seu pai, como também no caminho de sua mãe, e no caminho de Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a Israel. E serviu a Baal, e adorou-o, e provocou a ira do SENHOR Deus de Israel, conforme a tudo quanto fizera seu pai" (1 Reis 22:52-54).
"E depois da morte de Acabe, Moabe se rebelou contra Israel. E caiu Acazias pelas grades de um quarto alto, que tinha em Samaria, e adoeceu; e enviou mensageiros, e disse-lhes: Ide, e perguntai a Baal-Zebube, deus de Ecrom, se sararei desta doença. Mas o anjo do SENHOR disse a Elias, o tisbita: Levanta-te, sobe para te encontrares com os mensageiros do rei de Samaria, e dize-lhes: Porventura não há Deus em Israel, para irdes consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom? E por isso assim diz o SENHOR: Da cama, a que subiste, não descerás, mas sem falta morrerás. Então Elias partiu" (2 Reis 1:1-4).
A Bíblia nos relata que Acazias era filho de Acabe e que reinava sobre Israel (reino do Norte) naquele tempo. Os livros de 1 e 2Reis constituem uma unidade dentro de um grupo maior de livros - Josué, Juízes, 1 e 2Samuel. Uma vez que esses livros apresentam uma sequencia natural, o reconhecimento de uma unidade essencial é justificado. [1]
Amados irmãos, nosso texto de hoje revela um quadro extremamente grave que foi vivido por inúmeros reis que governaram o povo do Senhor. A leitura do livro de Reis por muitas vezes mostra-se como um desafio à perseverança do crente, pois devido à tantas apostasias e feitos contrários às ordenanças do Senhor, questionamos: será que não estamos vivendo tal qual aquele do Senhor viveu? Graças a Deus que não ficamos sem resposta, e sim somos constantemente exortados a permanecer na sã doutrina, única fonte de santificação (1Pe 1.22).
Nosso texto de hoje fala-nos acerca de um rei que perpetuou o caminho errôneo que seu pai e seus antepassados haviam seguido - "E fez o que era mau aos olhos do SENHOR; porque andou no caminho de seu pai, como também no caminho de sua mãe, e no caminho de Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a Israel" (1Rs 22.53). Lemos também que esse rei não desviou-se levemente do caminho do Senhor, mas sim que "serviu a Baal, e adorou-o, e provocou a ira do SENHOR Deus de Israel" (1Rs 22.54).
A Bíblia não nos relata sobre o porquê de Acazias ter caído daquele quarto alto, mas dize-nos sobre o que aconteceu àquele homem após ter sido caído e adoecido.
Diferentemente do que muitos fazem quando são feridos pelo Senhor - tal qual o faraó quando "arrependeu-se" e disse: "Esta vez pequei; o SENHOR é justo, mas eu e o meu povo ímpios" (Êx 9.27) - o rei Acazias não procurou o Senhor na hora da angústia e da adversidade, mas "enviou mensageiros, e disse-lhes: Ide, e perguntai a Baal-Zebube, deus de Ecrom, se sararei desta doença" (2Rs 1.2). Eis então que o Senhor - mais uma vez - revela sua soberania e diz para que Elias se encontrasse com os mensageiros do rei e lhes advertisse sobre o grande erro em que estavam incorrendo. "Mas o anjo do SENHOR disse a Elias, o tisbita: Levanta-te, sobe para te encontrares com os mensageiros do rei de Samaria, e dize-lhes: Porventura não há Deus em Israel, para irdes consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom?" (2Rs 1.3).
Finalmente, o Senhor diz a Elias que Sua mão não aliviaria a justiça em face da apostasia e rebelião daquele rei e que "por isso assim diz o SENHOR: Da cama, a que subiste, não descerás, mas sem falta morrerás. Então Elias partiu" (2Rs 1.4).
