Não é de hoje que vemos um grande "crescimento" no número de igrejas, ministérios, pastores e obreiros. Igrejas surgem aos montes e com elas surge a inovação. Inventam novas técnicas de evangelismo, poderes espirituais de cura, bençãos materiais, poderes espirituais... tudo para refrescar a vida dos crentes "esquenta-banco-de-igreja". Afinal, eles estão parados e com calor.
A natureza criada por Deus realmente nos causa fascínio e profunda admiração. Ficamos sem palavras quando nos deparamos com tamanha beleza, magnitude e complexidade funcional. Não conseguimos imaginar como todo esse sistema pode funcionar de maneira tão bela e eficaz.
Árvores que nos protegem dos raios solares e nos propiciam sombra, animais que equilibram a cadeia alimentar, rios e lagos que fornecem água abundante a todas as criaturas e os mais variados tipos de plantas, flores, mosquitos e insetos. Há, porém, dois elementos que eu gostaria de destacar: o vento e a chuva.
Não sei se você já percebeu, mas frequentemente quando está muito quente e começamos a sentir um leve vento, uma brisa suave, é quase certo que esse mesmo vento que está nos refrescando, lá nas alturas está mandando a chuva para outro lugar. Ou seja, a chuva tão esperada está sendo adiada pelo vento refrescante aqui em baixo.
Baseado nesse fenômeno natural, é inevitável não realizarmos uma ligação com a situação da Igreja atual e a deformidade no "ecossistema" evangélico.
É lamentável notarmos a falta de leitura bíblica dentro das igrejas e nos círculos cristãos. Temos visto diversos movimentos clamando por avivamento, por poder do Senhor, bençãos, revelações e "chuva". Há sempre um novo desejar por aquele vento que refresca a vida dos crentes, alivia as almas cansadas e traz frescor ao corpo cansado.
Mas, infelizmente (muito infelizmente), esses movimentos se esquecem de que assim como na natureza, quando muitas vezes o vento vem antes e carrega a chuva para outro lugar, os ventos de doutrina atuais e de sinais mirabolantes também fazem com que a verdadeira chuva de Deus sobre nossas vidas seja levada embora. A mania diabólica de sempre desejar ventos espirituais (bençãos, curas...) acaba por afastar a chuva e faz com que a terra (nosso coração) comece a secar e ficar infrutífera.
Naturalmente não podemos dizer que sempre esses ventos afastam a presença de Deus, mas também não podemos fazer vista grossa e balançarmos a cabeça para tudo aquilo que vimos. O cristão deve ser crítico para com aquilo que vê, ouve e lê.
Paulo nos escreve em Gálatas 1.10: "Acaso busco eu agora a aprovação dos homens ou a de Deus? Ou estou tentando agradar a homens? Se eu ainda estivesse procurando agradar a homens, não seria servo de Cristo."
Precisamos urgentemente da chuva de Deus, aquela que realmente traz novo fôlego à terra seca e sem vida. Que cessem os ventos feitos por mãos humanas! Somente a verdadeira chuva pode de fato nos reavivar.
Nas palavras de A. W. Tozer: "É inútil grandes grupos de crentes gastarem horas e mais horas implorando que Deus mande um avivamento. Se não pretendemos nos reformar, também não devemos orar."
Só assim teremos um novo "ecossistema" cristão, puro, sadio e capaz de gerar verdadeiros cristãos.
Deus vos abençoe.
Show de bola Filipe.
ResponderExcluirFiquei procurando o autor do texto, pois a capacitação que Deus lhe deu ultrapassa até minha compreensão. Tenho orgulho de lhe ter como irmão e amigo (coisas que eram pra serem sinônimas, mas para nossa vergonha, não são).
Abração e parabéns pelo blog.
Beto
www.ecclesiareformanda.blogspot.com