Confissão de pecados -
Sermão pregado dia 08.03.2011
Sermão pregado dia 08.03.2011
Nosso texto: "Então o faraó mandou chamar Moisés e Arão e disse-lhes: Desta vez eu pequei. O Senhor é justo; eu e meu povo é que somos culpados". Êx 9.27
Meus amados, a maioria dos cristãos sabem da necessidade de se confessar pecados. Sabem também que é primordial para suas vidas o arrependimento sincero. Algumas passagens dão peso a essa convicção:
"Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não encobri. Dizia eu: Confessarei ao Senhor as minhas trangressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado". Salmo 32.5 "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda injustiça". 1João 1.9
Tais versículos nos mostram que de fato a confissão de pecados é eficaz para "nos purificar de toda injustiça". Davi de igual modo sabia que todo o pecado, em última instância é uma afronta contra a santidade de Deus. Ele expressou isso quando disse: "Contra ti, somente contra ti pequei, e fiz o que é mal à tua vista". Salmos 51.4
Tenho minhas convicções de que se tal faraó estivesse vivo em nossos dias, muitas "igrejas" aceitariam sua confissão de pecados como verdadeira. Ora, ele não havia dito: "Desta vez pequei. O SENHOR É JUSTO" (grifo meu)?
Vocês se lembram que a duas semanas atrás falamos acerca de "Confessar ou Negar a Deus" (clique aqui para ler). Hoje temos o exemplo de faraó, um homem que aparentemente se encaixa no primeiro grupo que havíamos estipulado anteriormente, a saber, o que confessou o Senhor. A partir deste breve (e falho) raciocínio, poderíamos deduzir que faraó foi salvo, não é mesmo? Ele não estava vivendo uma vida de pecados e confessou ao Senhor? Não é a própria palavra de Deus que diz que "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda injustiça"? Por que ainda nos restaria dúvidas quanto a tal conversão?
Não devemos nos deixar enganar por falsas lógicas, também chamadas de sofismas. Na pequena dedução que tivemos, temos o seguinte raciocínio:
1ª verdade: Aquele que confessa seus pecados é salvo;
2ª verdade: Faraó confessou seus pecados;
3ª verdade: Faraó foi salvo.
Observemos que a 3ª verdade (também podendo ser chamada de conclusão) é aparentemente verdadeira, mas ao olharmos em uma visão macro, percebemos que a bíblia nunca nos disse que o mero expressar de palavras dirigidas ao Senhor salvaria alguém. Vemos que muitas vezes Jesus não concordou com a confissão dos fariseus, pois em sua maioria não eram acompanhadas de mudança de vida.
Passemos agora a nos aprofundar em nossa passagem. Para entendermos o porquê de faraó não ter sido salvo, primeiramente leiamos os versículos 22 até 25: "Então o Senhor disse a Moisés: 'Estenda a mão para o céu, e cairá granizo sobre toda a terra do Egito: sobre homens, sobre animais e sobre toda a vegetação do Egito'. Quando Moisés estendeu a vara para o céu, o Senhor fez vir trovões e granizo, e raios caíam sobre a terra. Assim o Senhor fez chover granizo sobre a terra do Egito. Caiu granizo, e raios cortavam o céu em todas as direções. Nunca houve uma tempestade de granizo como aquela em todo o Egito, desde que este se tornou uma nação. Em todo o Egito o granizo atingiu tudo o que havia nos campos, tanto homens como animais; destruiu toda a vegetação, além de quebrar todas as árvores".
Esta não era nada mais que a 7ª praga que assolava o Egito. Faraó já havia testemunhado o rio sendo transformado em sangue, as rãs invadindo todos os lugares, piolhos por toda parte, moscas, a morte dos rebanhos, as feridas que afligiam seus corpos e agora presenciava a mais terrível tempestade que já houvera naquela nação. É diante de tal calamidade pública que ele diz: "Desta vez eu pequei".
Quantos homens e mulheres fazem confissões parecidas com a deste tirano. Quantos "crentes" que ficam por semanas, meses e até mesmo anos, sentados na mesma cadeira, no mesma banco, na mesma igreja e NUNCA mudam de vida! Quando a tempestade atinge suas casas, quando o granizo despedaça suas vidas, quando os ventos dão de encontro à sua alma, eles agem exatamente como faraó e dizem: "Eu pequei".