Certamente que a palavra de Deus não volta vazia, conforme lemos em Isaías 55.11: "Assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei." - e é justo por esse motivo que devemos avançar com todo o cuidado diante das coisas do Senhor, "Porque o SENHOR teu Deus é um fogo que consome, um Deus zeloso" (Dt 4.24).
O relato que temos diante de nós revela uma grande e necessária mudança que precisa acontecer em nosso evangelicalismo atual: buscarmos aprovação bíblica para TUDO o que fazemos. Tenho certeza de que encontraríamos poucas pessoas que negariam tal necessidade, mas o problema não diz respeito a quantas pessoas professam a fé em Jesus Cristo e dizem que somente a Bíblia é sua regra de fé, mas sim qual o percentual dessas pessoas que verdadeiramente busca nas Sagradas Escrituras o aval para sua vida cristã. Assim como o rei Acazias poderia aparentar ser um rei de acordo com a palavra de Deus (para o seu povo), mas suas atitudes não correspondiam à teoria, também hoje devemos ter a certeza de que o mero professar da crença em Jesus não implica em hipótese alguma de que isso torne alguém cristão - "E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos" (Tg 1.22).
É preciso que entendamos que uma boa teologia leva SEMPRE à uma boa adoração, à uma boa piedade, à uma boa vida cristã, a um bom companheirismo cristão... isto é, uma boa teologia, uma teologia bíblica, deve necessariamente abranger TODAS as áreas da vida do crente. Não é possível sustentarmos um grande entendimento bíblico se ele não se traduzir de forma prática em nossas vidas. Não que as obras nos salvem, mas elas são a expressão da salvação operada em nossos corações, conforme lemos em Tiago.
Nosso texto de hoje convida-nos a perguntarmos a nós mesmos: qual a fonte que temos para fazer o que fazermos e deixar de fazer o que fazemos? Assim como um exímio atirador de elite precisa justificar ao seu superior o porquê de necessitar de determina arma e o porquê de não poder se esconder em determinada área, assim também o cristão deve ter toda a sua vida pautada pelas Escrituras.
Na Confissão de Fé de Westminster, capítulo XXI, Do Culto Religioso e do Domingo, lemos: I. A luz da natureza mostra que há um Deus que tem domínio e soberania sobre tudo, que é bom e faz bem a todos, e que, portanto, deve ser temido, amado, louvado, invocado, crido e servido de todo o coração, de toda a alma e de toda a força; mas o modo aceitável de adorar o verdadeiro Deus é instituído por ele mesmo e tão limitado pela sua vontade revelada, que não deve ser adorado segundo as imaginações e invenções dos homens ou sugestões de Satanás nem sob qualquer representação visível ou de qualquer outro modo não prescrito nas Santas Escrituras. Rom. 1:20; Sal. 119:68, e 31:33; At. 14:17; Deut. 12:32; Mat. I5:9, e 4:9, 10; João 4:3, 24; Exo. 20:4-6 (itálico meu). De acordo com esse ponto, deixe-me listar XXXX fatos que contribuíram para o pecado de Acazias.
1. O rei Acazias seguiu a sua tradição sem questionar sua veracidade.
"Então chegaram ao pé de Jesus uns escribas e fariseus de Jerusalém, dizendo: Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? pois não lavam as mãos quando comem pão. Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Por que transgredis vós, também, o mandamento de Deus pela vossa tradição? Porque Deus ordenou, dizendo: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser ao pai ou à mãe, certamente morrerá. Mas vós dizeis: Qualquer que disser ao pai ou à mãe: É oferta ao Senhor o que poderias aproveitar de mim; esse não precisa honrar nem a seu pai nem a sua mãe, E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus. (Mt 15:1-6) (grifo meu).
A palavra de Deus constantemente nos mostra que perpetuar uma prática "cristã" simplesmente porque achamos que "sempre foi assim", é incorrer em erro gravíssimo e pecar contra a santidade do Senhor. São muitos os casos bíblicos em que lemos "e seguiu os passos de seu pai...", mas isso não significa que é errado seguir uma tradição, e sim que é pecado continuar uma tradição sem questionar-se se o que vem se fazendo a tanto tempo pode ser biblicamente sustentando e amparado pelas Escrituras.
