Cântico de Salmos (parte 5 - O Uso de Instrumentos) -
Sermão pregado dia 05.02.2012
Quando falamos sobre instrumentos, devemos entender que assim como qualquer outra área da Bíblia, eles não estão descritos por acaso e nem são mera questão de "costume", mas sim que nos ensinam sobre importantes fundamentos das Escrituras - tomarei a liberdade de não falar sobre a história da música, o que vem a ser arte ou o que penso sobre os estilos musicais, pois o propósito aqui é outro, isto é, aprender sobre o que a Bíblia nos ensina acerca dos instrumentos. É preciso notar também que a Bíblia descreve muitos momentos alegres onde haviam músicas e instrumentos, contudo, é dever de todo o cristão aprender a distinguir as situações, ou seja, conforme já citado, não é porque vemos alguém dançando e tocando após uma vitória civil e/ou militar, que temos o direito de incorporarmos essa prática durante o culto.
De acordo com o que vimos nas últimas semanas, temos de ter muito cuidado ao interpretarmos as palavras bíblicas, pois assim como muitos alegam que podem oferecer um "novo cântico" (baseado em vários versículos) - quando na verdade a Bíblia não autoriza -, também muitos creem que podem oferecer um louvor ao Senhor com a ajuda de instrumentos, apenas porque encontram versículos que dizem respeito ao uso deles. Com relação ao "novo cântico", nos importa notar que "a expressão 'novo cântico' (ωδην καινην – oden kainen) pode significar um entendimento apenas renovado de um cântico já existente, porque o adjetivo καινος (kainos – novo), segundo o dicionário Vine, denota 'novo', no que concerne àquilo que se está desacostumado ou desabituado, não 'novo' no tempo, o que é recente, mas 'novo' quanto à forma ou qualidade, a natureza diferente daquilo que é posto em contraste com o velho". [1]
Nos é necessário notar ainda que todo instrumento, toda veste e todo ritual eram elementos físicos que apontavam para uma realidade espiritual que haveria de vir, isto é, esses elementos não eram o fim em si mesmos, ou seja, o mero instrumento não louvava ao Senhor, mas prefigurava que um dia o povo de Deus haveriam de se tornar harpas vivas diante d'Ele, pois todo o seu ser seria enchido pelo Espírito Santo, de modo que seriam como que levitas diante do Altíssimo, não mais com instrumentos, mas com a mente e o coração devotos a Ele. “Visto que cristãos louvam a Deus por meio de Cristo e pelo seu perfeito sacrifício e não por tipos cerimoniais (e.g., incenso, velas, instrumentos musicais), ele deve falar 'entre vós com salmos, entoando e louvando (fazer melodia) de coração ao Senhor, com hinos e cânticos espirituais' (Ef. 5:19). A palavra grega para ‘fazer música’ (louvando) é psallo, que significa originalmente ‘dedilhar as cordas de um instrumento’. Isto dá uma figura linda de como um louvor verdadeiro e aceitável a Deus realmente é. Desde que a palavra psallo não pode ser separada da palavra ‘coração’, literalmente significa ‘dedilhar as cordas de seu coração ao Senhor’. Quando a música do coração é expressa por meio de lábios que confessam o nome do Senhor, não há necessidade para apoiar instrumentos”. [2]
Texto: 2Cr 29.20-30
"Analisando esse texto, notamos que, ao que tudo parece, não havia instrumentos no culto, até que foi ordenado pelo Senhor, através de Davi, Gade e o profeta Natã, e acrescenta, 'esta ordem veio do Senhor, por meio dos seus profetas' (verso 25). Davi, portanto, introduziu instrumentos no culto do V.T porque recebera uma ordem expressa do Senhor. Outra coisa que vemos nesse texto, é que eles foram introduzidos apenas para o período em que o holocausto acontecia: '… E QUANDO COMEÇOU O HOLOCAUSTO, começou também o canto do Senhor, ao som das trombetas e dos instrumentos de Davi, rei de Israel. Então toda congregação adorava, e os cantores cantavam, e os trombeteiros tocavam; tudo isso continuou, ATÉ SE ACABAR O HOLOCAUSTO' (Vs. 27e28). Podemos então concluir, que os instrumentos, bem como o canto de coral (levítico), estavam ligados, essencialmente, ao aspecto CERIMONIAL do culto, a saber, ao holocausto, que deixou de existir no culto do Novo Testamento". [3]
Por já termos visto que a lei cerimonial ainda é válida para nós, não mais com seus tipos físicos, mas sim espirituais, entendemos que se outrora se usasse instrumentos para louvar ao Senhor, se dedilhasse cordas e se tocasse trombetas, hoje todas as coisas deixaram de existir no culto público, pois necessitamos dessas coisas tanto quanto de sacrifícios! Isto é, tendo em vista que os sacrifícios agora são espirituais, que nossa oração sobre como o incenso e que nossas vestes são um coração e caminhar transformados, igualmente os instrumentos (externalidades) não são mais requeridos durante o culto, pois passamos a "dedilhas as cordas de nossos corações ao Senhor" e não um mero instrumento de madeira ou metal.
