"Então todos tornaram a clamar, dizendo: Este não, mas Barrabás. E Barrabás era um salteador" (Jo 18.40).
Nos impressiona como o mundo ímpio sempre deseja o mais vil e perverso dos homens que tem a seu dispor para lhes ser de companhia. Não obstante o grande Mestre tivesse realizado grandes coisas entre o povo, ensinado com amor e brandura, ter se compadecido do pobre e necessitado, ainda assim vemos que a semente maligna permanece no coração dos não regenerados, mesmo que muitos milagres lhes sobressaiam à vista. Contudo, não deveria espantar-nos em demasia o fato de Jesus ter sido requerido pelos judeus à crucificação, pois eles amavam o que Senhor odiava e rejeitavam àquilo em que Cristo se deleitava.
Não somente os judeus, mas desde o advento da graça de Deus que fez conhecida todas as coisas entre os povos da Terra, notório é que por mais grandioso que possa ser o prodígio, por mais amável que seja a doçura, ainda que se eleve acima de toda sabedoria e seja tido como sustentáculo da paz, todos, sem exceção, preverem o maligno ao benigno.
Barrabás, homem ímpio e maligno, cuja fama era bem conhecida, não por boas obras, mas por infundir terror, medo e angústia em todos ao seu redor, esse era o homem que os judeus desejavam ter consigo. Homens escravizados pelo pecado desejam sempre aquilo que lhes é pertinente e conhecido. Jamais encontraremos um homem afastado dos caminhos do Senhor e que deseje outra a coisa, a não ser o mais violento dos seres para conviver consigo. O que diferenciava Barrabás do povo era tão somente que ele havia sido notadamente perigoso em seus feitos, contudo, no que tange ao coração, todo o restante assemelhava-se a ele.
Portanto, esforcemo-nos nesse dia para não sermos participantes da mesma revolta demoníaca que caiu sobre os antigos e ainda recai sobre muitos diariamente, onde preferem o salteador ao salvador. Não estejamos contentes com o homem contrário às leis do Senhor e nem permitamos que ele viva em nossa cidade, mas sigamos o Senhor e "Saiamos, pois, a ele fora do arraial, levando o seu vitupério. Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura" (Hb 13:13-14).
Por Filipe Luiz C. Machado
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