quinta-feira, 18 de abril de 2013

É Impossível o Homem ter Criado o Cristianismo


Frequentemente os sociólogos, antropólogos e toda sorte de "ólogos", afirma que o cristianismo (se referem à religião de um modo geral) foi fruto da gene humana. Dizem que no intento do homem sempre necessitar idolatrar e reverenciar alguém ou alguma coisa, ele criou para si um sistema de crenças - tão poderoso que perpetuou o tempo e atravessou gerações.

Tais comentários, porém, imerecem prosperar. Apresento 10 motivos pelos quais é impossível que o homem natural tenha criado o cristianismo:

1. O homem natural não busca a Deus. A palavra de Deus prescreve cristalinamente: "Não há ninguém que busque a Deus" (Rm 3.11). Ainda: "Assim diz o SENHOR: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos nele" (Jr 6.16 - grifo meu). Desta forma, não há qualquer lógica em se ponderar que o homem tenha criado o cristianismo, pois se a criatura faz algo que ela mesmo não está de acordo, no mínimo é um contra senso; para não dizer, uma estupidez.

2. O cristianismo humilha o homem. A Bíblia é clarividente com relação ao homem: "No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás" (Gn 3.19 - grifo meu). Ademais: "Ponha a sua boca no pó; talvez ainda haja esperança" (Lm 3.29). Nenhum racional criaria um "sistema religioso" para se auto humilhar - isso seria uma atitude nefasta. O orgulho é o que move o homem sem Deus (Tg 4.16).

3. O cristianismo se opõe ao desejo natural homem. O apóstolo Paulo evidencia grandemente a luta que o cristianismo causa ao homem interior: "Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo" (Rm 7.18-21). É absolutamente descabida a assertiva com respeito que o cristianismo foi criado para o homem ter um "norte" ou uma direção. No mínimo, se assim fosse, esse "norte" apontaria para seus desejos naturais e, não, criaria outros.

4. O cristianismo afirma que Deus é irado. Assim diz o salmista: "Deus é juiz justo, um Deus que se ira todos os dias. Se o homem não se converter, Deus afiará a sua espada; já tem armado o seu arco, e está aparelhado. E já para ele preparou armas mortais; e porá em ação as suas setas inflamadas contra os perseguidores" (Sl 7.11-13). Qual homem espúrio iria maquinar uma crença que afirma ser o "Supremo" um Senhor irado contra sua criatura? Seria o mesmo que desenvolver uma bomba para se suicidar.

5. O cristianismo exige abnegação e santidade. Prescreve a Lei de Deus: "Portanto santificai-vos, e sede santos, pois eu sou o SENHOR vosso Deus" (Lv 20.7). Também Pedro: "como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver" (1Pe 1.15). Buscar a santidade é algo oposto à natureza do homem, pois desta forma se lê: "E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente" (Gn 6.5). Inverídica toda e qualquer movimentação no sentido de creditar ao homem a "criação" da perfeita e única crença.

6. O cristianismo demonstra a impossibilidade do homem crer em Deus. Registra o evangelista as palavras de Cristo: "Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha os seus pintos debaixo das asas, e não quiseste?" (Lc 13.34 - grifo meu). Somente um desvairado de mente e coração para crer que este versículo ensina o livre arbítrio. Paulo esclarece a questão: "E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também" (Ef 2.1-3). É evidente o arrazoado do apóstolo, demonstrando que, não fosse a mão graciosa e misericordiosa de Deus (Ef 1.4), o homem para sempre estaria morto em seus pecados. Se o homem houvesse criado tal cristianismo, plausível seria que houvesse articulado sua religião de maneira a lhe dar condições de alcançá-la.

7. O cristianismo fala de um salvador que foi morto. Categoricamente está escrito: "Homens israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, homem aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis; A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos" (At 2.22-23 - grifo meu) O homem natural odeia todo aquele que diz ser o salvador, pois o orgulho não lhe permite dobrar-se diante de outrem. A natureza humana se inclina para a morte, jamais para a vida. Se o cristianismo fosse criação de homens, no mínimo o salvador seria ele próprio.

8. O cristianismo fala de um céu com lugares contados. Firmemente está estabelecido: "Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo" (João 17.24). Em Paulo: "Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor" (Ef 1.4). Pedro: "O qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós" (1Pe 1.20). João finaliza em Apocalipse: "E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo... A besta que viste foi e já não é, e há de subir do abismo, e irá à perdição; e os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro da vida, desde a fundação do mundo) se admirarão, vendo a besta que era e já não é, mas que virá" (Ap 13.8; 17.8 - grifo meu). Por que os homens arquitetariam uma religião (no melhor sentido da palavra) onde os predestinados para a salvação já estariam contados? Certamente que o número dos eleitos é incalculável (Ap 5.11), mas jamais esse número pode ser incontável a Deus, pois cada verdadeiro filho de Deus já tem seu nome escrito.

9. O cristianismo prescreve um árduo e penoso remédio. Conquanto está escrito: "Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me" (Mt 16.24; Mc 8.34; Lc 9.23). Este, no entanto, não é o desejo do homem. O homem natural é bem expresso por Tiago: "dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos" (Tg 4.13). Não é do interesse do homem o tomar a cruz. Jamais o homem deseja sacrifícios. Pelo contrário, seu desejo é sempre de dizer: "Paz, paz; quando não há paz" (Jr 8.11).

10. O cristianismo prescreve duras punições aos falsos líderes. Salta aos olhos com nitidez: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia" (Mt 23.27). Novamente Cristo afirma a punição: "Virá o senhor daquele servo num dia em que o não espera, e à hora em que ele não sabe, E separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes" (Mt 24.50-51). Até mesmo aos bons mestres é advertido: "Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo" (Tg 3.1). Não é crível que o homem tenha criado o cristianismo para poder manipular as massas, pois estaria agindo contrário ao seu propósito principal, afinal, estaria criando mecanismos de também ser condenado!

Impossível, portanto, o homem ter criado o cristianismo.

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