Por já termos visto que a lei cerimonial ainda é válida para nós, não mais com seus tipos físicos, mas sim espirituais, entendemos que se outrora se usasse instrumentos para louvar ao Senhor, se dedilhasse cordas e se tocasse trombetas, hoje todas as coisas deixaram de existir no culto público, pois necessitamos dessas coisas tanto quanto de sacrifícios! Isto é, tendo em vista que os sacrifícios agora são espirituais, que nossa oração sobre como o incenso e que nossas vestes são um coração e caminhar transformados, igualmente os instrumentos (externalidades) não são mais requeridos durante o culto, pois passamos a "dedilhas as cordas de nossos corações ao Senhor" e não um mero instrumento de madeira ou metal.
"Uma das coisas representadas pelos Instrumentos Musicais no Velho Testamento é a necessidade de Mediação. Os Sacerdotes são indignos de glorificar a Deus 'diretamente' - porque estão afastados do entendimento de Deus pelo 'véu do Templo', então Instrumentos 'santificados' são mediadores, intermediários, entre o Sacerdote e o louvor a Deus. E os Sacerdotes mostrando que estão Mediados pelos Instrumentos destacam sua própria função de Mediadores, porque a Congregação não louva 'diretamente' a Deus, mas precisa destes Mediadores 'santificados'. Aos Coríntios o Apóstolo dá uma característica negativa aos Instrumentos, comparando a adoração sem entendimento ao uso de Instrumentos; negativamente o Apóstolo diz que 'seria como o címbalo'". [4]
Texto: Nm 10.1-10
Havia uma ordem do Senhor quanto aos instrumentos. Assim como nenhum homem poderia achegar-se ao templo e desejar oferecer sua canção ao Senhor (por mais bela que fosse) - ainda que pudesse fazer isso em sua casa ou andando pelo caminho -, também somos informados de que o Senhor regulamentava a forma de se utilizar os instrumentos durante o tempo dos sacerdotes.
Conforme citado, ao escrever à igreja de Corinto o apóstolo Paulo é incisivo ao dizer que "Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine" (1Co 13.1). Certamente que Paulo está a tratar das atitudes dos crentes, falando de que se não houver amor, todo feitio será como o metal que soa (um mero barulho destituído de qualquer sentimento ou afeição). Contudo, Paulo também parece querer nos ensinar que o instrumento não serve para coisa alguma diante do Senhor, isto é, o mero ressoar do metal ou simples tinir do sino (ou em nossos dias, o som da bateria e o dedilhado do violão), em nada elevam a alma diante do Altíssimo, em nada contribuem para que o crente achegue-se ao Artífice, pois tais elementos são feitos de metal ou de madeira, não podendo-se comunicar com o Senhor - ao contrário de nossas vozes.
Alguns podem objetar que Davi tocou harpa para o rei Saul e esteve sentiu-se aliviado (1Sm 16.23; 18.10; 19.9), como que querendo defender os benefícios dos instrumentos para o culto. Porém, essa é uma objeção por demais fraquíssima, aliás, um tanto quanto infantil, pois em primeiro lugar, Davi não estava no templo do Senhor e não aconteciam sacrifícios durante o seu tocar. Em segundo lugar, o rei Saul sentia-se oprimido por um espírito mau (1Sm 16.13,14) porque havia desobedecido o Senhor ao trazer os despojos da guerra contra os amalequitas (vimos isso na primeira parte, clique aqui para ler) e não porque buscava agradá-Lo. Em terceiro lugar, somos informados de que Davi apenas tocava - o texto nada fala sobre cantar e também tocar; Davi tão somente dedilhava sua harpa. Em quarto lugar, Davi tocou por ordem do ainda rei Saul, isto é, Davi não quis oferecer um louvor ao Senhor na presença de Saul, apenas o fez porque o rei havia pedido (1Sm 16.18,19).