Em Mateus 7.26,27 lemos: "Mas quem ouve estas minhas palavras e não as pratica é como um insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande a sua queda" (grifo meu). Falando a partir do prisma humano, tal versículo não nos remete às desgraças acontecidas a pouco tempo no Rio de Janeiro? Quantas "confissões" ao Senhor você ouviu de pessoas que haviam perdido tudo, mas Deus havia-lhes poupado algum parente e amigo chegado? Quantos agradecimentos aparentemente sinceros foram feitos a Deus? Quantas vezes você se recorda de ter ouvido alguém dizer: "Foi a mão de Deus que me salvou!"? Certo estou de que não podemos sondar tais corações e afirmarmos quais destas confissões foram verdadeiras e quais não foram. Mas de uma coisa podemos ter certeza: A maioria dessas pessoas que "confessaram" ao Senhor, voltarão a construir suas casas, comprarão novos carros, conseguirão um novo emprego, e tão logo como a desgraça lhes sobreveio, esquecerão a Deus e suas confissões de nada terão valor.
Charles Haddon Spurgeon falando sobre confissões em face da morte, disse certa vez que um médico catalogou 1000 (mil) pacientes que estavam destinados a morte, que haviam confessado ao Senhor e que não morreram vítimas daquela doença ou acidente. Para nosso estarrecimento, tal médico disse que não foi possível contar sequer 6 (seis) pessoas que continuaram a viver e que passaram a dedicar suas vidas ao Senhor, conforme haviam dito em suas confissões.
Moisés também já havia se deparado com tal situação quando ao descer do monte Sinai viu que o povo havia se corrompido e estavam adorando ao bezerro de metal. Diante de tal circunstância ele disse: "Bem depressa vocês se desviaram do caminho que o Senhor, o Deus de vocês, lhes tinha ordenado". Dt 9.16 É esse mesmo homem que também não se deixou enganar por faraó. No versículo 30 de nosso texto ele diz: "Mas eu bem sei que tu e os teus conselheiros ainda não sabem o que é tremer diante do Senhor Deus".
Poderíamos pensar que Moisés era alguém insensível, sem coração, que não amava e desejava que as pessoas fossem salvas. Muitos em nossos dias achariam tal atitude totalmente desnecessária, afinal, faraó fez uma espécie de oração do pecador! Confessou seus pecados! Alguém de nossos dias já providenciaria um cargo para ele na igreja! Diriam para faraó que de agora em diante ele era um crente! Ele estava salvo! Graças a Deus que Moisés tinha discernimento vindo da parte de Deus e não agiu contrário aos Seus firmes propósitos.
Ao olharmos para nosso texto, lemos que Moisés sabia o porquê de faraó ter dito: "Eu pequei". Vemos que mal havia saído ele da cidade e orado ao Senhor para que cessasse a chuva de granizo e a tempestade, faraó já havia negado ao Senhor. "Assim Moisés deixou o faraó, saiu da cidade, e ergueu as mãos ao Senhor. Os trovões e o granizo cessaram, e a chuva parou. Quando o faraó viu que a chuva, o granizo e os trovões haviam cessado, pecou novamente e obstinou-se em seu coração, ele e os seus conselheiros" (grifo meu). (v. 33, 34)
Queridos, quantas vezes você já se pareceu com faraó e sua estúpida confissão de pecados? Quando o mal, a doença, a falta de dinheiro ou qualquer outra assolação física que lhe sobrevêm, você se assemelha a este tirano e diz: "Eu pequei"? Talvez você esteja tentando se esquivar da pergunta pensando: "Mas não foi Deus quem endureceu o coração de faraó? Logo, ele não tem culpa alguma!". Se você tem pensado de tal maneira, se tem tentado achar rotas de fuga para sua responsabilidade, certamente você ainda não compreendeu o que é o verdadeiro arrependimento; você ainda não entendeu que Deus o considera responsável por suas ações, mesmo em meio à sua soberania.
Dizem por aí que até mesmo os ateus quando estão em perigo exclamam: "Ai meu Deus!". Que Deus possa lhe conceder graça e misericórdia e transforme sua confissão de pecados em mudança de vida.
Amém.
