Filipe Luiz C. Machado
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No início desta semana, recebi uma má notícia: as portas de uma das mais tradicionais livrarias de minha cidade estavam se fechando. Esta livraria fazia parte da atual geração da cidade, afinal, estavam em funcionamento a mais de 55 anos. Devo confessar que meu espanto não foi porque eu a visitava frequentemente (para falar a verdade, não fui mais que 5 vezes), mas sim por saber que a cada dia o brasileiro tem lido menos.
A estatística de leitura feita em 2008, apontou também que o brasileiro lê, em média, 4,7 livros por ano. Em algumas regiões o número é ainda maior, como é o caso do Sul, onde foi apurado que são lidos 5,5 livros por habitante ao ano. No Sudeste o número foi de 4,9, no Centro-Oeste 4,5, no Nordeste 4,2 e no Norte 3,9. A pesquisa confirmou também que as mulheres lêem mais que os homens, 5,3 contra 4,1 livros por ano. (http://www.cultura.gov.br)
O veredicto foi dado: o povo não gosta de ler! Não gosta de ler porque acha enfadonho, cansativo, chato. Alguns chegam ao cúmulo de dizer que "não sabem o que ler". Ora, isso é um ultraje a qualquer amante da leitura! Recentemente eu estava perto de 3 pessoas que conversavam, quando de repente uma delas diz: "Se eu não ver a novela, vou conversar sobre o quê com as pessoas?" Não me pergunte o que senti naquele momento.
Não fugindo da estatística, podemos comprovar que no meio cristão a história de malandragem leiturística é idêntica. Se garimparmos bem os crentes, talvez achemos alguma parcela que já "conseguiu" ler a Bíblia toda. Os que ainda não "conseguiram" tal feito monumental, muitas vezes alegam que ela é "grande demais", ou até que "não tem tempo para ler toda ela". Alguns cristão devem achar que vão conhecer a Deus, entender Seus desígnios e Sua soberania, lendo livros de auto-ajuda, vendo programas tele-evangelísticos onde a mensagem da cruz está a quilômetros de distância, escutando profecias em todo o lugar e procurando igrejas que não as tratem, mas sim que apenas lhe dêem palavras de consolo e prosperidade.
É triste olharmos para dentro de nossas comunidades e vermos o quão rasa é a profundidade dos crentes ali inseridos. A falta de leitura não somente nos emburrece, mas nos torna cristãos mesquinhos e sem vida. A falta de leitura nos permite gastar horas e horas na frente da televisão, levantar e dizer: "Hoje eu aproveitei a vida!". É lamentável olharmos para nossos irmãos e vermos a quantidade exorbitante de dúvidas que os circunda. Não que as dúvidas seja sinônimo de falta de leitura ou deficiência pensamental, mas muitas vezes são dúvidas tão "óbvias", que nos perguntamos se aquela pessoa já leu a bíblia ou algum bom livro sobre o assunto.
A vida do cristão deve ser rodeada por bíblias, livros, comentários, dicionários e tantos outros recursos que estão disponíveis para nós. É incrível como na hora de comprar uma televisão de R$2.000,00 nossa ambição e vontade de ter aquela grande tela em nossa sala, seja maior do que a dificuldade que teremos para pagá-la! No entanto, quando vemos um livro que nos interesse (se é que algum nos interessa), que é de um bom autor e está num bom preço, ficamos receosos para comprar. Ficamos achando que a televisão na sala é mais importante do que um bom livro, que o carro na garagem é que nos levará a ter uma vida de maior relacionamento com Deus e que sanará nossas dúvidas terrenas.
Com isso, não quero dizer que desprezo as coisas materiais; até porque se estivesse fazendo isso, me contradizeria. Mas o fato é que precisamos amar a leitura e desejá-la a tal ponto de ficarmos fascinados por ela! Ora, já disse alguém que, é lendo que se aprende. Se pudéssemos inserir instantaneamente em nossa mente toda a sabedoria e conhecimento que quiséssemos, quem não iria querer? Mas infelizmente essa tecnologia ainda não existe, e por isso, se quisermos aprender, precisamos ler.
Em um primeiro instante, ler é uma questão de hábito e não de gosto. Só a partir do momento que você inicia o hábito da leitura, é que você começa a se habituar com o mundo dos livros e das letras. Então, esse hábito lentamente vai fazendo parte de sua vida e de seu cotidiano; chegando a tal ponto de você e ele não poderem mais viver distantes.
"A leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas por incrível que pareça, a quase totalidade não sente esta sede." Carlos Drummond de Andrade
A estatística de leitura feita em 2008, apontou também que o brasileiro lê, em média, 4,7 livros por ano. Em algumas regiões o número é ainda maior, como é o caso do Sul, onde foi apurado que são lidos 5,5 livros por habitante ao ano. No Sudeste o número foi de 4,9, no Centro-Oeste 4,5, no Nordeste 4,2 e no Norte 3,9. A pesquisa confirmou também que as mulheres lêem mais que os homens, 5,3 contra 4,1 livros por ano. (http://www.cultura.gov.br)
O veredicto foi dado: o povo não gosta de ler! Não gosta de ler porque acha enfadonho, cansativo, chato. Alguns chegam ao cúmulo de dizer que "não sabem o que ler". Ora, isso é um ultraje a qualquer amante da leitura! Recentemente eu estava perto de 3 pessoas que conversavam, quando de repente uma delas diz: "Se eu não ver a novela, vou conversar sobre o quê com as pessoas?" Não me pergunte o que senti naquele momento.