É preciso notar que muitas pessoas dizem sentir "dificuldade" para louvar ao Senhor sem o uso de instrumentos. Porém, será que essa "dificuldade" não está no mal entendimento desses elementos? Quer dizer, talvez essas pessoas estejam presas à uma espécie de misticismo, onde só conseguem "sentir a presença" de Deus quando ressoa um tambor ou toca-se uma nota mais melancólica, ou ainda só conseguem se alegrar no Senhor quando há uma banda tocando e muita sonoridade vindo aos seus ouvidos... Temos de nos perguntar para que servem os instrumentos em nossa vida. Certamente que a Bíblia não nos proíbe de usar instrumentos em nosso dia-a-dia, contudo ela regulamenta o seu uso durante o culto público, isto é, nem tudo o que é lícito em nossa casa ou andando pelo caminho é lícito durante o culto público (já preguei sobre essa diferença - clique aqui para ler).
Alguns podem objetar que Davi tocou harpa para o rei Saul e esteve sentiu-se aliviado (1Sm 16.23; 18.10; 19.9), como que querendo defender os benefícios dos instrumentos para o culto. Porém, essa é uma objeção por demais fraquíssima, aliás, um tanto quanto infantil, pois em primeiro lugar, Davi não estava no templo do Senhor e não aconteciam sacrifícios durante o seu tocar. Em segundo lugar, o rei Saul sentia-se oprimido por um espírito mau (1Sm 16.13,14) porque havia desobedecido o Senhor ao trazer os despojos da guerra contra os amalequitas (vimos isso na primeira parte, clique aqui para ler) e não porque buscava agradá-Lo. Em terceiro lugar, somos informados de que Davi apenas tocava - o texto nada fala sobre cantar e também tocar; Davi tão somente dedilhava sua harpa. Em quarto lugar, Davi tocou por ordem do ainda rei Saul, isto é, Davi não quis oferecer um louvor ao Senhor na presença de Saul, apenas o fez porque o rei havia pedido (1Sm 16.18,19).
É preciso notar que muitas pessoas dizem sentir "dificuldade" para louvar ao Senhor sem o uso de instrumentos. Porém, será que essa "dificuldade" não está no mal entendimento desses elementos? Quer dizer, talvez essas pessoas estejam presas à uma espécie de misticismo, onde só conseguem "sentir a presença" de Deus quando ressoa um tambor ou toca-se uma nota mais melancólica, ou ainda só conseguem se alegrar no Senhor quando há uma banda tocando e muita sonoridade vindo aos seus ouvidos... Temos de nos perguntar para que servem os instrumentos em nossa vida. Certamente que a Bíblia não nos proíbe de usar instrumentos em nosso dia-a-dia, contudo ela regulamenta o seu uso durante o culto público, isto é, nem tudo o que é lícito em nossa casa ou andando pelo caminho é lícito durante o culto público (já preguei sobre essa diferença - clique aqui para ler).
Notemos ainda que muitos perguntam-se sobre o porquê não poder-se utilizar instrumentos no culto, sendo que o próprio livro de Salmos é recheado deles. Mas vejamos que essa é uma dúvida rapidamente respondida, pois os Salmos também estão cheios de menção a incensos, sacrifícios, holocaustos, aromas, animais... Não podemos nos apoiar nesse frágil argumento, pois se assim for, quem será o vil e ultrajado homem que desejará também oferecer novos incensos, sacrifícios e holocaustos, quando todas as coisas já se cumpriram em Cristo? O autor aos Hebreus nos diz: "Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome" (13.15) Visto que cristãos louvam a Deus por meio de Cristo e pelo seu perfeito sacrifício e não por tipos cerimoniais (incenso, velas, instrumentos musicais), ele deve falar "entre vós com salmos, entoando e louvando (fazer melodia) de coração ao Senhor, com hinos e cânticos espirituais" (Ef. 5.19).