Meus amados, a maioria dos cristãos sabem da necessidade de se confessar pecados. Sabem também que é primordial para suas vidas o arrependimento sincero. Algumas passagens dão peso a essa convicção:
"Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não encobri. Dizia eu: Confessarei ao Senhor as minhas trangressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado". Salmo 32.5 "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda injustiça". 1João 1.9
Tais versículos nos mostram que de fato a confissão de pecados é eficaz para "nos purificar de toda injustiça". Davi de igual modo sabia que todo o pecado, em última instância é uma afronta contra a santidade de Deus. Ele expressou isso quando disse: "Contra ti, somente contra ti pequei, e fiz o que é mal à tua vista". Salmos 51.4
Tenho minhas convicções de que se tal faraó estivesse vivo em nossos dias, muitas "igrejas" aceitariam sua confissão de pecados como verdadeira. Ora, ele não havia dito: "Desta vez pequei. O SENHOR É JUSTO" (grifo meu)?
Vocês se lembram que a duas semanas atrás falamos acerca de "Confessar ou Negar a Deus" (clique aqui para ler). Hoje temos o exemplo de faraó, um homem que aparentemente se encaixa no primeiro grupo que havíamos estipulado anteriormente, a saber, o que confessou o Senhor. A partir deste breve (e falho) raciocínio, poderíamos deduzir que faraó foi salvo, não é mesmo? Ele não estava vivendo uma vida de pecados e confessou ao Senhor? Não é a própria palavra de Deus que diz que "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda injustiça"? Por que ainda nos restaria dúvidas quanto a tal conversão?
Não devemos nos deixar enganar por falsas lógicas, também chamadas de sofismas. Na pequena dedução que tivemos, temos o seguinte raciocínio:
1ª verdade: Aquele que confessa seus pecados é salvo;
2ª verdade: Faraó confessou seus pecados;
3ª verdade: Faraó foi salvo.
Observemos que a 3ª verdade (também podendo ser chamada de conclusão) é aparentemente verdadeira, mas ao olharmos em uma visão macro, percebemos que a bíblia nunca nos disse que o mero expressar de palavras dirigidas ao Senhor salvaria alguém. Vemos que muitas vezes Jesus não concordou com a confissão dos fariseus, pois em sua maioria não eram acompanhadas de mudança de vida.
Passemos agora a nos aprofundar em nossa passagem. Para entendermos o porquê de faraó não ter sido salvo, primeiramente leiamos os versículos 22 até 25: "Então o Senhor disse a Moisés: 'Estenda a mão para o céu, e cairá granizo sobre toda a terra do Egito: sobre homens, sobre animais e sobre toda a vegetação do Egito'. Quando Moisés estendeu a vara para o céu, o Senhor fez vir trovões e granizo, e raios caíam sobre a terra. Assim o Senhor fez chover granizo sobre a terra do Egito. Caiu granizo, e raios cortavam o céu em todas as direções. Nunca houve uma tempestade de granizo como aquela em todo o Egito, desde que este se tornou uma nação. Em todo o Egito o granizo atingiu tudo o que havia nos campos, tanto homens como animais; destruiu toda a vegetação, além de quebrar todas as árvores".
Esta não era nada mais que a 7ª praga que assolava o Egito. Faraó já havia testemunhado o rio sendo transformado em sangue, as rãs invadindo todos os lugares, piolhos por toda parte, moscas, a morte dos rebanhos, as feridas que afligiam seus corpos e agora presenciava a mais terrível tempestade que já houvera naquela nação. É diante de tal calamidade pública que ele diz: "Desta vez eu pequei".
Quantos homens e mulheres fazem confissões parecidas com a deste tirano. Quantos "crentes" que ficam por semanas, meses e até mesmo anos, sentados na mesma cadeira, no mesma banco, na mesma igreja e NUNCA mudam de vida! Quando a tempestade atinge suas casas, quando o granizo despedaça suas vidas, quando os ventos dão de encontro à sua alma, eles agem exatamente como faraó e dizem: "Eu pequei".
Em Mateus 7.26,27 lemos: "Mas quem ouve estas minhas palavras e não as pratica é como um insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande a sua queda" (grifo meu). Falando a partir do prisma humano, tal versículo não nos remete às desgraças acontecidas a pouco tempo no Rio de Janeiro? Quantas "confissões" ao Senhor você ouviu de pessoas que haviam perdido tudo, mas Deus havia-lhes poupado algum parente e amigo chegado? Quantos agradecimentos aparentemente sinceros foram feitos a Deus? Quantas vezes você se recorda de ter ouvido alguém dizer: "Foi a mão de Deus que me salvou!"? Certo estou de que não podemos sondar tais corações e afirmarmos quais destas confissões foram verdadeiras e quais não foram. Mas de uma coisa podemos ter certeza: A maioria dessas pessoas que "confessaram" ao Senhor, voltarão a construir suas casas, comprarão novos carros, conseguirão um novo emprego, e tão logo como a desgraça lhes sobreveio, esquecerão a Deus e suas confissões de nada terão valor.