O rei Acazias andou no mesmíssimo caminho que seu pai e isso lhe foi motivo de grande ruína diante do Senhor. Embora Acazias tenha reinado apenas durante dois anos, "fez o que era mau aos olhos do SENHOR" (1Rs 22.53). Eu não saberia dizer quantas vezes essa frase é repetida na história bíblica, mas sei que ela é suficientemente exposta de forma que nenhum suposto cristão possa vir a desculpar-se diante da ignorância em que vive e a vida que leva rumo ao precipício da morte.
Como é triste olharmos para um número incontável de pessoas que professam a fé cristã, mas que em suas vidas diárias seguem o jeito de viver de seus pais. É uma raça em extinção os pais que educam os filhos para que sejam bons maridos e boas esposas no futuro e que enquanto isso não aconteça devem continuar obedecendo e prestando honra a eles (essa parte se entende até o final de seus vidas), os filhos por sua vez não buscam na Bíblia o modo agradável e aceitável de viver diante dessa modernidade que não tem limites, mas vão ao mundo - à literatura, à internet, à revistas, aos amigos... - para saber como devem viver diante do Senhor.
Muitos desculpam-se de sua ignorância bíblica dizendo que "os tempos são outros, não podemos mais viver como os puritanos, estamos no século XXI!", mas se isso é verdade, seria também verdadeiro que hoje em dia a salvação se dá de modo diferente? Isto é, quer dizer então que Deus mudou o Seu jeito de ser porque viu que um dia se chegaria ao século XXI e lá seria muito difícil levar a Bíblia como fonte inspiradora e coordenadora para os afazeres diários e por isso resolveu que num determinado momento não seria mais necessário achegar-se diariamente as Santas e ricas palavras do Senhor para obter conhecimento, mas sim que o mundo ditaria a forma de ser Igreja?
"Porque eu quero a misericórdia, e não o sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que os holocaustos" (Os 6:6). Assim como o Senhor falou por meio de Oséias de que o mero ritualismo sem consentimento de coração era inútil, também nós devemos atentar para tal grande exortação.
2. O rei Acazias tentou vingar-se da palavra de Deus.
Os versículos seguintes ao texto de hoje nos revelam que o rei Acazias nem ao menos arrependeu-se do seu pecado ao ouvir que morreria devido ao seu pecado. Esse obstinado rei não prostrou-se diante do Senhor e reconheceu o seu pecado - mesmo sabendo que morreria - mas quis acabar com o homem que preferiu tais palavras contra ele.
A Bíblia nos relata que quando Acazias ouviu de seus mensageiros a descrição do homem que profetizou sobre sua vida, imediatamente reconheceu que era Elias, o tisbita (2Rs 1.8). Acazias pensou que eliminando o profeta do Senhor também eliminaria a Sua palavra, como se pensasse: "Eliminando o porta voz, eliminarei a mensagem", mas acabou por descobrir que não pôde eliminar o porta voz e nem tampouco eliminar a mensagem, mas a palavra do Senhor agiu para o propósito que havia sido determinada (conforme lemos anteriormente em Isaías 55.11).
Muitos professos da fé cristã acham que o simples fato de não guiarem-se pela palavra de Deus torna-os cristãos, mas como se fossem uma espécie de "cristãos alternativos", isto é, cristãos que não se pautam pelo estrito ensino bíblico. Não é necessário nos alongarmos nesse pormenor para visualizarmos que tal feito é diabólico e não consegue ter respaldo bíblico algum (mas que diferença isso faz para eles?).