Certo autor comenta: "Todos os tipos do templo (a queima contínua de incenso, o sacrifício de animais, o tocar de instrumentos musicais durantes o sacrifício, etc.) foram renunciados pela realidade – Cristo. Portanto, cristãos oram e louvam sem o incenso e sem instrumentos musicais, mas com os lábios apenas. A glória do templo com sua exibição visível e magnificência audível sem dúvida alguma estimulou os sentidos e a reverência inspirada, mas agora que Cristo veio e instituiu ordenanças no Novo Testamento, nosso foco é para ser inteiramente Nele – a realidade. O simples culto não adornado da era do Evangelho nos trás (sic) a presença do templo maior – Jesus Cristo – quando nós cantamos cânticos divinos, ouve (sic) a palavra de Deus, escuta (sic) a pregação e alimentasse (sic) espiritualmente do Corpo de Cristo. Colocar sombras, incenso, instrumentos musicais, vestimentas, altares, etc., dentro do culto da Nova Aliança meramente serve para esconder Cristo e Sua glória debaixo de externalidades obsoletas. 'Fazendo assim, seria uma grave desonra para com o Senhor Jesus, pois indicaria uma maior apreciação dos tipos do que o arquétipo glorioso, o próprio Salvador' (frase atribuída a M. C. Ramsay)". [5]
"Calvino... Em seu comentário ao Livro dos Salmos... escreveu que o uso de instrumentos não era algo devido à dispensação do Evangelho. O instrumento consistia numa ajuda ao povo que ainda vivia à sombra do que haveria de vir, mas que hoje o cristão vive em plena maturidade e não precisa desse tipo de auxílio para entoar o cântico ao Senhor. Ele condenava veementemente o uso de instrumentos musicais por parte dos papistas, chamando-os de insensatos. Calvino apenas aprovava o uso das vozes como artifício musical, e que os salmos não ensinavam, ou exigiam o uso dos instrumentos, mas apenas faziam uma espécie de descrição, ou melhor, uma conclamação ao povo segundo o que era costume da época" (grifo meu). [6]
Também há aqueles que dizem que podemos utilizar os instrumentos pois em Apocalipse encontramos muitas menções a eles. "O livro de Apocalipse é literatura apocalíptica, e conseqüentemente não foi feita para ser um guia literal ou padrão para a adoração pública. Se fosse assim, teríamos de ser todos romanistas, pois o Apocalipse descreve um altar (6:9; 8:3, 5; 9:13; 11:1; 14:18; 16:7); incenso (8:4); trombetas (1:10; 4:1; 8:13; 9:14); harpas (5:8; 14:2; 15:2) e ainda a arca da aliança (11:19). Também teríamos de ser místicos, porque no Apocalipse cada criatura, incluindo os pássaros, insetos, águas-vivas, e minhocas, etc., louva a Deus (5:13). A literatura apocalíptica usa linguagem figurada e imaginação dramática para ensinar lições espirituais" [7]
É preciso então que compreendamos que dado ao fato do Novo Testamento silenciar sobre essa questão - embora não silencie falando que todas as coisas, incenso, sacrifícios, instrumentos... eram sombra do que haveria de vir -, devemos nos pautar pelo que as Santas Escrituras nos dizem. Ou seja, se a Bíblia nos revela que já não vivemos mais na sombra, mas na realidade, importa-nos viver de acordo com a realidade e não mais com a sombra. Instrumentos musicais foram dados ao povo judeu assim como os sacrifícios e holocaustos, portanto não temos autorização para achar que podemos voltar apenas com as práticas que desejamos, tão simplesmente porque nossa cultura é (ou não) musical.
O próprio exemplo de Jesus Cristo nos é muito claro. Na ocasião da celebração da ceia com seus discípulos, após terem comido os elementos, "E, tendo cantado o hino, saíram para o Monte das Oliveiras" (Mt 26.30). Um olhar mais atento revelará que nem Mateus, nem Marcos mencionaram o uso de algum instrumento. Nenhum dos evangelistas registra que o Jesus pediu para alguém fazer um "fundo musical" enquanto cantavam, ou ainda que os discípulos ficaram ensaiando um belo solo durante o refrão. Como já foi dito, Jesus e os discípulos cantaram um dos Salmos de Hallel e como em momento algum somos informados de que instrumentos foram utilizados, também assim devemos proceder.
