A salvação através da substituição estava incorporada na primeira promessa em relação à semente da mulher e ao calcanhar ferido. A vitória sobre o nosso grande inimigo, por meio da sujeição do próprio Deus aos ferimentos causados por esses inimigo, foi proclamada naquele exato momento. A vestimenta de nossos primeiros pais, feita com aquilo que havia passado pela morte, preferivelmente às folhas de figueira, as quais não haviam passado pela morte, demonstrou o princípio da substituição como o princípio pelo qual Deus começou a agir em Seu tratamento com o homem caído.
A oferta de Abel revelou a mesma verdade, principalmente quando contrastada com a de Caim. Por aquilo que tornou Abel aceitável, e o fez aceito, foi a morte de uma vítima como um substituto para ele mesmo; e aquilo que tornou Caim odioso, e fez com que fosse rejeitado, foi a ausência dessa morte e desse sangue. As primícias mortas foram aceitas por Deus, de modo simbólico, como o substituto de Abel, abatido no altar, até que Ele viesse, "a semente da mulher", "nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos" (Gl 4.4-5)
- por Horatius Bonar (1808-1889)
Fonte: A Justiça Eterna - Como o Homem será Justo Diante de Deus? Ed. Fiel, pág. 27
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