O ofício de profeta no Antigo Testamento é algo completamente diferente do vemos em homens e mulheres de nossos dias que se auto intitulam profetas e profetizas. O ofício de profeta veterotestamentário foi marcado pela perseguição, zombaria, escárnio e rejeição por parte da sociedade. O profeta de Deus era aquele que falava o deveria ser falando, pouco importando se agradaria ou não os homens, seu dever era de ser fiel à palavra que lhe tinha sido confiada. "Então o rei de Israel disse a Jeosafá: Ainda há um homem por quem podemos consultar ao SENHOR; porém eu o odeio, porque nunca profetiza de mim o que é bom, senão sempre o mal; este é Micaías, filho de Inlá". (2Cr 18:7). Em boa parte dos casos, o profeta do Senhor era odiado pela maioria, pois constantemente dizia a verdade, e como sabemos, muitas vezes a verdade dói, machuca e não nos é agradável.
O dever do cristão não deve ser o de buscar fazer o culto da maneira que o agrade, tocar e cantar as músicas que o agradem, usar os instrumentos musicais que o agradem, vender quinquilharias "de Jesus" antes e depois do culto porque isso o agrada, criar grupos de aconselhamento da forma que o agradam, mas deve ser tão somente buscar compreender qual é o decreto do Senhor. "E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus" (Rm 12.2).
3. O rei Acazias buscou um "deus alternativo" para seguir.
Quando os mensageiros do rei Acazias saíram para irem consultar a Baal-Zebube, o profeta de Deus foi levado a se interpor no caminho deles e questionar: "Porventura não há Deus em Israel, para irdes consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom?".
Imaginemos por um momento a indignação que sobreveio à vida do profeta Elias naquele momento. Um homem que buscava viver os decretos de Deus, que fôra chamado para pregar e exortar o povo de Deus e que de repente se vê compelido a ir aos mensageiros do rei Acazias e percebe que aqueles homens não estão indo até algum profeta ou buscando conhecer o que Deus lhes requer, mas sim que estão indo consultar um deus estranho (Baal-Zebube ou Belzebu - Dono/Príncipe das Moscas) na cidade de Ecrom! Certamente que a indignação de Elias deve ter sido extremamente grande, pois rogou ao Senhor para que - posteriormente - descesse fogo dos céus e consumisse os homens que estavam à sua caça (2Rs 1.10-12) (também demonstrando que a palavra de Deus estava com ele e quem vinha da parte do Senhor).
Não muitos diferente, em nossos dias os "cristãos" estão indo às "cidades vizinhas" em busca de conhecimento e entendimento acerca do porquê de certas coisas acontecerem. A psicologia tem tido mais destaque nas igrejas do a palavra regeneradora do Espírito Santo de Deus. O jeito de se criar a "atmosfera do culto" é baseada em pesquisas que comprovam que um solo musical é capaz de "elevar os corações" e transmitir uma nova forma de achegar-se a Deus. O pecado foi substituído por doença e já não é tratado com oração, leitura da palavra e comunhão, mas com remédios e reuniões "terapêuticas" que na maioria das vezes são oriundas do reino das trevas e das profundezas de Satanás.
Devo confessar a vocês que tenho sentido nojo do meio evangélico em que vivemos, pois não faltam argumentos dirigidos ao homem ("mas não toque no ungido, olhe quantas obras eles fazem, nem todos estão tão errados assim..."), mas lhes falta muita, mas muita Bíblia em seus corações. Quando a leio a Bíblia minha mente capta as letras, meu espírito é ensinado mediante elas e meu coração e instruído acerca de que existem falsos profetas e homens que labutam em erro. Mas quando converso com alguém ou leio algum texto - infeliz - sobre o cristianismo, percebo que a maioria das pessoas não considera haver falsos profetas e falsos mestres, e se é que existem alguns, são os que não são da sua denominação.