O autor Brian Schwertley (já citado) também comenta que foi somente em 1810 d.C. que a primeira sinagoga (na Alemanha) introduziu instrumentos para acompanhar o cântico [8], mostrando assim que até mesmo os próprios judeus mantiveram durante tanto tempo a tradição legada por seus antepassados, isto é, de cantar-se sem o acompanhamento de instrumentos musicais.
Outra informação interessante é também trazida por Ashby L. Camp, onde diz: "Esse é o porquê de se cantar sem o acompanhamento musical é chamado de a cappella. 'A cappella vem do latim por meio italiano e quer dizer 'no estilo da igreja', 'como é feito na igreja''. A forma clássica da música na igreja é cantar-se desacompanhado [de instrumentos]". [9] Também o presidente e professor de História da Igreja no Westminster Theological Seminay, nos diz: "Outra característica do louvor antigo que é bastante certo é que a igreja antiga não usava instrumentos musicais durante seus serviços de adoração. Isso vem como uma grande surpresa para a maioria dos cristãos, contudo, as evidências para isso são muito fortes". [10]
Por fim, visualizemos mais um exemplo bíblico onde nosso Senhor Jesus Cristo nos ensina que a antiga forma de adoração foi mudada. João 4.19-24
O texto bíblico nos diz que Jesus é inquirido por uma samaritana sobre qual o lugar correto de adoração, ao passo que diz que "nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai" (v.21). Contudo, o Senhor diz que os samaritanos adoravam a um Senhor desconhecido, pois ainda não lhes havia sido revelado verdadeiramente o Cristo (isto é, ele próprio) - "Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus" (v.22). Quer dizer, a mulher samaritana achava que conseguia adorar ao Senhor sem mesmo conhecê-lo ou mesmo sem sequer ter recebido alguma ordem sobre como deveria proceder no modo correto de adorar (v.20). Então Jesus afirma que a hora já havia chegado (grandiosa boa nova ouviu essa mulher!) em que não haveria mais um lugar específico para se adorar, mas que todos, em todos os lugares, poderiam adorar ao Senhor - "Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem" (Jo 4.2). O mestre então finaliza seu argumento dizendo que "Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade" (Jo 4:24).
Ora, se Deus é Espírito e a verdadeira adoração consiste em espírito e em verdade, isto é, baseado naquele que prefigurou todo o Antigo Testamento e que agora revela-se a todos os homens, não mais em tipos físicos de sombra da realidade, mas sendo a própria, nada mais nos resta do que adorar somente ao Senhor conforme as Escrituras nos dizem que assim foi feito no Novo Testamento - como ele silencia sobre o uso de instrumentos, também silenciamos e não os usamos.
"Mais importa obedecer a Deus do que aos homens" (At 5:29).
Amém.
Notas:
[1] LIMA, Célio. Extraído do blog do autor - Vox Reformata
[2] SCHWERTLEY, Brian. O Novo Testamento e os Instrumentos Musicais - texto disponível no portal Monergismo
[3] VASCONCELOS, Josafá. "Porque não temos louvorzão" - texto disponível na internet.
[4] ROD, Salomão - Em conversa em rede social pela internet em 26.01.2012
[5] SCHWERTLEY, Brian. O Novo Testamento e os Instrumentos Musicais - texto disponível no portal Monergismo
[6] MOURA, Ricardo Lopes Coelho. Calvino e a Adoração Comunitária - citado em "Porque não temos Louvorzão" de autoria do Rev. Josafá Vasconcelos
[7] VILELLA, Deyvid - em seu blog Salmodiando Exclusivamente
[8] SCHWERTLEY, Brian. Op. Cit.
[9] CAMP, Ashby L - Music In Christian Worship, pág 5 - tradução livre
[10] GODFREY, W. Robert - citado por Ashby L. Camp, apud, 7.
[6] MOURA, Ricardo Lopes Coelho. Calvino e a Adoração Comunitária - citado em "Porque não temos Louvorzão" de autoria do Rev. Josafá Vasconcelos
[7] VILELLA, Deyvid - em seu blog Salmodiando Exclusivamente
[8] SCHWERTLEY, Brian. Op. Cit.
[9] CAMP, Ashby L - Music In Christian Worship, pág 5 - tradução livre
[10] GODFREY, W. Robert - citado por Ashby L. Camp, apud, 7.
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