por Filipe Luiz C. Machado
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Jesus ao falar do cuidado que tinha para com suas ovelhas, disse que o bom pastor "quando tira para fora as suas ovelhas, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz." João 10.4. Vemos, portanto um paralelo entre o pastor (guia) e as ovelhas (seguidoras). O pastor tem como objetivo de vida cuidar das suas ovelhas, a ponto de "tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la?" Lucas 15.4. A ovelha por sua vez, tem como objetivo seguir o pastor, andar conforme a direção que o seu mestre indica, se alimentar nas horas propostas pelo pastor, descansar no tempo oportuno e se submeter a vontade do pastor. Usarei tal ilustração bíblica para tecer alguns comentários.
Parece-me que muitas ovelhas da igreja, as vezes tem síndrome de gato. No mundo animal isso seria uma aberração, mas na igreja, muitas vezes isso tem se tornado comum. Deixe-me explicar. Embora os gatos sejam criaturas amáveis (tanto que tenha um), na maioria das vezes, no que concerne a obedecer o dono, são totalmente negligentes e desobedientes. Embora muitas vezes sejam carinhosos e dóceis, não é possível traçar um perfil exato do animal. Ora tem determinado tipo de comportamento, ora nos surpreendem fazendo algo completamente diferente daquilo que já haviam feito. Quando os chamamos, não vem; quando colocamos comida, não comem; quando dizemos "não", não escutam. Já quando dizemos "agora não", eles vem até nós; quando dizemos para não comerem mais, continuam comendo até vomitar; quando resolvemos fazer-lhes carinho, viram as costas e vão embora. É uma disparidade sem tamanho! Embora sejam amáveis, as vezes nos tiram do sério.
Compare agora as ovelhas descritas pela bíblia com a atitude dos gatos. Pregamos, escrevemos, exortamos e aconselhamos, quando viramos as costas, lá estão eles denovo fazendo tudo ao contrário. Quando as vezes dizemos "não faça isso, pois será melhor para você", tal qual gato, eles dizem: "eu sei o que é melhor para mim". Quando suplicamos para que se alegrem em Cristo Jesus, as vezes ouvimos: "mas há tantas coisas boas além de Cristo...". Quando damos-lhes comida espiritual, viram as costas e resolvem ir passear com seus amigos, tal qual fazem os felinos. Quando percebemos que o melhor a dar não é comida sólida e sim leite, ouvimos: "não quero leite, quero comida sólida". Tal comparação é por demais interessante! Não tange apenas a relação entre pastor e ovelha terrena, mas sim a relação de todos nós (ovelhas) com o pastor dos céus.
É dever do cristão ser ovelha e não gato. Ovelhas são tratáveis, obedecem, seguem o pastor, o reverenciam, tem-no na mais alta estima, prezam pelo seu Senhor e dão-lhe o devido valor. Gatos, embora sejam queridos e amáveis, tem um comportamento que foge ao controle de seu dono. A ovelha quando vê seu dono se aproximando (tal qual faz o cachorro), sabe que dele procedem as boas ordem, se deleita em sua presença, se alegra e "diz": "Ah! Esse é o meu pastor!". Já o gato, quando vê seu dono "diz": "Ali está o meu empregado. Ele me dá comida, água, leite, casa e cuida de mim. Ah! Eu sou um rei!"
Louvado seja o bom pastor que nunca nos abandona, mesmo quando erramos e agimos feito gatos.
Que Deus nos abençoe.
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