Charles Haddon Spurgeon falando sobre confissões em face da morte, disse certa vez que um médico catalogou 1000 (mil) pacientes que estavam destinados a morte, que haviam confessado ao Senhor e que não morreram vítimas daquela doença ou acidente. Para nosso estarrecimento, tal médico disse que não foi possível contar sequer 6 (seis) pessoas que continuaram a viver e que passaram a dedicar suas vidas ao Senhor, conforme haviam dito em suas confissões.
Moisés também já havia se deparado com tal situação quando ao descer do monte Sinai viu que o povo havia se corrompido e estavam adorando ao bezerro de metal. Diante de tal circunstância ele disse: "Bem depressa vocês se desviaram do caminho que o Senhor, o Deus de vocês, lhes tinha ordenado". Dt 9.16 É esse mesmo homem que também não se deixou enganar por faraó. No versículo 30 de nosso texto ele diz: "Mas eu bem sei que tu e os teus conselheiros ainda não sabem o que é tremer diante do Senhor Deus".
Poderíamos pensar que Moisés era alguém insensível, sem coração, que não amava e desejava que as pessoas fossem salvas. Muitos em nossos dias achariam tal atitude totalmente desnecessária, afinal, faraó fez uma espécie de oração do pecador! Confessou seus pecados! Alguém de nossos dias já providenciaria um cargo para ele na igreja! Diriam para faraó que de agora em diante ele era um crente! Ele estava salvo! Graças a Deus que Moisés tinha discernimento vindo da parte de Deus e não agiu contrário aos Seus firmes propósitos.
Ao olharmos para nosso texto, lemos que Moisés sabia o porquê de faraó ter dito: "Eu pequei". Vemos que mal havia saído ele da cidade e orado ao Senhor para que cessasse a chuva de granizo e a tempestade, faraó já havia negado ao Senhor. "Assim Moisés deixou o faraó, saiu da cidade, e ergueu as mãos ao Senhor. Os trovões e o granizo cessaram, e a chuva parou. Quando o faraó viu que a chuva, o granizo e os trovões haviam cessado, pecou novamente e obstinou-se em seu coração, ele e os seus conselheiros" (grifo meu). (v. 33, 34)
Queridos, quantas vezes você já se pareceu com faraó e sua estúpida confissão de pecados? Quando o mal, a doença, a falta de dinheiro ou qualquer outra assolação física que lhe sobrevêm, você se assemelha a este tirano e diz: "Eu pequei"? Talvez você esteja tentando se esquivar da pergunta pensando: "Mas não foi Deus quem endureceu o coração de faraó? Logo, ele não tem culpa alguma!". Se você tem pensado de tal maneira, se tem tentado achar rotas de fuga para sua responsabilidade, certamente você ainda não compreendeu o que é o verdadeiro arrependimento; você ainda não entendeu que Deus o considera responsável por suas ações, mesmo em meio à sua soberania.
Dizem por aí que até mesmo os ateus quando estão em perigo exclamam: "Ai meu Deus!". Que Deus possa lhe conceder graça e misericórdia e transforme sua confissão de pecados em mudança de vida.
Amém.
"Muitos homens ficam de mãos vazias porque não conhecem a arte de repartir". CARO FILIPE LUIZ C. MACHADO, QUERO DEIXAR O MEU TOTAL APOIO A VOCE POR RETRANSMITIR UMA PARTE DA MENSAGEM DE CHARLES H. SPURGEON QUE E BELISSIMA. ELE FOI APENAS UM VASO O AUTOR E O ESPIRITO SANTO. MANDA MAIS.
ResponderExcluirOlá, anônimo
ResponderExcluirGrato pelo comentário. Apenas saliento que esta pregação não é do amado irmão Spurgeon, mas de minha autoria - pregado em minha igreja no dia 08.03.2011.
Fico grato que o Senhor tenha a usado para lhe fortalecer.
Um abraço!
Querido amigo,
ResponderExcluirEu estava procurando na internet pregações que falassem sobre a confissão de pecados e cá me deparo com uma palavra sua, e que na minha opinião é muito boa!
Fico muito feliz em saber que você tem abençoado pessoas com o seu blog!
Abraços, Raquel Calsing. ;)