Não fugindo da estatística, podemos comprovar que no meio cristão a história de malandragem leiturística é idêntica. Se garimparmos bem os crentes, talvez achemos alguma parcela que já "conseguiu" ler a Bíblia toda. Os que ainda não "conseguiram" tal feito monumental, muitas vezes alegam que ela é "grande demais", ou até que "não tem tempo para ler toda ela". Alguns cristão devem achar que vão conhecer a Deus, entender Seus desígnios e Sua soberania, lendo livros de auto-ajuda, vendo programas tele-evangelísticos onde a mensagem da cruz está a quilômetros de distância, escutando profecias em todo o lugar e procurando igrejas que não as tratem, mas sim que apenas lhe dêem palavras de consolo e prosperidade.
É triste olharmos para dentro de nossas comunidades e vermos o quão rasa é a profundidade dos crentes ali inseridos. A falta de leitura não somente nos emburrece, mas nos torna cristãos mesquinhos e sem vida. A falta de leitura nos permite gastar horas e horas na frente da televisão, levantar e dizer: "Hoje eu aproveitei a vida!". É lamentável olharmos para nossos irmãos e vermos a quantidade exorbitante de dúvidas que os circunda. Não que as dúvidas seja sinônimo de falta de leitura ou deficiência pensamental, mas muitas vezes são dúvidas tão "óbvias", que nos perguntamos se aquela pessoa já leu a bíblia ou algum bom livro sobre o assunto.
A vida do cristão deve ser rodeada por bíblias, livros, comentários, dicionários e tantos outros recursos que estão disponíveis para nós. É incrível como na hora de comprar uma televisão de R$2.000,00 nossa ambição e vontade de ter aquela grande tela em nossa sala, seja maior do que a dificuldade que teremos para pagá-la! No entanto, quando vemos um livro que nos interesse (se é que algum nos interessa), que é de um bom autor e está num bom preço, ficamos receosos para comprar. Ficamos achando que a televisão na sala é mais importante do que um bom livro, que o carro na garagem é que nos levará a ter uma vida de maior relacionamento com Deus e que sanará nossas dúvidas terrenas.
Com isso, não quero dizer que desprezo as coisas materiais; até porque se estivesse fazendo isso, me contradizeria. Mas o fato é que precisamos amar a leitura e desejá-la a tal ponto de ficarmos fascinados por ela! Ora, já disse alguém que, é lendo que se aprende. Se pudéssemos inserir instantaneamente em nossa mente toda a sabedoria e conhecimento que quiséssemos, quem não iria querer? Mas infelizmente essa tecnologia ainda não existe, e por isso, se quisermos aprender, precisamos ler.
Em um primeiro instante, ler é uma questão de hábito e não de gosto. Só a partir do momento que você inicia o hábito da leitura, é que você começa a se habituar com o mundo dos livros e das letras. Então, esse hábito lentamente vai fazendo parte de sua vida e de seu cotidiano; chegando a tal ponto de você e ele não poderem mais viver distantes.
"A leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas por incrível que pareça, a quase totalidade não sente esta sede." Carlos Drummond de Andrade
“Quando tenho algum dinheiro, compro livros.Se ainda me sobrar algum, compro roupas e comida".
ResponderExcluirSomos quase tão radicais quanto Erasmo de Roterdã, autor da frase acima. Podemos ser diferentes da maioria, mas, não precisaríamos ser extraterrestres diantes de um quadro tão desanimador.
Hoje, vi uma reportagem mais animadora. Em uma cidade mais ao norte do país, em uma feira, empresários uniram-se e doaram R$60 mil para que todas as crianças de quinta série recebecessem cheques de R$2,00, totalizando R$18,00 por criança. Fiquei achando que não daria nada, mas com os preços da feira, houve uma menina que comprou 6 livros, mais algum material por R$9,00. Ou seja, metade do valor doado...
Depois, as crianças usariam o que compraram em sala de aula, coisa que ensina:
1 com pouco dinheiro podemos fazer diferença;
2 as crianças são instigadas ao prazer da descoberta e leitura;
3 como compraram, tendem a valorizar mais o material;
4 como escolheram o que comprar, o interesse no material tende a ser maior.
Enfim, me emocionei quando a dita menina que gastou R$9,00 disse que estava louca pra ler o que havia comprado e que amava ler. Isso é emocionante, principalmente em uma localidade carente.
Desliguemos nossas tv's e computadores, nossos problemas e os livros de curiosidade e auto-ajuda, e busquemos um pouco mais de cultura sadia, seja ou não bíblica, pois Deus nos deu o intelecto para que usemos.
Abraço Filipe. Parabéns por tão sublime tema, e por colocações corretas e apaixonadas.
Alberto Oliveira
ecclesiareformanda.blogspot.com