Em vez de ouvirmos e lermos pregações sobre a ira de Deus, a justiça de Deus, a soberania de Deus, a imutabilidade de Deus e outros atributos, ouvimos - quase que sempre - apenas sermões dirigidos ao ego do homem, a fim de satisfazer a vontade pecadora de sentir-se feliz e realizado em tudo o que faz. Muitos tem se esquecido de que a visão mundana de que "é necessário ter uma auto estima muito elevada" é contrária à palavra de Deus. O Senhor nunca me ordenou para que ao acordar eu abrisse a janela e dissesse: "Meu nome é Filipe Luiz C. Machado e eu sou um vencedor! Eu consigo tudo o que quero, pois sou guerreiro, lutador e nada vai me impedir!" como dizem os psicólogos e pseudo pastores atuais. "Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer" (Lc 17.10). Somos servos inúteis? Sim, nós somos. Mas também somos amados de Deus e isso deveria nos levar a mais alta condição de humildade, em vez de ficarmos ditando ordens ao Senhor.
É ainda importante notarmos que não são somente os grandes erros teológicos que contribuem para o mau da Igreja de Cristo, mas constantemente as "pequenas heresias" - isto é, aqueles erros teológicos não tão absurdos assim como pensam alguns, como ter verdadeiros shows de música na igreja, fazer a duração da pregação de acordo com a vontade dos membros (10min? 15min? 30min? Poucos passam dessa marca) - servem como estopim para desencadear uma grande tragédia.
Charles Haddon Spurgeon, pregador do século XIX (1834 - 1892), ao pregar sobre qual era a função da igreja nos dias atuais, disse: Se Cristo introduzisse mais brilho e elementos agradáveis em Sua missão, ele teria sido mais popular quando O abandonaram por causa da natureza inquiridora de Seus ensinos. Eu não O ouvi dizer: "Corra atrás destas pessoas, Pedro, e diga-lhes que nós teremos um estilo diferente de culto amanhã, um pouco mais curto e atraente, com pouca pregação. Nós teremos uma noite agradável para as pessoas. Diga-lhes que certamente se agradarão. Seja rápido Pedro, nós devemos ganhar estas pessoas de qualquer forma." Jesus se compadeceu dos pecadores, suspirou e chorou por eles, mas nunca procurou entretê-los. [2]
O rei Acazias não queria entretenimento naquele momento, porém buscou a sabedoria em artifícios diabólicos e não prescritos pelo Senhor. Não é somente o entretenimento na casa do Senhor que é contrário à palavra de Deus, mas todo e qualquer acréscimo que não recebe aval bíblico para que seja executado. Há vários registros bíblicos que nos exortam a não fazermos àquilo que o Senhor não nos ordenou para fazer. Um exemplo disso está em Jeremias 7.31: "E edificaram os altos de Tofete, que está no Vale do Filho de Hinom, para queimarem no fogo a seus filhos e a suas filhas, o que nunca ordenei, nem me subiu ao coração" (grifo meu).
Deus não havia ordenado a Acazias para que seguisse as tradições demoníacas de seus antepassados; não havia ordenado para que enviasse mensageiros até Ecrom e consultasse a Baal-Zebube se seria ou não curado; não havia lhe dito para que enviasse um capitão e seus cinquenta homens para capturasse a Elias (e - também - por isso duas vezes seus soldados foram mortos); não havia recebido ordem alguma do Senhor para fazer o que havia feito!
Meus amados irmãos, que nessa noite possamos rogar a Deus as suas misericórdia, pois somos vis e pecadores do mais alto nível. Muitas vezes nos assemelhamos às palavras de Deus ao povo do tempo de Jeremias: "eis que a palavra do SENHOR é para eles coisa vergonhosa, e não gostam dela" (Jeremias 6:10). Que nessa noite possamos nos lembrar de não somos nada diante do Senhor e por isso devemos seguir somente à sua Santa e reta palavra. Que nos lembremos constantemente que "Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo" (Hb 10:31), mas que não nos deixemos esmorecer pela falta de capacidade que há em nós, mas que juntos busquemos "a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor" (Hb 12.14).
Amém.
Notas:
[1] Bíblia de Estudo de Genebra
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